O sistema prisional, durante todo o seu histórico, tentou elaborar organizações espaciais como instrumento de controle, vigilância e disciplina daqueles que infringiam às leis impostas pela sociedade. Porém, até os dias atuais, as penitenciárias ainda apresentam problemas principalmente no processo de reintegração do egresso na sociedade, cenário que se torna desafiador quando carece preparo educacional, psicológico e social que não lhe foi fornecido durante o seu processo de reclusão, gerando profundas marcas de desigualdade, estigmatização e segregação. O presente trabalho, cujo tema proposto é um Centro de Apoio ao Sistema Prisional em Londrina – PR, consiste na elaboração de um espaço com a finalidade de oferecer assistência ao indivíduo que vivenciou o sistema prisional. Tem como objetivo desenvolver e aplicar conhecimentos sobre arquitetura escolar, neuroarquitetura e ressocialização através do exercício projetual. Para tal, realizou-se uma pesquisa bibliográfica sobre o histórico do sistema prisional, as suas configurações funcionais e técnicas, como também alternativas recentes que visam a recuperação do condenado, ao invés de apenas a sua punição. Apresenta e discute os dados socioeconômicos de Londrina e seu cenário prisional, com dados acerca das penitenciárias existentes, o perfil do usuário e as suas necessidades. Espera-se criar uma discussão sobre o papel da arquitetura como um instrumento no auxílio da recuperação educacional, social e cultural de indivíduos que passaram pelo processo de reclusão a fim de evitar a reincidência criminal.

Palavras-chave: Sistema Prisional. Ressocialização. Reintegração. Neuroarquitetura. Egresso.