O PLANO DA ELITE PARA A NOVA ORDEM SOCIAL MUNDIAL – PARTE 1



O PLANO DA ELITE PARA A NOVA ORDEM SOCIAL MUNDIAL – PARTE 1


Esta publicação é a primeira parte da tradução de um artigo publicado por Richard K. Moore. Será feita uma breve análise histórica da evolução do capitalismo, sua extinção e a preparação para mais uma das grandes transferências de riqueza e talvez início de um novo paradigma. Acredito que isto não ocorrerá sem um grande trauma para a humanidade, entretanto talvez seja deste trauma que precisamos para despertar o que é preciso para mudar o status quo.

Quando a revolução industrial começou na Inglaterra, ao fim do século 18, havia muito dinheiro para ser feito investindo em fábricas e moinhos, abrindo novos mercados, e ganhando controle das fontes de matéria prima. As pessoas que tinha mais dinheiro para investir, entretanto, não estavam tanto na Inglaterra mas sim na Holanda. Esta foi a principal potência a liderar no Oeste no final do século 17, e os seus banqueiros eram os principais capitalistas. Na busca pelo lucro, o capital holandês fluiu para o mercado de ações da Inglaterra, e assim os Holandeses fundaram o crescimento da Inglaterra, que subsequentemente causou um eclipse econômico e geopolítico sobre a Holanda.

Desta maneira o industrialismo Inglês veio a ser dominado por investidores ricos, e o capitalismo tornou-se o sistema econômico dominante. Isto levou a uma grande transformação social. A Grã-Bretanha, até então, foi essencialmente uma sociedade aristocrática, dominada por famílias proprietárias de terras. Como o capitalismo se tornou dominante economicamente, os capitalistas tornaram-se dominantes politicamente. As estruturas dos impostos e políticas de importação e exportação foram gradualmente mudadas a favor dos investidores em detrimento dos proprietários de terras.

Não era mais economicamente viável manter uma propriedade rural: era preciso desenvolvê-la, dar a ela um uso mais produtivo. Dramas Vitorianos estão cheios de estórias de famílias aristocráticas que acabam caindo em situações difíceis, e são obrigadas a vender suas propriedades. Para dramatizar ainda mais, este declínio é tipicamente atribuído a falha de alguém, talvez um filho mais velho fraco. Mas o fato é que o declínio da aristocracia foi parte de uma grande transformação trazida pela ascenção do capitalismo.

O negócio do capitalismo é a administração do capital, e sua administração é feita geralmente pela mediação de bancos e corretoras de valores. Não é de se surpreender que os bancos de investimento vieram a ocupar o topo da hierarquia da riqueza e poder capitalista. E de fato, existem vários bancos de famílias, incluindo os Rothschilds e os Rockfellers, que dominaram economicamente e politicamente os negócios do mundo ocidental.

Diferentemente dos aristocratas, os capitalistas não são ligados a um lugar, ou a manutenção de um lugar. O capital é desonesto e móvel – ele flui para o lugar onde consegue encontrar maior crescimento, assim como fluiu da Holanda para a Inglaterra, depois para os USA, e mais recentemente de todos os lugares para a China. Como uma mina de cobre pode ser explorada e depois abandonada, assim como vemos as áreas industriais dos USA e da Inglaterra sendo entregues a ferrugem.

Este desligamento de um lugar fixo, leva a um tipo de geopolitica diferente sob o capitalismo se comparado a aristocracia. Um rei declara guerra quando ele vê uma vantagem para a sua nação fazendo isto. Historiadores podem “explicar” as guerras dos dias pre-capitalistas, em termos de engrandecimento dos monarcas e nações. Um capitalista provoca guerra para fazer lucro, e de fato, nossa elite de bancos familiares tem financiado ambos os lados da maior parte dos conflitos desde a Primeira Guerra Mundial. Portanto, os historiadores tem dificuldade em explicar esta guerra em termos de objetivos e motivação nacional.

Na época pré-capitalista a guerra era com um jogo de xadrez, cada lado tentando ganhar. Sob o capitalismo a guerra é mais como um cassino, onde os jogadores batalham até quando eles ainda conseguem ganhar crédito para mais fichas, e o vencedor real sempre acaba sendo a casa – os banqueiros que financiam a guerra e decidem quem será o último homem em pé. A parte mais rentável de todos os empreendimentos capitalistas não é apenas a guerra em sim, mas escolher os vencedores, e administrar a reconstrução, a elite destas famílias de banqueiros são capazes, atravez do tempo, de ajustar a configuração geopolitica para adaptar aos seus próprios interesses.

Nações e populações não são mais que peões em seus jogos. Milhões morrem em guerras, infraestrutura é destruída, e enquanto o mundo lamenta, os banqueiros estão contando seus ganhos e fazendo planos para os seus investimentos de reconstrução pós-guerra.

Das suas posições de poder como financiadores dos governos, a elite dos bancos aprefeiçou seus métodos de controle. Ficando sempre atrás das cortinas, eles mexem seus pauzinhos controlando a mídia, partidos políticos, agências de inteligência, mercados de ações, e os gabinetes do governo. E talvez sua maior alavanca de poder seja o seu controle sobre as moedas. Por meio da fraude dos seus bancos centrais, eles planejam bolhas em ciclos de crescimento e depressão, imprimem dinheiro do nada e emprestam ao governo cobrando uma taxa de juros. O poder da elite da gang de banqueiros (the “Banksters”) é absoluto e sutil…

Alguns dos maiores homens nos USA tem medo de algo. Eles sabem que existe um poder em algum lugar, tão organizado, tão sutil, tão vigilante, tão completo, tão entrelaçado, tão disseminado que é melhor não falar sobre o seus suspiro quando eles falam em condenação disto.”

– President Woodrow Wilson.


O FIM DO CRESCIMENTO – BANKSTERS vs. CAPITALISMO 


Isto foi sempre inevitável, em um planeta finito, que houvesse um limite para o crescimento econômico. A industrialização nos permitiu precipitadamente em direção aquele limite durante os últimos séculos. A produção tornou-se cada vez mais eficiente, os mercados cada vez mais globais, e finalmente o paradigma do crescimento perpétuo alcançou o ponto do retorno diminuto.

Na verdade, este ponto foi alcançado por volta de 1970. Desde então o capital não procurou muito crescimento por meio de aumento de produção, mas sim por meio de extrair o máximo de retorno relativamente do mesmo nível de produção. Por isso a globalização, que moveu a produção para áreas com baixos salários, promoveu maiores margens de lucro. Também a privatização, a qual transfere rendimentos para investidores que anteriormente foram para o tesouro nacional. Por isso também os mercados de derivativos e moedas, os quais criam uma ilusão eletrônica de crescimento econômico sem produzir nada no mundo real.

Por quase quarenta anos, o sistema capitalista foi mantido por estes vários mecanismos, dos quais nenhum é produtivo no senso real e então de repente em Setembro de 2008 esta casa de cartas entrou em colapso, deixando o sistema financeiro global de joelhos.

Se alguém estuda os colapsos das civilizações, aprende que não conseguir se adaptar pode ser fatal. Nossa civilização está entrando nesta armadilha? Tivemos dois séculos de crescimento, então tivemos quatro década de crescimento artificial – capitalismo sendo sustentado por um castelo de cartas, e agora, depois que o castelo de cartas implodiu, todos os esforços estão sendo feitos aparentemente para trazer uma recuperação – de crescimento! É muito fácil termos a impressão que nossa civilização está em processo de colapso, baseado no princípio de não conseguir se adaptar.

Tal impressão seria parcialmente correta e parcialmente incorreta. Para conseguirmos

 entender a situação real precisamos deixar claro a distinção entre a elite do capitalismo e o capitalismo em si. Capitalismo é um sistema econômico puxado pelo crescimento; a elite do capitalismo são pessoas que conseguiram ganhar controle do mundo ocidental enquanto o capitalismo operou durante os últimos dois séculos. O sistema capitalista já passou do seu prazo de validade, e a elite de banqueiros está bem ciente deste fato – e eles estão se adaptando.

O capitalismo é um veículo que ajudou a levar os banqueiros ao poder absoluto, entretanto eles não são fiéis a este sistema como não são a lugares ou qualquer outra coisa ou pessoa. Como mencionado anteriormente eles pensam em escala global, com nações e populações como peças de xadrez. Eles definem o que é dinheiro e o emitem, assim como o banqueiro faz no jogo Monopoly. Eles também podem criar um novo jogo com um novo tipo de dinheiro. A muito tempo eles superaram a necessidade de manter o poder. O capitalismo era generoso durante uma era de rápido crescimento, para uma era de não crescimento um jogo diferente está sendo preparado.

Deste modo, não foi permitido ao capitalismo morrer por uma morte natural, em vez disto ele foi destruído por uma demolição controlada. Primeiro foi posto em uma sistema de suporte, uma espécie de UTI como mencionado anteriormente com a globalização, privatizações, mercados de cambiais e etc. Então foi injetado uma droga mortal para eutanásia na forma de bolhas imobiliárias e derivativos tóxicos. Finalmente, o Banco de Compensações Internacionais de Basiléia – o Banco Central dos Bancos Centrais – puxou da tomada os equipamentos que estavam mantendo o sistema “vivo”: Eles declararam a regra “mark-to-market¹, o que tornou todos os bancos que mantinham riscos instantaneamente insolventes, entretanto isto levou algum tempo para que se tornasse aparente. Cada passo neste processo foi cuidadosamente planejado e administrado pelo grupo exclusivo dos bancos centrais.

¹ Significa marcar a mercado. O valor do portfólio é “marcado a mercado” quando todos os ativos que o compõem estão valorizados pelo preço corrente de mercado pelo qual se poderia liquidá-los em um dado momento em situações normais de mercado. Fonte: http://www.bcb.gov.br/glossario.asp?id=GLOSSARIO&Definicao=616