Afastei-me de Jesus. O que fazer?

Afastei-me de Jesus.

O que fazer?

“E Jesus lhes disse: Eu sou o Pão da

vida; aquele que vem a mim não terá

fome; e quem crê em mim nunca terá

sede. Tudo o que o Pai me dá virá a

mim; e o que vem a mim de maneira

nenhuma o lançarei fora” (Jo 6:35,

37).

Que convite de amor Cristo nos faz! O

mundo nos faz muitos convites e nos

promete uma paz fundamentada em

prazeres, dinheiro e poder, coisas

efêmeras que não duram uma vida.

Conta se que Abraham Lincoln, ao

embarcar no trem que o levaria à

Washington, após ter sido eleito

presidente dos Estados Unidos,

voltou se para a multidão e disse: —

Havia um rei que convocou os seus

sábios a fim de que escrevessem uma

frase que pudesse ser usada em qualquer

ocasião. E a frase que seus sábios

escolheram também pode ser usada por

mim neste momento: “Isto também é

passageiro”.

Mas o Senhor oferece algo mais, algo

que não passa: “Deixo vos a paz, A

MINHA PAZ vos dou; não vo la dou

como o mundo a dá. Não se turbe o

vosso coração, nem se atemorize” (Jo

14:27).

Muitas vezes somos tentados a voltar ao

mundo, vivendo à sua maneira e

desfrutando de suas ilusórias

“vantagens”. Assim desejavam os

israelitas durante a peregrinação no

deserto, quando estavam enjoados do

maná (o pão que vinha do céu). “E o

vulgo, que estava no meio deles, veio a

ter grande desejo: pelo que os filhos de

Israel tornaram a chorar, e disseram:

Quem nos dará carne a comer?

Lembramo nos dos peixes que no Egito

comíamos de graça; e dos pepinos, e

dos melões, e dos porros, e das

cebolas, e dos alhos. Mas agora a

nossa alma se seca; cousa nenhuma há

senão este maná diante dos nossos

olhos.” (Nm 11:4 6). Quanto engano

havia nesse lamento! Quando estavam no

Egito eles não passavam de escravos,

pois a Palavra de Deus nos diz: “E os

egípcios faziam servir os filhos de

Israel com durezas; assim lhes fizeram

amargar a vida com dura servidão, em

barro e em tijolos, e com todo o

trabalho no campo; com todo o seu

serviço, em que os serviam com

dureza” (Êx 1:14).

Assim também acontece conosco; cedo

nos esquecemos de que éramos escravos

de Satanás e desejamos voltar ao nosso

estado anterior, achando que “comíamos

de graça” como pensavam os hebreus.

Que triste engano! O mundo tem tanto a

oferecer para o cristão como o Egito

tinha para os israelitas. Nada havia no

Egito senão dura escravidão. Mas, assim

como o povo foi libertado da

escravidão, nós também fomos

libertados pelo sangue de Cristo,

escapando ao juízo que cairá sobre este

mundo e sobre aqueles que rejeitaram o

favor de Deus. Assim como os

israelitas, após termos sido salvos nos

encontramos em um deserto, seco e

árido, onde Deus nos sustenta com o

“pão da vida” que desceu do céu (Jesus)

e com a água saída da rocha (“e a pedra

era Cristo” 1 Co 10:4).

Quão triste é para nosso Senhor, que

sofreu tanto para nos salvar, olhar para

os seus redimidos desejosos de

voltarem ao seu estado anterior! O

quanto vale para nós todo o seu

sacrifício? Nossos olhos sempre se

ocupam com aquilo que nos parece de

maior valor; e que valor tem para nós o

sangue de Cristo derramado em nosso

favor?

Tudo isso me faz lembrar o Senhor

sendo apresentado por Pilatos à

multidão: “Disse lhes Pilatos: Que

farei então de Jesus, chamado Cristo?

Disseram lhe todos: Seja crucificado.”

(Mt 27:22). E você, o que fará de Jesus,

seu Salvador? Judas o vendeu por trinta

moedas de prata (o valor de um escravo,

conforme Êxodo 21:32). Quanto vale o

Senhor para você? Haverá alguma coisa

neste mundo, ou mesmo o mundo todo,

cujo valor exceda ao daquele que deu

sua vida por você?

Lembre se do quanto o Senhor fez por

você, e saiba que embora você tenha se

afastado dele, ele não se afastou de

você. Como o “filho pródigo” de Lucas

14:11, você já deve ter percebido que

este mundo só pode lhe oferecer comida

de porcos. Mas o Pai está esperando por

você de braços abertos, desejoso de lhe

dar o melhor: “o pão da vida”. Volte

agora mesmo. Confesse a ele o seu

pecado e, ainda que deseje culpar outros

por seu afastamento, é com o Pai que

você interrompeu sua comunhão e é com

ele que deve se reconciliar em primeiro

lugar.

“... tomei os pelos seus braços, mas

não conheceram que eu os curava.

Atraí os com cordas humanas, com

cordas de amor; e fui para eles como

os que tiram o jugo de sobre as suas

queixadas; e lhes dei mantimento.” (Os

11:3-4).

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Mario Persona