7 características que cometem abuso espiritual

7 características das igrejas que cometem abuso espiritual (Nada a ver com Jesus)

7 características das igrejas que cometem abuso espiritual 

(Nada a ver com Jesus)

1) Scripture Twisting (Distorção da Escritura): para defender os

abusos usam de doutrinas do tipo "cobertura espiritual", distorcem o sentido bíblico

da autoridade e submissão, etc. Encontram justificativas para qualquer coisa. Estes

grupos geralmente são fundamentalistas e superficiais em seu conhecimento bíblico.

O que o lider ensina é aceito sem muito questionamento e nem é verificado nas

Escrituras se as coisas são mesmo assim, ao contrario do bom exemplo dos

bereanos que examinavam tudo o que Paulo lhes dizia.

2) Autocratic Leadership (liderança autocrática): discordar do líder

é discordar de Deus. É pregado que devemos obedecer ao ditador,

digo discipulador, mesmo que este esteja errado. Um dos "bispos"

e uma igreja diz que se jogaria na frente de um trem caso o "apóstolo"

ordenasse, pois Deus faria um milagre para salvá-lo ou a hora dele tinha chegado.

A hierarquia é em forma de pirâmide (às vezes citam o salmo 133 como base),

e geralmente bastante rígida. Em muitos casos não é permitido chamar

alguém com cargo importante pelo nome, (seria uma desonra) mas sim

pelo cargo que ocupa, como por exemplo "pastor Fulano", "bispo X",

"apostolo Y", etc. Alguns afirmam crer em "teocracia" e se inspiram

nos líderes do Antigo Testamento. Dizem que democracia é

do demônio, até no nome.

3) Isolationism (Isolacionismo): o grupo possui um sentimento

de superioridade. Acredita que possui a melhor revelação de Deus, a melhor

visão, a melhor estratégia. Eu percebi que a relação com outros ministérios se da

com o objetivo de divulgar a marca (nome da denominação), para levar

vivamento para os outros ou para arranjar publico para eventos.

O relacionamento com outros ministérios é desencorajado quando não

proibido. Em alguns gruposno louvor são tocadas apenas músicas

do próprio ministério.

4) Spiritual Elitism (Elitismo espiritual): é passada a idéia de 

que quanto maior o nível que uma pessoa se encontra na hierarquia 

da denominação, mais esta pessoa é espiritual, tem maior intimidade 

com Deus, conhece mais a Biblia, e até que possui mais poder espiritual (unção). 

Isso leva à busca por cargos. Quem esta em maior nível pode mandar nos 

que estão abaixo. Em algumas igrejas o número de discípulos ou de células 

é indicativo de espiritualidade. Em algumas igrejas existem camisetas para 

diferenciar aqueles que são discípulos do pastor. Quanto maior o serviço 

demonstrado à denominação, ou quanto maior a bajulação, 

mais rápida é a subida na hierarquia.

5) Regimentation of Life (controle da vida): quando os líderes,

especialmente em grupos com discipulado, se metem em áreas particulares da

vida das pessoas. Controlam com quem podem namorar, se podem ou não ir

para a praia, se devem ou não se mudar, roupas que podem vestir, etc. É

controlada inclusive a presença nos cultos. Faltar em algum evento pro motivos

profissionais ou familiares é um pecado grave. Um pastor, discípulo direto do

líder de uma denominação, chegou a oferecer atestados médicos falsos

para que as pessoas pudessem participar de um evento, e meu amigo perdeu o

emprego por discordar dessa imoralidade.

6) Disallowance of Dissent (rejeição de discordâncias): não

existe espaço para o debate teológico. A interpretação seguida é a dos lideres.

É praticamente a doutrina da infalibilidade papal. Qualquer critica é sinônimo de

rebeldia, insubmissão, etc. Este é considerado um dos pecados mais graves.

Outros pecados morais não recebem tal tratamento. Eu mesmo precisei ouvir

xingamentos por mais de duas horas por discordar de posicionamentos

políticos da denominação na qual congregava. Quem pensa diferente

é convidado a se retirar. As denominações publicam as posições oficiais, que

são consideradas, obviamente, as mais fiéis ao original. Os dogmas são sagrados.

7) Traumatic Departure (saída traumática): quem se desliga

de um grupo destes geralmente sofre com acusações de rebeldia, de falta

de visão, egoismo, preguiça, comodismo, etc. Os que permanecem

no grupo são instruídos a evitar influências dos rebeldes, que são

desmoralizados. Os desligamentos são tratados como uma limpeza que Deus fez,

para provar quem é fiel ao sistema. Não compreendem como alguém pode

decidir se desligar de algo que consideram ser visão de Deus. Assim,

se desligar de um grupo destes é equivalente a se rebelar contra

o chamado de Deus. Muitas vezes relacionamentos são cortados e

até familias são prejudicadas apenas pelo fato de alguém não querer mais

fazer parte do mesmo grupo ditatorial.

***

Ronald M. Enroth, americano, sociólogo da religião, que escreveu um livro a

respeito do abuso espiritual (Churches that abuse), após horas e mais horas de

depoimentos de ex-membros de grupos religiosos dos EUA