O que a Torah ensina acerca do dízimo
O que a Torah ensina acerca do dízimo
O que a Torah ensina acerca do dízimo
O que a Torah ensina acerca do dízimo
Segundo meu entendimento ao examinar a Torah, conclui que o povo de
Israel separava um segundo dízimo ao dizimar os dízimos de todos seus
bens (produto da terra), e esse segundo dízimo deveria ser separado para
o peregrino, os necessitados, como também para se alegrar com seus
familiares diante do Eterno. Quanto ao primeiro dízimo, este deveria ser
entregue ao levita que ao recebe-lo separaria um novo dízimo (o terceiro)
de tudo quanto recebera, e o entregaria ao sacerdote.
Para melhor compreensão, transcreverei alguns textos extraídos da Torah
para que possam ser comparados com a versão da Bíblia cristã.
Números 18:26-28
18) E aos Levitas falarás e lhes dirás: Quando
tomardes dos filhos de Israel o dízimo que deles
vos dei: por vossa herança, dele separareis,
uma oferta para o Eterno, o dízimo do dízimo. 27)
E considerar-se-á a vossa oferta, como a oferta
que se separa da eira, e como aquela do mosto e
azeite que se separa das covas. 28) Assim,
separareis também vós a oferta separada do
Eterno, de todos os vossos dízimos que tomareis
dos filhos de Israel; e dareis deles a oferta
separada do Eterno, para Aarão, o sacerdote.
Deuteronômio 12:11, 17
11) E será então, no lugar que escolher o Eterno,
vosso Deus, para fazer morar o seu nome, para ali
levareis tudo o que vos ordeno: os vossos
holocaustos, e os vossos sacrifícios, e vossos
dízimos, e a oferta das vossas primícias, e
tudo o que há de melhor que prometerdes ao Eterno.
17) Mas não te será permitido comer em tuas
cidades o dízimo de teus cereais, e de teu mosto,
e de teu azeite, nem os primogênitos de teu gado,
e de teu rebanho, nem os teus votos que ofereceres,
nem tuas ofertas voluntárias, nem tua oferta de
primícia; 18) sòmente diante do Eterno, teu Deus,
os comerás, dentro da cidade que o Eterno, teu
Deus escolher, tu, e teu filho, e tua filha, e
teu servo, e tua serva, e o levita que esta em
tuas cidades; e te alegrarás diante do Eterno,
teu Deus, com tudo o que possuíres.
Deuteronômio 14:22- 29
22) Certamente separarás o dízimo de todo o
produto das tuas sementes, que o campo produzir
de ano a ano. 23) E o comerás diante do Eterno,
teu Deus, no lugar que escolher para ali fazer
habitar o seu nome, o dízimo de teu grão, teu
mosto, e teu azeite, e os primogênitos do teu
gado e do teu rebanho, para que aprendas a temer
o Eterno, teu Deus, em todo o tempo. 24) E se
o caminho te for comprido, de sorte que não o
possas levar, por estar longe de ti o lugar que
escolher o Eterno, teu Deus, para ali pôr o seu
nome, pois te abençoará o Eterno, teu Deus,
para teres produção abundante; 25) então o
trocarás por dinheiro, e atarás o dinheiro em
tua mão, e irás ao lugar que o Eterno, teu Deus,
escolher. 26) E darás este dinheiro por tudo o que
desejar a tua alma, por gado, ou por rebanho, ou
por vinho, ou por vinho velho, ou por tudo o que
pedir a tua alma; e comerás ali diante do Eterno,
teu Deus, e te alegrarás, tu, e a gente de tua
casa. 27) E ao levita que esta em tuas cidades,
não deixarás de dar-lhe o teu primeiro dízimo,
pois não tem parte nem herança contigo. 28) Ao
fim de três anos (*) tirarás todos os dízimos de
teu produto, naquele ano, e os depositarás dentro
das tuas cidades. 29) E virá o levita, que não tem
parte nem herança contigo, e tomará o primeiro dízimo;
e o peregrino, e o órfão, e a viúva, que estão nas
tuas cidades, tomarão o dízimo do pobre e comerão
e se fartarão, para que o Eterno, teu Deus, te
abençoe em todas as obras que as tuas mãos fizerem.
(*) Se não separou os dízimos do primeiro e
do segundo ano da <> em seu tempo, deveria
faze-lo no terceiro ano.
(**) Todo sétimo ano, desde a data da criação do
mundo, é um ano sabático. [Shemitá] Neste ano,
era proibido todo trabalho do campo, como: arar,
semear, etc. pois a terra tinha que descançar.
No ano primeiro e segundo da <>, o
israelita devia separar, em cada um deles,
dos seus produtos da terra, o primeiro dízimo
[Maasser rishon] que dava ao levita, e o
segundo dízimo [Maasser sheni], que ele mesmo
o comia em Jerusalém; assim fazia também ao
quarto e no quinto ano; entretanto no terceiro
e no sexto, separava em cada um deles, o primeiro
dízimo e o dízimo do pobre, [Maasser ani] destinado
aos pobres, peregrinos, órfãos e viúvas. Estes
dízimos podiam-se comer em todo lugar, no entanto,
o segundo dízimo, comia-se somente em Jerusalém.
Deuteronômio 26:12- 15
12) Quando acabares de dizimar todos os dízimos
de teu produto, no ano terceiro, que é o ano em
que se separa um só dízimo, o do Levita, o da-lo-as
ao Levita, e também darás um outro dízimo para o
peregrino, para o órfão, e para a viúva, a fim
de que os comam e se fartem. 13) E dirás diante
do Eterno, teu Deus: Tirei o que é consagrado,
de minha casa, e também o dei ao Levita, e ao
peregrino, e ao órfão, e à viúva, de acordo com
todo o teu mandamento, que me ordenaste; não
mudei, e fiz como teus preceitos ; e não me
esqueci de abençoar-te. 14) Não comi do segundo
dízimo no primeiro dia de luto, e não comi dele,
em estado impuro, e não o troquei para fazer o
sepultamento de um morto; ouvi a tua voz, ó Eterno,
meu Deus, fiz tudo o que me ordenaste. 15) Olha
desde a habitação de tua santidade, desde os céus,
e abençoa teu povo, Israel, e a terra que nos
deste, como juraste a nossos pais, terra que
emana leite e mel.
Examinando as Escrituras destacaremos duas mensagens que o
Eterno enviou a seu povo, Israel; a primeira encontra-se em Isaias 1:9:16,
e a segunda em Malaquias 3:8-10, e perguntamos: Porque a Igreja
Cristã que se auto-intitula o “Novo Israel”, não aplica o texto do
profeta Isaias (Is. 3:12-15) da mesma forma como vem aplicando
o texto do profeta Malaquias (Ml. 3:8) ?
Na verdade, Ml. 3:8 trata-se de uma mensagem de repreensão para
todo povo, cuja negligência no sustento daqueles cujo tempo deveria
ser dedicado aos serviços do Tabernáculo e ao ensino do povo, estava
acarretando grande apostasia.
Precisamos entender também que o tabernáculo (substituído
primeiramente pelo templo edificado pelo rei Salomão, e
posteriormente pelo rei Herodes), era um símbolo do Céu dos
céus, e seus rituais, símbolos dos serviços nele realizados.
Portanto, quando o último templo (Tabernáculo) foi destruído pelos
romanos no ano 70 EC, cessaram não somente seus serviços, como
também a obrigação da entrega dos dízimos àqueles que eram os
responsáveis por sua manutenção e demais serviços nele realizados.
Com o vácuo que surgiu, a Igreja Cristã auto intitulando-se o Novo
Israel, sem nenhuma base nas Escrituras passou a requerer de seus
membro os dízimos para manutenção de sua estrutura.
Já Isaias 3:12-15 e 9:16 é negligenciado pelos líderes cristãos por
se tratar de uma mensagem para alertar o povo a fim de que soubessem
que aqueles cujo dever seria instruí-los na verdade, os estavam enganando,
privando-os assim do caminho da salvação.
Aplicando os textos acima citados à igreja cristã, já que ela se considera o
novo Israel (sem a aprovação do Eterno), podemos verificar que:
Já que o Eterno não transferiu a benção concedida a Israel para a
igreja cristã, fica claro que muitos de seus líderes utilizam indevidamente
o texto de Ml. 3:8-10 para extorquir de seus membros, em benefício
próprio, aquilo que não lhes fora outorgado. Digo muitos líderes, pois
na verdade alguns deles realmente crêem que a igreja cristã é o novo
Israel, e, devido a falta de conhecimento sobre esse tema, permanecem
ligado às tradições.
O texto de Is. 3:12-15 e 9:16, que corresponde exatamente ao que é
visto no meio cristão da atualidade, não é utilizado por seus líderes
visto que expõe os enganos com os quais se beneficiam, com a falta
de conhecimento de seus seguidores.
Mas que enganos são esses ensinado pelos dirigentes da cristandade
e com os quais se beneficiam privando seus membros do caminho da salvação ?
À semelhança do que ocorria nos dias do profeta Isaias, encontramos
em nossos dias membros da igreja cristã entregando suas ofertas e
pagando seus votos ao Eterno por mera formalidade devido ao medo
de perdas financeiras, emprego, ou mesmo da salvação, em conseqüência
de alguma maldição que deverá recair sobre o infiel.
Com base em Is. 1:11-20 e 9:16; Dt. 12:11 e 17-18, observamos que
até mesmo os dízimos eram abomináveis ao Eterno devido a iniqüidade
de seus doadores; daí surgirem as seguintes perguntas: Será que o
Eterno se compras com o engano ? Proveria Ele meios para o sustento,
divulgação e manutenção da mentira ?
............ * Se assim você crê, então continue na
prática da devolução dos dízimos conforme
vem sendo ensinado pelos lideres das múltiplas
igrejas cristãs.
............ * Agora, se assim não creres, então
pratique a caridade com os meios que o
Eterno lhe tem concedido, não para alcançar
o Seu favor, mas pela satisfação em ver a
alegria no semblante dos necessitados em gratidão
ao Eterno por terem suas necessidades supridas.
Em Is. 1:19-20 o Eterno é bem categórico ao
declarar que não interferirá na escolha que
cada um deverá fazer, como também não interferirá
nas conseqüências que cada qual receberá pela
escolha realizada. Dt. 30:19.
Para reflexão:
O Santuário terrestre e seus serviços já não existem; portanto, o
compromisso de Israel com a manutenção do tabernáculo e seus
serviços cessaram. Quanto aos necessitados, eles continuam vivendo
no meio do povo, portanto, o compromisso do povo quanto a seus
necessitados permanece até os dias de hoje. Ora, se a igreja cristã
se diz ser o novo Israel, não deveria ela olhar com mais atenção
para seus necessitados ?
Se observarmos a atenção que o Eterno dispensa aos necessitados
dentre seu povo, (Is. 10:1-2; 3:14-15) teremos condição de saber o
que Ele espera de cada um de nós.
Shalom !