Relato de IC no desa e no dq

Natália Matiello, Set 18, 2020

Uma das coisas que mais me interessava na Engenharia Química, desde a escolha do curso, era a possibilidade de atuar em áreas distintas e amplas. Esse foi também um dos motivos que me levou a escolher experiências de aprendizado profissional muito distintas até o momento. Atualmente, estou no sétimo período do curso e realizei uma iniciação científica no Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental, outra no Departamento de Química, além de um estágio na área de gestão.

Minha primeira iniciação, no terceiro período, foi no Departamento de Engenharia Sanitária e Ambiental. Fazia parte do GruPOA, Grupo de Estudos sobre Processos Oxidativos Avançados, e meu trabalho consistia em apoiar a realização de experimentos para o doutorado da Rafaela Portela, que me ensinou sobre a linha de pesquisa e sobre diversos aspectos da iniciação. Esse aprendizado é essencial, devido ao fato de que alunos no início do curso podem não entender amplamente sobre as atividades que devem realizar. Mas isso dificilmente impede a participação, porque várias experiências na Universidade são formadas por aprendizado e crescimento. Eu me interessava muito pela área, principalmente devido à relevância existente.

Nesse contexto, quando minha participação foi iniciada, o projeto estava em sua fase piloto e realizávamos experimentos de fotocatálise. O objetivo principal consistia no uso de filme fino de PET recoberto com dióxido de titânio para catalisar reações de degradação de poluentes em água. Para esse fim, a cafeína era utilizada como poluente modelo, uma vez que é um indicativo de poluição humana por ser amplamente consumida. A foto a seguir mostra um experimento que tinha o objetivo de comparar o decaimento da concentração de cafeína com o uso de filmes de pet diferentes, ele foi realizado no Suntest, um equipamento do laboratório que simula a radiação solar.

Minha segunda iniciação científica, no quarto período, foi realizada no Departamento de Química sob a orientação da Professora Lúcia Pimenta. Nessa oportunidade, eu pude aprender sobre química orgânica de uma forma que não seria possível seguindo apenas o que é ensinado no curso, portanto, foi uma experiência única que representou um grande crescimento profissional. Meu trabalho era baseado na execução de experimentos com as plantas Cissus gongylodes e Annona crassiflora, que consistiam na realização de partições químicas com o objetivo de detectar e isolar potenciais princípios ativos. Um dos experimentos muito realizados era a cromatografia em camada delgada, representada a seguir.

As duas iniciações foram de extrema importância para minha formação, acredito que aproveitar as oportunidades presentes na UFMG seja válido e relevante e ainda tenho muito interesse na área de pesquisa. Posso afirmar, com base nas experiências que vivi durante o tempo na Universidade, que um dos motivos principais da escolha do meu curso ainda faz sentido na minha vida. A possibilidade de atuação em diferentes áreas gera um aprendizado grandioso, o que para mim é essencial.

Natália Mattiello, aluna da turma 2017/2. Set 18, 2020.

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