trilhando um caminho na graduação

Stela Moreira, Dez 9, 2022

Olá, pessoal! Começando pela introdução daquelas informações básicas, antes de falar mais sobre mim, eu sou a Stela, entrei para a EQ em 2018/2 e sou de Itabira, uma cidade a cerca de 100 km de BH. Me mudei para cá no início do curso, o que foi mais uma das grandes mudanças pelas quais eu passei quando decidi cursar engenharia química na UFMG. E agora sim, vou contar mais para vocês sobre essa trajetória!

Desde que eu entrei no curso, com aquela cabeça confusa de quem entra na EQ porque não sabia o que queria (o que eu descobri ser muito mais comum do que eu imaginava), eu sabia que queria aproveitar o máximo da graduação e da universidade, pois buscava experiências diferentes até mesmo para me ajudar a me conhecer e a me encontrar ao longo do curso.

Seguindo essa linha, logo no meu primeiro período, eu me inscrevi para o PS da Mult. Eu já conhecia pessoas que faziam parte do MEJ e falavam muito bem dessa experiência, o que eu acredito que me ajudou muito para passar no processo, pois eu já estava com o brilho nos olhos de querer entrar para a EJ para me desenvolver e ajudar outras pessoas neste caminho.

Entrei para a EJ como Consultora de Projetos, e minhas atividades eram, a princípio, mais voltadas para a negociação com clientes e lidar com demandas internas da empresa. Depois, consegui participar de um dos projetos que já estava em desenvolvimento, o que me agregou muito tanto em termos de conhecimento quanto de organização e análise crítica. Depois de um período como consultora, seguindo o objetivo de aprender coisas novas, eu não queria continuar com a mesma rotina, logo almejava um cargo de liderança ou, ao menos, uma mudança para outra área da empresa. Acabei optando por me candidatar para o PS de Gerentes, pois acreditei que este já me proporcionaria uma boa experiência de liderança, como de fato proporcionou, e que talvez conseguisse conciliar melhor a EJ com as atividades do curso.

Mesmo assim, o próprio PS exigiu muita dedicação, pois extrapolava as atividades da empresa, e não foi nada fácil me tornar gerente, mas foi uma experiência extremamente gratificante. Primeiro, pelo desafio de assumir um cargo de liderança, de modo que eu não apenas deveria orientar a minha equipa, mas também me sentia na obrigação de dar o exemplo nas atividades da empresa. Assim, ao mesmo tempo em que isso exigia de mim muito mais dedicação, também me proporcionou um aprendizado ainda maior. Foi a primeira vez que assumi um cargo de liderança, e um dos meus maiores aprendizados foi passar a lidar com várias tarefas e preocupações ao mesmo tempo. Apesar do sufoco, recomendaria este cargo a qualquer estudante da EQ rsrs

Com isso, a EJ foi a primeira (e principal) experiência que me ajudou a desenvolver mais da minha gestão de tempo, algo que desde então levo muito comigo em todas as atividades em que atuo, além de ter desenvolvido minha comunicação e sentimento de time em todo o tempo na empresa.

Nesse meio tempo, vale mencionar que eu ainda fazia uma IC por um programa chamado PICME, Programa de Iniciação Científica e Mestrado, voltado para a área da Matemática, pelo fato de ter sido medalhista da OBMEP (Olimpíada Brasileira das Escolas Públicas) no Ensino Fundamental. Basicamente, todo período, eu fazia uma disciplina da área da Matemática - além daquelas obrigatórias para o nosso curso. Eu gostava de fazer a IC, pois sempre tive afinidade pela área da Matemática, mas sentia muita falta de estudar algo mais relacionado ao nosso curso, e mais aplicável na nossa área.

Então, com um ano de empresa, decidi deixar a empresa júnior para buscar um desafio diferente, e iniciei uma IC no CDTN (Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear), em que trabalhei com a pesquisa sobre o uso de geopolímero no tratamento de rejeitos radioativos oleosos e de ligantes de resíduos de mineração na construção civil. Infelizmente, já fui aprovada no processo seletivo da IC no início da pandemia, então apesar da esperança de que tudo voltasse ao normal em breve, eu acabei não tendo nenhuma experiência com a pesquisa nos laboratórios da universidade. Ainda assim, com um ano de IC, desenvolvi bastante minhas habilidades de pesquisa, síntese e análise crítica, que foram fundamentais para a minha performance ao longo da graduação, e ainda consegui apresentar meu artigo em um Congresso (online), depois do qual fui chamada para publicá-lo em uma revista.

Após um ano de Iniciação Científica, decidi que estava na hora de buscar um novo desafio - fazer um estágio. No início tive muita dúvida se já era a hora ou não de buscar um estágio, já que estava no quinto período (nas férias, antes de iniciar o sexto), mas pensei que seria válido pelo menos tentar, pela experiência que me agregaria. E então, foi uma reprovação atrás da outra... A minha “estratégia” tinha sido me candidatar em toda vaga que eu atendesse aos requisitos e não exigissem sair de Belo Horizonte, basicamente, mas deu super errado. Até que, quando eu já estava super desmotivada pelo número de "Não's" que recebi, voltando das férias, recebi a resposta do último PS para o qual havia me candidato, na Nexa Resources, e fui aprovada.

Na Nexa, empresa de mineração de zinco, cobre e outros metais, meu estágio era na modalidade de teletrabalho, o que facilitou muito a conciliação do mesmo com a universidade. Lá eu entrei para a área de Gestão de Projetos, de modo que minhas tarefas eram mais voltadas para o acompanhamento do progresso dos projetos em reuniões e para a análise de indicadores de performance quanto ao planejamento físico e financeiro dos projetos. Uma grande oportunidade que tive foi visitar as unidades de produção da empresa em Minas Gerais, o que foi ótimo não só para conhecer os processos envolvidos no beneficiamento do minério, como também para me aproximar do time com o qual eu trabalhava. Mas, depois de quase um ano, eu comecei a vislumbrar outras oportunidades de aprender coisas novas, em outras áreas, mas dessa vez não saí me candidatando para qualquer vaga - me concentrei e me dediquei às empresas que eu acreditava que poderiam me agregar mais no momento.

Foi assim que passei na Ambev, empresa onde trabalho atualmente, para uma vaga no mundo Business, na área comercial da companhia. Lá, eu entrei para a área de Drinks Prontos, em que atuo principalmente no acompanhamento de metas da área e promoção das nossas marcas. Tem sido uma experiência muito desafiadora trabalhar em uma empresa como a Ambev, que além de gigante e consolidada no mercado, é uma empresa muito dinâmica, na qual todos os dias me deparo com novos desafios. Além disso, outro ponto com o qual tenho me identificado muito é o perfil das pessoas com quem trabalho, pois a galera é muito animada e tem muito gás - tanto no trabalho, quanto nos rolês...

E agora, diante de tudo que já vivenciei ao longo da graduação, creio que foi o caminho certo para atingir o que eu queria, por ter conseguido aproveitar tantas oportunidades e me desafiado tanto, não só na universidade (pois a UFMG já é um baita desafio por si só), quanto fora dela. Recomendaria a qualquer um que se desafiasse buscando oportunidades como essas também, pois cada uma contribuiu de forma diferente para a minha trajetória e formação. Por fim, se alguém quiser trocar uma ideia, tô à disposição para bater um papo, na medida do possível haha ;)

Stela Moreira, Dez 9, 2022

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