Assim que eu caí de paraquedas no curso, a primeira coisa que fiz foi me envolver em todas as atividades extracurriculares que eu vi pela frente, para tentar ter um pouco de contato com a vida fora da sala de aula: fiz parte do Grêmio, da Mult, da organização da SEQ e fui até monitor de Cálculo I.

Todas essas experiências me ajudaram muito a ver o que eu queria (e o que não queria) para minha carreira, e eu desenvolvi um gostinho em especial para consultoria depois de participar da Mult. Assim, quando entrei no ciclo profissional e comecei minha procura por estágios, eu dei uma atenção especial a essa área.

Se você está procurando estágio agora, a única coisa que eu posso dizer é: eu sei como você se sente. A minha busca foi extremamente frustrante, eu fui rejeitado em dezenas de empresas, das mais diferentes áreas, nas mais diferentes etapas de processos seletivos. Até que um dia, quando eu menos esperava, recebi uma oferta da ADVISIA, uma consultoria estratégica. Fiquei lá por 2 anos e meio, primeiro como estagiário e depois como analista, e foi uma experiência muito legal para começar minha carreira!

Eu trabalhei a maior parte do meu tempo lá em projetos no setor de telecomunicações, mas também tive a chance de atuar em vários outros, como saúde, alimentos e tecnologia. A gente trabalhava bastante, mas também se divertia muito! Essa foto é da uma semana internacional de treinamento que tivemos na Polônia em 2019, com todos os escritórios parceiros do mundo todo :)

Minha experiência na ADVISIA também foi muito importante para que eu tivesse a oportunidade de entrar na minha empresa atual, a Wildlife. Nós somos uma startup brasileira que faz jogos de celular (sim, eu trabalho fazendo jogos!!), e eu atuo como gerente de produto na Wild há 7 meses. Eu queria ter uma foto legal no escritório, mas eu nunca fui lá! Morro de vontade e espero ter a chance logo.

As matérias de Engenharia Química que eu mais usei na minha carreira - principalmente na Wild - foram as de estatística; principalmente testes de hipóteses e intervalos de confiança. Mas a gente faz isso de forma muito mais automática, só precisamos definir como queremos que os testes aconteçam, e os nossos sistemas fazem o resto.

De qualquer forma, se eu tivesse que falar algo da Engenharia Química que eu vou sempre levar para a minha carreira é a rede de alunos. Em ambas as empresas em que trabalhei, eu tive contato com gente da EQ, que entrou antes e depois de mim. Eu sei que isso também é verdade para praticamente todas as grandes empresas do Brasil, então, se eu pudesse dar um conselho para alguém que está entrando no curso hoje, seria: se envolva em muitas iniciativas e tente conhecer o máximo de pessoas possível! Tem muita gente fora da curva nesse curso, e você nunca sabe quem pode te ajudar a dar o próximo passo da sua carreira :)

Lucas Hayashi, Formado em Engenharia Química na UFMG em 2018/2. Mar 12, 2021

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