maternidade e a engenharia química

Cecília Coimbra, Fev 18, 2022

Meu “start” foi quando estava no segundo ano do Ensino Médio e tive a oportunidade de participar do programa de Iniciação Científica Jr na Fundação Ezequiel Dias. Até ali, nunca tinha pensado muito no que iria fazer, mas estar ali me abriu os olhos para tantas possibilidades... Tive contato com áreas da ciência que não conhecia, tive orientadores que me ajudaram muito a pensar sobre meu futuro, e então, comecei a ter interesse por diversas áreas de graduação e a buscar mais conhecimento sobre elas. Isso despertou meu interesse para áreas de inovação, e principalmente meu interesse por estudar para alcançar meus objetivos.

No ano seguinte entrei no cursinho popular da UFMG, o Equalizar, que foi um divisor de águas para mim. Consegui ter uma boa nota no ENEM e ser aprovada em um dos cursos mais concorridos da UFMG. Assim que cheguei à universidade me deparei com muitas dificuldades, pude perceber quantos gargalos eu tinha na minha formação e foi bem difícil assimilar tudo isso, no início. Tantas novidades, pessoas de todos os lugares, palestras de empresas incríveis, ciência, inovação, pesquisa. Algo muito novo para mim. Já no primeiro período participei da Semana de Engenharia Química, onde fui também staff. Foi uma experiência importante para entender mais sobre o curso e as diversas áreas de atuação que podemos seguir, além de contribuir com a organização de um evento incrível!

No entanto, a parte mais importante da minha vida veio no segundo ano da graduação, quando descobri que iria ser mãe. Ali, novamente recomecei. Tantas preocupações além da universidade, tantas incertezas. Foi um período difícil, mas que me fortaleceu. O Bernardo nasceu no início da pandemia, em fevereiro de 2020. Logo depois, as aulas foram paralisadas e um tempo depois retornaram como ensino remoto. Isso foi benéfico para mim na época, já que consegui ter um tempo de qualidade com o meu filho, que ainda era um bebê. Readaptação é a palavra. Nunca pensei em desistir do curso por causa dele, mas claro que não é fácil. Não consigo ter todos os fins de semana livres para passear com ele, por exemplo, pois muitas vezes estou estudando para provas ou repondo matérias.

Por isso, minha rotina hoje precisa ser muito bem calculada para que eu consiga me dedicar à carga horária e atividades extras que realizo. A universidade cobra muito, são horas de estudo e dedicação, e tenho tentado levar de forma mais leve, agora que tenho menos tempo para estudar. Ainda assim, ver meu filho, que já está com 1 ano e 8 meses, se tornou minha maior inspiração para continuar, para vencer qualquer obstáculo.

Além disso eu não poderia deixar de ressaltar que continuar na universidade só é possível porque conto com uma rede de apoio. A avó paterna cuida do Bernardo para mim durante a semana no período das minhas aulas, e minha mãe dá todo suporte necessário também. Sou imensamente grata a elas e todas as pessoas que me apoiam.

Por fim, falando sobre as pessoas que me apoiam, desde o primeiro semestre deste ano faço parte do time da Mult Jr, atuando como Consultora de Vendas e Assessora do Marketing, já na próxima gestão. A Mult sempre foi muito compreensiva com minha rotina limitada (principalmente à noite) e tem sido uma experiência ímpar fazer parte do Movimento Empresa Júnior. As pessoas que conheci (e continuo conhecendo), as qualificações e oportunidades de desenvolver liderança, organização e comunicação só têm acrescentado boas bagagens para minha carreira acadêmica e profissional, tenho certeza que levarei tudo isso para vida toda. Todas as pessoas, experiências e mesmo as dificuldades que encontrei até aqui só serviram de pontapé para a construção do meu futuro. Sou imensamente grata à Deus por tudo que tenho vivido.

Cecília Coimbra, Ingressa em 2019/1. Fev 18, 2021

Gostou de conhecer as experiências da Cecília com o curso e a maternidade? Então não deixe de conferir também o texto da Ana Flávia contando sobre as diversas atividades das quais participou na UFMG!

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