o voluntariado na engenharia

Isabela Costa, Out 27, 2022


O processo de escolha do curso de graduação normalmente não é tão fácil. Quando pequena, meu sonho era fazer odontologia. Durante o ensino médio, passei por história, engenharia mecânica, engenharia aeroespacial, química pura… Decidi pela Engenharia Química depois de uma mostra de profissões na PUC, mas ainda sem saber muito bem as atribuições de um profissional da área. Conheci a UFMG no 9° ano do fundamental, também em uma mostra de profissões. Como moradora do interior de Minas, fiquei encantada com o lugar. A beleza e a pluralidade daqui sempre me deixou boquiaberta. Quando fiz o ENEM no 3° ano, pensei que não fosse conseguir. Quando recebi a notícia da aprovação, foi como tirar mil quilos das costas!

Depois da felicidade, vem as dificuldades da adaptação. Mudar de cidade, morar sozinha, reaprender a estudar, já que na Universidade é completamente diferente. O baque da pandemia, no início do meu 2° período, me deixou bem desanimada. Queria ir para o laboratório, viver a Universidade. Estava super empolgada para começar em um Projeto de Iniciação Científica no Departamento de Química e para atuar no Cursinho Popular Humanizar. Apesar da pandemia, esses dois projetos se desenvolveram muito bem. A Educação Popular sempre foi uma pauta muito relevante no meu ponto de vista e auxiliar os estudantes de baixa renda a alcançar seus sonhos foi incrível.

Aliás, as causas sociais como um todo sempre foram um foco meu. Por isso, logo no início do curso me encantei pelo trabalho da Engenharia Solidária, um projeto de extensão da Escola de Engenharia voltado para o voluntariado. Hoje, 4 semestres depois que fiz o processo seletivo, sei que foi a melhor decisão do meu percurso acadêmico. Dentro da EngSol, eu aprendi a olhar para o próximo com mais cuidado, a perguntar antes de propor soluções, a ouvir. Me desenvolvi absurdamente em todas as habilidades sociais, passando pelos cargos de assessora, coordenadora e assistente de Marketing, além de conselheira da instituição. Falo tranquilamente que se não fosse pela EngSol, que me ajudou a aguentar o baque da pandemia, não teria continuado o curso.

Reunião da Engenharia Solidária (EngSol)

Reunião da Engenharia Solidária (EngSol)

Além da EngSol, também participei por 6 meses do Grêmio como assessora da Comunicação e atuei na organização da 38ª SEQ UFMG como cocoordenadora do Acadêmico e Patrocínio. Nessas duas equipes, tive a oportunidade de ter um contato maior com alunos da Engenharia Química e com o próprio curso, o que ajudou muito na minha motivação. A SEQ foi uma experiência incrível, pois, fazendo parte da organização e precisar pesquisar muitos assuntos, pude conhecer mais a fundo o gigantesco leque de opções de carreira dentro da EQ.

Equipe da 38ª Semana da Engenharia Química (SEQ)

Hoje estou há 8 meses como estagiária da Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM), onde atuo na área de fiscalização da qualidade do solo e áreas contaminadas. Por alguns meses, fiquei muito insegura com o fato de não ser uma aplicação direta da Engenharia Química, mas atualmente vejo que foi uma oportunidade incrível de aprender mais sobre diversos processos industriais, uma vez que preciso entendê-los para analisar seus impactos ambientais, e de me aproximar de uma área que aprecio muito: o meio ambiente. Nesse estágio, eduquei meu olhar para analisar processos e encontrar possíveis atividades potencialmente poluidoras, ensinamento que vou levar para toda a minha carreira.

Isabela Costa, Out 27, 2022

Incrível a História da Isabela, não é mesmo? Confira também o texto da Jéssica! Onde ela conta também sobre as várias experiências que teve durante o curso!

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