Ítalo figueiredo - Como foi a minha experiência do lop em uma indústria de materiais refratários
Dez 18, 2020
Dez 18, 2020
A RHI-Magnesita é uma gigante dos materiais refratários que tem algumas das suas plantas na região metropolitana de Belo Horizonte. Além das Américas, ela também possui sedes na Europa e na Ásia e envia seus produtos para mais de 100 países. De forma resumida, os materiais refratários são usados nos processos industriais de alta temperatura e, sem eles, quase todos os objetos que utilizamos no dia-a-dia não existiriam.
Lá em 2014, quando decidi que minha primeira opção de curso seria Engenharia Química na UFMG, eu ainda não sabia muito bem qual área eu gostaria de seguir quando formasse. Eu tinha apenas a certeza de que queria experimentar a área de pesquisa porque desde criança eu já me encantava pela ciência e pelos laboratórios. A minha primeira vivência do tipo só ocorreu após entrar na UFMG, e sou extremamente grato por ter a chance de estudar em uma universidade pública e de qualidade.
Hoje tenho uma visão mais nítida do meu futuro, mas ainda não estou completamente certo do que farei quando formar no próximo ano – as opções são tantas! De todo modo, as minhas expectativas com a pesquisa científica foram muito bem atendidas nas experiências que tive: uma iniciação científica na área de físico-química e um trabalho de conclusão de curso realizado em parceria com a RHI-Magnesita, sobre o qual faço meu relato.
Eu fui estagiário de pesquisa da RHIM durante a realização do trabalho de conclusão de curso (que chamamos de Laboratório de Operações e Processos, LOP). Junto do meu grupo de LOP, utilizei diversos conhecimentos aprendidos ao longo do curso, especialmente da Ciência dos Materiais, Físico-Química, e alguns conceitos de Planejamento de Experimentos e Transferência de Massa. Esses fundamentos foram empregados na revisão bibliográfica em que se baseia a pesquisa, no desenho dos procedimentos realizados e no entendimento dos resultados obtidos.
Foi uma oportunidade de muito crescimento pessoal e profissional. Pude trabalhar com uma equipe bastante motivada e disposta a ajudar e, mesmo com as muitas dificuldades da pandemia, conseguimos entregar um bom resultado. Também redigimos um relatório em inglês que será disponibilizado aos pesquisadores da empresa ao redor do mundo. Ficaram as sensações de dever cumprido e de que, mesmo em uma empresa tão grande como a RHI-Magnesita, eu fui capaz de contribuir para agregar conhecimento aos processos e valor aos produtos.
No meu semestre, o processo de entrada na empresa ocorreu por meio do envio do currículo dos alunos interessados para o professor responsável por orientar o trabalho (Prof. Dr. Sergio Cabral), junto com um breve texto de motivação. Pelo que percebi, esse procedimento pode mudar um pouco em cada semestre. Por isso, é importante ficar sempre atento aos e-mails que recebemos dos órgãos da universidade.
Atualmente, faço estágio no Escritório de Gestão de Projetos da Bicho do Mato Meio Ambiente, e é verdade que essa é uma área muito diferente da que eu estava habituado. Acredito que, enquanto jovens adultos no início da carreira, aqueles que têm facilidade e curiosidade de experimentar novas direções e aprender coisas novas devem explorar isso. Conhecer diferentes áreas de trabalho da engenharia só tem a agregar na formação de um profissional mais completo.
Ítalo Figueiredo, ingresso em 2016/1. Dez, 18, 2020
Quer ler outro relato de estágio? A Bruna contou um pouco da sua experiência na White Martins, não deixe de conferir!