Um pouco de tudo

Ana Flávia Guedes, Dez 10, 2021

Engenharia Química nunca foi uma certeza na minha vida (e acredito que ainda não é). Vejo que para muitas pessoas também foi assim, mas só fui escolher esse curso no meu terceiro ano e, mesmo assim, cheguei a prestar vestibulares para outros locais (graças a Deus desisti de fazer Engenharia de Bioprocessos em Lorena).

Dentre os muitos motivos de ter escolhido Engenharia Química, um deles foi pela amplitude de áreas de atuações, o que atraiu muito uma menina perdida de 18 anos, mas talvez dê uma certa insegurança para uma menina de agora 21 anos, quando começam a te perguntar com o que você quer trabalhar ou aonde você quer fazer um estágio.

Uma conclusão que cheguei é que não temos como saber se gostamos ou não de determinada área com toda certeza sem experimentar. Obviamente, temos certas preferências, mas a teoria é diferente da prática. Pude ver isso, pois entrei com uma mentalidade acerca do que eu gostava ou não no curso, no entanto as diversas oportunidades que a faculdade nos apresenta me fizeram mudar totalmente minhas convicções.

A primeira dessas oportunidades, e a que mais me marcou, foi, com certeza, a Mult. Fui, primeiramente, assessora de recursos humanos e nesse cargo pude aprender sobre aspectos que nunca imaginei ter contato na minha vida universitária, como clima organizacional, organização de processo seletivo e gestão comportamental.

Troca de gestão da Mult

Porém, me encontrei como diretora de projetos, trabalhando com gestão de projetos e com as diretrizes estratégicas da empresa. Por ter gostado tanto, quis me aprofundar e entender ainda mais da área de consultoria, entrando na Inderios logo em seguida.

Também faço, no momento, uma Iniciação Científica no Laboratório de Processos Industriais sobre pirólise de resíduos urbanos. É um projeto pelo qual sou apaixonada, por envolver outra universidade, a UFOP, por ter professores e alunos sensacionais de diversas áreas, desde química até jornalismo, e por causa do impacto social e ambiental do projeto, uma vez que busca dar uma destinação melhor para resíduos não-recicláveis de associações de catadores. No entanto, me fez perceber que a área de pesquisa talvez não seja a melhor para mim.

Quando entrei na faculdade, não imaginava que iria gostar mais de atuar na gestão de projetos do que em pesquisa. Como falei, a prática é diferente da teoria e talvez alguns preconceitos que temos com determinadas áreas podem nos impedir de viver experiências incríveis que podem nos marcar profundamente. Acho que por isso tentei fazer um pouco de tudo aqui dentro para quem sabe clarear um pouco essa mente confusa que tenho dentro de mim.

Se ajudou? Com certeza.

Se tenho certeza do caminho que quero seguir? Ainda não. E isso dá uma certa angústia, mas tento sempre lembrar que está tudo bem tentar uma coisa e descobrir que aquilo não é para você e voltar um pouco “atrás”.

Uma das muitas lições que aprendi na Mult foi sobre testar e, se der certo, que ótimo, mas se não, errar rápido e tentar de uma outra forma. Acho que isso que estou tentando fazer e espero que dê certo.

Ana Flávia Guedes, Ingressa em 2019/1. Dez 10, 2021

Gostou de conhecer as experiências da Ana Flávia no curso? Então não deixe de conferir também o texto da Laura Castro contando sobre as diversas atividades das quais participou na UFMG!

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