A Trajetória da graduação

Marina Depieri, Nov 11, 2022


A Engenharia Química para mim, assim como para muitos outros dos que estão aqui, nunca foi uma certeza, a primeira vez em que considerei o curso foi no 1° ano do Ensino Médio, quando tive um contato maior com a química e me apaixonei. Assim, pensei em fazer um curso em que teria contato com a minha matéria preferida da época, mas que também fosse mais amplo, pois ainda não sabia se gostaria de seguir nessa área Foi apenas no 3° ano do Ensino Médio, depois de passar pelo programa de orientação profissional que minha escola oferecia, que decidi fazer Engenharia Química mesmo, na época não sabia se tinha sido a melhor escolha, ainda não sei, mas sei que em meu tempo de curso até agora, aprendi e me desenvolvi muito.

Logo quando entrei na faculdade estava bastante perdida, e conheci um mundo de oportunidades de iniciativas para participar, como todo mundo sabe tem de tudo: empresa júnior, atividades voltadas pro social, esportes, atividades acadêmicas, pesquisas nas iniciações científicas. E como não tinha muita ideia do que gostaria de fazer em meu percurso no curso, nos primeiros dois semestres acabei não participando de nada. Mas não pensem que foi sem tentar, em meu primeiro semestre na UFMG, fiz o processo seletivo para a Mult Jr., porém não fui aprovada, na época fiquei um pouco chateada, mas hoje entendo que aquele realmente não era o melhor momento para que eu participasse de uma iniciativa com uma demanda como a de uma empresa júnior, ainda me faltava amadurecer certos pontos, principalmente a organização.

Já no primeiro período tive muita dificuldade com algumas matérias (Cálculo 1 principalmente) e percebi que para conseguir manter o ritmo da faculdade precisaria me esforçar mais do que na escola. No segundo período a dificuldade na matéria, dessa vez em Cálculo 2, persistiu (o primeiro quase zero a gente não esquece), mas foi nesse período que consegui realmente entender como era o sistema da UFMG, melhorei bastante minha organização e me senti pronta para tentar, no próximo semestre, novamente o processo seletivo da Mult Jr..

Assim, em 2020/1 me inscrevi no processo seletivo, uma semana antes da pandemia começar, e por isso, fizemos todo o processo pelo computador. Fui aprovada e comecei como Trainee no mesmo semestre, no processo de trainee fiz grandes amizades que me acompanharam em toda a trajetória da iniciativa. Em 2020/2, fui efetivada na Mult como assessora de marketing.

Equipe MULT

Na minha equipe de marketing fiz também amizades incríveis, que foram essenciais para meu desenvolvimento na empresa, afinal, tive sempre o apoio e incentivo dos meus gestores para ser proativa e desenvolver minhas habilidades nessa área, afinal, o marketing é uma área bastante diferente da Engenharia Química. Nesse semestre fiquei responsável por desenvolver a estratégia de e-mail marketing que utilizamos, e essa grande responsabilidade foi extremamente importante para que eu desenvolvesse em mim maiores habilidades de organização e de proatividade.

Depois desse semestre fui consultora de projetos e vendas na Mult e essa com certeza foi uma das experiências mais importantes no meu desenvolvimento pessoal na faculdade. Entrar para essa célula foi um embate, afinal, gostaria muito de ser consultora de projetos, mas nunca quis ser consultora de vendas, pois sempre fui uma pessoa muito tímida, e tinha bastante dificuldade de conversar com desconhecidos. Por isso, ser consultora de vendas no início foi uma grande insegurança para mim, mas a Mult como empresa e a minha gerente sempre estiveram do meu lado, tornando o processo mais fácil. Logo no início do período fizemos um curso de comunicação frente às câmeras, uma grande oportunidade dada pela Mult, que foi extremamente importante para que eu me sentisse mais confortável em me comunicar, inclusive no meu dia a dia. Com o curso e com as experiências do dia a dia fui me acostumando com as vendas, tendo inclusive, em um mês, vencido uma das categorias da gamificação dessa célula. Ainda hoje não escolheria trabalhar com vendas haha, mas com certeza a experiência seria muito menos assustadora do que foi a primeira vez. Em relação ao meu trabalho como consultora de projetos, a experiência foi incrível, me possibilitou ter contato com assuntos do nosso curso bem no início, no 4° período, e também me trouxe experiências de outras áreas, como a confecção de Layouts Industriais.

Depois da minha experiência na Mult, estava sentindo falta de uma maior atuação da engenharia com projetos sociais, mesmo que, na empresa, tenho feito parte do núcleo social. Por isso, em 2021/2 optei por sair da Mult e entrei em dois outros projetos de extensão da UFMG: no cursinho popular, Equalizar, e na Engenharia Solidária. No Equalizar fui para a área de Recursos Humanos, novamente uma área não ligada à Engenharia Química e que foi de extrema importância para que eu desenvolvesse a habilidade de solução de conflitos e para que eu entendesse melhor sobre o que estava por trás dos processos seletivos. Já na Engenharia Solidária entrei na área de Marketing, com a qual já tinha trabalhado, mas fiz parte de uma comissão que ficou responsável pela ação de campanhas temáticas, com a qual aprendi muito principalmente sobre saúde mental, e pela ação EngSol nas Ruas, que me trouxe muito mais conhecimento sobre a vida e experiências das pessoas em situação de rua e que, em grande parte, mudou minha vida dali pra frente.

Equipe EngSol

No final de 2021 participei de diversos processos seletivos para estágio e, minha experiência em cada uma das iniciativas de que fiz parte foi extremamente importante para que eu conseguisse o cargo que almejava, portanto, após alguns fracassos, veio a tão sonhada aprovação no processo seletivo da Pöyry. Em 2022/1 comecei a fazer estágio na empresa Pöyry, uma projetista que, aqui em Minas Gerais, atua na área de mineração, e por isso, infelizmente tive que sair do Equalizar, afinal, a rotina já era pesada e seria impossível continuar em tudo.

No estágio comecei na área de gerenciamento de projetos e em meus meses lá aprendi muito sobre as metodologias de desenvolvimento de projetos e sobre como lidar com clientes que, agora, eram empresas grandes e renomadas. Apesar de estar gostando da área, sempre quis ter mais experiência com Engenharia Química sendo aplicada e, por isso, pedi para ser transferida para a área de Engenharia de Processo Mineral e de Sistemas de Utilidades, onde estou agora. No momento me encontro muito realizada com meu estágio, estou aprendendo muito principalmente das questões diretamente relacionadas ao curso e de como é atuar em uma empresa grande e multinacional.

Atualmente também atuo como coordenadora de infraestrutura da SEQ e continuo na Engenharia Solidária. Ao longo do meu percurso na engenharia fiz muitas amizades que pretendo levar para toda a vida e vivi experiências que me moldaram e continuam me moldando. Aos recém chegados ou aos que já estão aqui há um tempo e ainda se encontram perdidos, se me pedissem um conselho diria para explorar o máximo de atividades oferecidas pela UFMG, demanda tempo e dedicação, mas vocês não vão se arrepender de construir de pouquinho em pouquinho a trajetória de vocês.

Marina Depieri, Nov 11, 2022

Incrível a História da Marina, não é mesmo? Confira também o texto da trajetória Rica de Isabela! Que também participou de diversas iniciativas que, sem dúvidas, foram riquíssimas experiências!

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