Diferentes etapas na formação do engenheiro químico
Ricardo Dorledo, Jun 13, 2020
Ricardo Dorledo, Jun 13, 2020
Ricardo Adriano Dorledo de Faria
Qualquer pessoa minimamente próxima a mim sabe que meu sonho de vida era estudar na UFMG. Cursei minha graduação em Engenharia Química no Centro Universitário de Belo Horizonte (UniBH) e, após também enriquecedores cinco anos de muita luta, eu me formei e fui aprovado em 1° lugar no Mestrado da UFMG em 2015. Uma alegria que me pareceu a maior que eu poderia ter, mas ela deu lugar a outras várias adiante. Meu projeto de Mestrado tratava do desenvolvimento de um biossensor para detecção de veneno de cobra em vítimas de acidente ofídico. A ideia era, através de um dispositivo eletroquímico, saber qual cobra picou o paciente para que no hospital fosse administrado o soro correto (aqui vale saber que esses soros são como medicamentos específicos para aquele determinado tipo de cobra, e que o diagnóstico tardio ou equivocado pode levar a pessoa a complicações severas ou óbito em muitos casos).
Em 2017, defendi a minha dissertação e fui aprovado para o Doutorado, seguindo com o desenvolvimento de biossensores eletroquímicos, agora não somente para a área médica, mas também ambiental e industrial.
No meu segundo ano de curso, vivenciei um período sanduíche no Centre d’Optique Photonique et Laser (COPL) da Université Laval no Canadá. Que ano! De quebrar um dedo jogando vôlei a dar uma palestra em francês para crianças sobre a dualidade entre a carreira científica e minha intimidade com Deus, acho que vivi de tudo! Profissionalmente, no COPL, publiquei 7 artigos científicos, colaborei como co-autor em outros 2 no grupo e ganhei um prêmio por minha pesquisa com os sensores de veneno de cobra.
De volta à UFMG em 2019, ministrei a disciplina de “Redação e Comunicação Científica para Engenharia” na graduação da Eng. Química e, com meus alunos, publicamos dois artigos e submetemos um terceiro, ainda em avaliação.
Defendi o Doutorado em antecipação em abril de 2020 e atualmente trabalho como engenheiro na Fiat Chrysler Automobiles, como pesquisador em uma iniciativa para o desenvolvimento de biossensores comerciais para diagnósticos médicos e como revisor e editor de alguns jornais científicos nas áreas de Engenharia, biomateriais e sensores. Certo de que minha carreira tem sido construída à luz da Eng. Química da UFMG, não pretendo perder o vínculo e tenho a intenção de colaborar com o programa, de voltar às salas de aula e contribuir cada vez mais para a divulgação da nossa ciência brasileira, que muito merece ser percebida onde quer que estejamos!
Ricardo Dorledo, mestre e doutor em engenharia química pela UFMG. Jun 13, 2020
Curioso em ler mais sobre o Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química da UFMG? Dá uma olhada nesse texto!