bruna nogUeira - a parte técnica da engenharia química

Dez 11, 2020

Depois de três anos cursando um técnico em Eletromecânica, escolhi a Engenharia Química porque gostava da área de materiais e o curso parecia abrangente o suficiente para que, caso mudasse de ideia, eu tivesse várias opções de qual área seguir. Em razão dessa incerteza, entrei com o pensamento de “aproveitar todas as oportunidades que a faculdade me dá” e, ao longo dos períodos, essa ideia sempre me fez passar por experiências incríveis.

Logo nos primeiros semestres, entrei no Grêmio, iniciação científica, Engenharia Solidária e Mult Jr. Conheci melhor a faculdade, suas iniciativas e fui entendendo como as coisas funcionavam, ao mesmo tempo que me desenvolvia como pessoa, estudante e profissional. Aproveitei, desde as atividades extracurriculares até as acadêmicas e, no final do meu sétimo período, tive a oportunidade de realizar um intercâmbio de férias. Assim que retornei, ingressei no meu primeiro estágio, desenvolvido na área de gestão de projetos da Bicho do Mato, e, quatro meses depois, deixava a empresa para ingressar como estagiária de processos na White Martins.

Entrei na White por meio de um processo seletivo especial realizado. Sem conhecer muito da empresa, enviei meu currículo me candidatando à vaga e, alguns dias depois, fui convocada para uma dinâmica em grupo. No mesmo dia, também realizei testes de lógica e inglês. Uma semana depois recebi a notícia de que havia passado para a próxima e última fase, que consistia na entrevista com o gestor. Nossa conversa foi rápida e tranquila, contei um pouco sobre minha trajetória e ele me explicou melhor sobre a vaga e a empresa como um todo. Fui aprovada e, no mês seguinte, iniciava o estágio.

Em meu primeiro dia como estagiária, conheci a Unidade, os segmentos que trabalhávamos e algumas pessoas que iriam me auxiliar ao longo do período. Empresa de gases industriais e engenharia, a White Martins, em Contagem, atua com uma série de gases, entre eles, o acetileno, área em que fiquei alocada a princípio. Nesse período, conheci muito sobre a fabricação de acetileno. Quais eram os processos necessários e porquê, como a automação funcionava na fábrica, e todas as medidas de segurança que devíamos tomar. Vi, na prática, um daqueles reatores que estudamos em cinética; calculei, medindo a pressão de um tanque, o volume de gás em seu interior e como as mudanças de fase afetavam isso; e fiz controles de produção e estoque com base em parâmetros como entalpia e densidade.

Trabalhar com processos veio a ser uma grande surpresa para mim. Consegui aplicar coisas práticas que antes só tinha contato pela teoria. Entendi o funcionamento de uma indústria e como é difícil garantir que tudo esteja fluindo da forma mais funcional, segura, com o mínimo de falhas, e que garante a qualidade do produto e serviço oferecido. Para isso, todo o processo produtivo possui ligação direta com diversas áreas da empresa, como logística, SSMA (saúde, segurança e meio ambiente), produtividade e administração, áreas que também tive oportunidade de conhecer melhor.

A White Martins se tornou, para mim, um grande resumo do que é a parte técnica da Engenharia Química. Trabalho e desenvolvo desde habilidades de gestão até as mais diversas habilidades técnicas e vejo, diariamente, como cada oportunidade que tive ao longo da graduação contribui para as atividades que executo. Ainda gosto da área de materiais, frequentemente tenho contato com assuntos do curso técnico e a abrangência e versatilidade do engenheiro químico continuam me agradando. No entanto, hoje entendo melhor nossa atuação e tenho clareza para escolher qual área seguir.

Bruna Nogueira, formada em 2020/1. Dez, 11, 2020

Achou interessante o texto? Confira também o relato da Isabela e um pouquinho da sua experiência na Méliuz!

Quer compartilhar um pouquinho da sua trajetória na EQ? Manda uma mensagem pra gente!