Receita infalível para formar duas vezes
Jorge Andrés, Jul 02, 2021
Jorge Andrés, Jul 02, 2021
Todos concordamos que na América Latina estudar, mais do que um direito, é um privilégio. E estudar em dois dos melhores claustros acadêmicos em seus respectivos países é mais do que um privilégio. Isso significa que ter dois títulos é fenomenal! Agora imagina escrever relatórios, estudar para provas, fazer trabalhos em grupo... todas essas coisas duas vezes. Sou Jorge, e decidi revalidar meu diploma de Ingeniero Químico pela UFMG no Brasil.
Depois de escolher Belo Horizonte como a cidade onde eu queria morar, procurei o processo de revalidar o diploma. “Seu currículo se parece 80 e tanto porcento com o nosso”. O resultado foi refazer 3 disciplinas de 3 períodos diferentes, com 3 professores heterogêneos, imerso em 3 turmas distintas, cujas características eram um reflexo completamente antagônico. Por um lado, tive que aprender os fundamentos da Transferência de Calor onde tive a oportunidade de conhecer a turma do 6º período, a galera mais nova, que tinha pouco tempo cursando as disciplinas próprias da grade de Engenharia Química. É nessa época que começamos a ter ambições de entender o que é a engenharia química e por que de repente estamos dormindo pouco e sofrendo para entender coisas como a equação de Navier-Stokes ou como chegamos à equação de Heisemberg (... ninguém nunca nos contou o que era isso ou que continha!). Ainda bem que estávamos sendo orientados por uma pessoa tão grandiosa como o imperador Júlio Cezar. Uma boa mistura de sarcasmo e experiência.
Por outro lado, o curso de Transferência de Massa veio acompanhado pelo amor maternal da Kátia e da turma divergente do sétimo período, que já havia criado laços de amizade por já terem cursado (em teoria) três anos e meio juntos, mas aparentemente subdividido em mini turmas. Havia esquecido o que era ter o livro, a apostila distribuída pelo Gabriel, xerox dos exercícios, e ainda termos que fazer um relatório de laboratório onde aprendemos a explicar a desidratação da maçã tanto quanto dançar funk do dedinho para cima, como Bruna nos ensinou; enquanto me perguntavam se o hino nacional da Colômbia era um Reggaeton.
Finalmente, o curso de Cinética II que me lembrou o quão complexo (porém, lógico) é misturar conceitos de Termodinâmica, Química Estequiométrica, Troca de Calor, Gases e demais; somados à tenacidade e implacabilidade do Éder junto a uma turma de 8º período, nas portas de saída da faculdade e cheios do furor de querer formar e não saber de mais nada. Nunca na minha vida tive um Google Drive tão cheio de exercícios com variações (Leia-se, o exercício 10.4 de Fogler 4ª edição que fizeram na turma de 2011, o 10.4 do Fogler 3ª edição em francês que usaram no 2012, ou Fogler 3ª ......) mas que no final, Sabem?
No final foi bem divertido. E bem satisfatório. Muchas gracias a todos!
Jorge Andrés, Egresso em 2019/2. Jul 02, 2021
Super divertido o depoimento do Jorge, né? Então, não deixe de conferir o texto da Manuela Cota contando um pouquinho sobre suas todas experiências!