Gabriela Fernandes - Relato de estágio Falconi
Mai 12, 2023
Assim como a maioria dos estudantes sempre tive dúvidas sobre qual curso queria fazer. Meu interesse pela Engenharia Química surgiu no segundo ano do Ensino médio quando decidi fazer minha primeira iniciação científica. Como eu fazia o curso técnico em Informática, pelo Instituto Federal, a área da pesquisa deveria ser relacionada a isso. Para a minha sorte, acabei me interessando por uma pesquisa que abordava tanto a informática quanto a química. Falando um pouco mais sobre, desenvolvemos um aplicativo mobile que tinha o objetivo de tornar acessível o ensino da Química nas escolas públicas. Para isso, montamos diversas questões de Química do Enem, desenvolvemos um simulador de reações e gravamos diversos experimentos em laboratório (que com certeza foi o que mais me encantou).
Com o despertar desse interesse, me envolvi em outros projetos na área da Química e comecei a conhecer um pouco mais. Mas, foi somente no terceiro ano que decidi ter a certeza da minha escolha. Fiz diversos testes vocacionais com acompanhamento e conversei com algumas pessoas que já faziam o curso para conseguir entender se me via atuando na profissão. O que mais me chamou atenção foi a amplitude de possibilidades que o curso oferece, de poder experimentar áreas diferentes e ter a oportunidade de atuar em variadas. O que eu não imaginaria, até então, era que o Engenheiro Químico poderia atuar em áreas além do que o curso oferece.
Quando entrei na faculdade, ainda tinha minhas inseguranças se era o que realmente queria, qual área deveria seguir e quais iniciativas participar. Assim, nos períodos iniciais acabei não participando de nenhuma iniciativa com o medo de não conseguir conciliar tudo. No entanto, já envolvi como congressista da Semana de Engenharia Química (SEQ) para conhecer um pouco mais as diversas áreas e ver o que mais me interessaria. Me apaixonei pelo evento e logo quando a pandemia começou resolvi me aventurar e ser staff, ajudando na organização durante a realização do evento online. Como já falei, realmente amei o que todo o evento proporciona e entrei para a equipe da organização como assessora da Comunicação e logo em seguida como Diretora do Jurídico-Financeiro.
A partir disso, comecei a perceber que ser um Engenheiro não significa atuar somente com áreas que se aproximam da Química. É preciso aprender a desenvolver habilidades que vão muito além do que a sala de aula oferece. Pensando nisso, resolvi participar da empresa júnior do curso. A Mult é uma empresa de Consultoria que atua realizando projetos de Engenharia Química que englobam planejamento industrial, layout, aumento de vida útil e estudo de viabilidade. As áreas desses projetos são diversas desde a alimentos, cosméticos, saneantes, bebidas, entre outros. Comecei como assessora de Marketing e, logo em seguida, fui gerente dessa mesma área. Essa é uma área que não engloba nenhuma das possibilidades que eu imaginava para o curso lá no início. Mas, ser Engenheiro vai muito além disso, é entender sobre processos, sobre gestão, desenvolver habilidades de trabalho em grupo, comunicação e resolução de problemas. Essas, com certeza, foram habilidades que a empresa júnior me proporcionou e me permitiu desenvolver ao longo da minha jornada.
Ainda dentro da Mult participei de um projeto que me aproximou mais da experiência de atuação do mercado de trabalho, desenvolvemos o planejamento de uma fábrica de Cimentos. No início, achei que não iria gostar uma vez que não era uma área que me atraia tanto, mas, logo que comecei, não só aprendi muito como passei a criar um interesse pelo assunto. Pouco tempo depois comecei a fazer iniciação científica no Centro de Tecnologia em Nanomateriais e Grafeno (CTNano), atuando em um projeto na área de Cimento, em que realizei a síntese de um catalisador utilizando subprodutos da indústria siderúrgica.
Foi com a Mult que comecei a conhecer um pouco mais da Consultoria, ter contato com diversas outras empresas e ver que o que me trazia tanto interesse era o mesmo motivo que me levou a escolher a Engenharia Química: as inúmeras possibilidades. Estar em uma empresa de Consultoria é estar disposto a embarcar nas mudanças, em experiências novas e estar sempre atuando em áreas diferentes. Foi isso que mais me chamou atenção já que uma grande característica minha era a adaptabilidade a diferentes situações. Com essa experiência pude estar aberta a experimentar novas vivências dentro do curso e conhecer áreas diferentes que não achei que me interessaria.
Na minha busca por estágio, analisei diversas empresas e hoje estou na Falconi, a maior empresa de Consultoria em gestão empresarial e de pessoas de toda a América Latina. A Falconi atua em projetos em diversas áreas e é reconhecida pelos seus métodos gerenciais. Dentro dela, os estagiários podem atuar em diversos projetos tendo contato com empresas das áreas de atuação do Engenheiro Químico e além. Em cada projeto, é possível atuar e entender diretamente o funcionamento do processo e seu funcionamento e, para isso, habilidades que desenvolvemos no curso são essenciais e nos guiam para tirar o máximo do aprendizado.
Viver a experiência da Consultoria é atuar cada momento em uma área nova. É nunca estar inerte e se sentir a todo tempo desafiado. Desafiado a aprender sobre coisas novas, ter experiências novas e se desenvolver mais. A vivência do curso até agora me preparou para me adaptar a essas situações, mesmo que não aplicamos o conhecimento de reatores, dos vários Cálculos ou reações químicas diretamente.
Minha jornada finaliza aqui? Com toda certeza não. Estou sempre aberta a desafios e descobrir interesses novos nesse mar de possibilidades. Então, se você se sente perdido, saiba que é supernormal. Viva tudo que o curso tem a oferecer e tire o máximo de proveito disso. Se aventure, mesmo com o medo e insegurança de tentar, e, quem sabe no fim, descubra uma nova paixão de onde nem sabia que existia.
Gabriela Fernandes, ingressa em 2019/1. Mai, 12, 2023
Tem interesse em estagiar na área de Consultoria ? Confira o relato do Gabriela Netto sobre seu estágio na PEERS.
