Aplicação dos conhecimentos da EQ na simulação de processos - Gabriel lopes
Jul 16, 2020
Jul 16, 2020
Opa! Meu nome é Gabriel Lopes, tenho 23 anos e me formei no final de 2018. A convite do SemprEQ, estou aqui para contar um pouquinho sobre minha trajetória profissional após formado! Sabemos que o curso de engenharia química proporciona vários caminhos e vim contar um pouco do caminho que tracei até o momento.
Antes de falar sobre esse período de pós-formado, gosto sempre de comentar sobre minha passagem pela UFMG. Apesar de parecer que passou tudo em um ano, foram cinco de muita coisa nova pra mim. Eu não vou ficar me delongando, mas preciso citar algumas passagens. Minha trajetória começou na Mult Jr, uma empresa da qual eu tenho o maior orgulho em dizer que fiz parte. Entrei um menino tímido de 17 anos que não sabia falar em público, depois de ser assessor, diretor e conselheiro, sai alguém que fala em público e entrosa fácil. Aprendi coisas como liderança, estratégia, marketing (empresarial e sobretudo pessoal) e trabalho em equipe. Galera, esse é o tipo de coisa que é bem difícil de conseguir só nas salas de aula. A não ser que você, ao contrário de mim, já tenha todas essas soft skills já calouro hahaha. Participei da organização da SEQ, evento em que nunca vou esquecer da satisfação em ver sendo realizado, conhecendo gente de todos os períodos. Fiz iniciação científica no CDTN e pude perceber que pesquisa, apesar de legal e enriquecedora, não era muito minha praia no momento. Entrei também pro grêmio (GEQLMS pros íntimos) e eu não sei sequer colocar em palavras o quanto eu me dediquei a ele, às pessoas, e quantos presentes eu ganhei lá: fui o vice-presidente chato, mas que ao mesmo tempo tentava dar suporte a tudo e a todos o tempo todo; organizei vários CHUEQs e quase surtei... Você vê, diante dos seus olhos, o quanto que você e mais uma galera conseguem enriquecer o curso. Mais uma vez, não consigo descrever o que sinto pelo grêmio. Além disso tudo, ainda me aventurei no Grifo, onde conheci pessoas de vários cursos, organizei Engenharíadas (quando achava que CHUEQ era o máximo de estresse possível) e fundei a diretoria de RH. Eu poderia falar por 10 páginas como cada uma dessas atividades extracurriculares me ajudou a ser quem sou hoje (o que não farei porque senão ninguém lê hahaha). Só queria deixar claro a importância de usar a UFMG em seu favor, não no sentido de abraçar o mundo e acabar com sua saúde mental. Não. Mas no sentido de se descobrir, trabalhar pontos que precisam ser melhorados e exercer pontos fortes que você tem. Eu poderia resumir toda essas experiências, pensando aqui agora, em uma frase: me ajudaram a me descobrir como alguém mais confiante, “galeroso” e que entende que em equipe, tudo sai melhor. E isso vem me guiando na minha trajetória.
Hoje, eu trabalho na Andritz, com simulação de processos nas áreas de papel, celulose e mineração. A empresa em que trabalho é uma das líderes mundiais na fabricação de equipamentos para indústria de papel e celulose. Eu trabalho no departamento de automação, no qual usamos nosso software IDEAS para simular processos físico-químicos usando os princípios fundamentais e tudo que aprendemos ao longo de cinco anos de faculdade; é muito interessante! Portanto, atuo na área de engenharia química propriamente dita. E como nosso curso me ajudou? Bom, quando ouvíamos nossos professores dizerem que temos uma boa base de EQ como operações unitárias, fenômenos de transporte e cinética, era verdade. Quando trabalhamos com simulação, precisamos saber a base, os princípios que regem os fenômenos físico-químicos de qualquer que seja a operação em questão. Isso porque, diariamente, preciso saber avaliar e entender os valores de processo que o simulador nos retorna, como pressão, temperatura, composição, velocidade dos fluidos, vazão, perda de carga, entre outros. É como se, diariamente, tivesse que revisitar os conteúdos da faculdade; bem desafiador dado que nem tudo memorizamos. Apesar de não lembrar de tudo, uma revisão costuma ser suficiente para relembrar conteúdos passados que, pela primeira vez, comecei a ver sendo aplicados à vida real e não somente a provas.
A Engenharia Química é muito ampla! Antes de trabalhar na Andritz, por exemplo, fazia estágio em uma empresa de fabricação de válvulas de coração. Estamos vivendo um momento de incertezas, mas convido a todos a ver como essa amplitude que nosso curso tem pode ser usado ao nosso favor. Eu amo engenharia química, mas se não for o seu caso, expanda a mente: tenho amigos trabalhando com logística, marketing, comercial, RH, consultoria, financeiro e por aí vai!
Bom, no mais é isso. Não quis fazer um texto muito extenso pois isso poderia desanimar a leitura de muitos haha. Caso queiram conversar sobre, me coloco à disposição para falar do nosso curso e mercado de trabalho, porque amo minha profissão, amo Engenharia Química e tudo que o curso me proporcionou!
Gabriel Lopes, formado em 2018. Jul 16, 2020
Saiba mais sobre como estão nossos ex alunos no mercado de trabalho lendo o excelente texto do Fiuza, clicando aqui!