Para contextualizar um pouco, vale fazer um resumo da minha trajetória antes da EQ e sobre a descoberta do que eu queria fazer após o ensino básico. Desde mais nova, eu já tinha em mente o que eu gostaria de fazer como profissional, o que queria aprender e ser capaz de executar. Contudo, acontece que eu não sabia que nome essa formação ou conjunto de habilidades tinha! Seria administração, relações públicas, engenharia de produção?

Como você pode concluir, o curso que contemplava todos esses meus interesses era a Engenharia Química e o meu alvo seria entrar na UFMG. Apesar de isso ser bem claro em minha mente, o caminho para alcançar esse objetivo não foi simples, como sei não ter sido para muitos outros também. Fui aprovada, mas para Engenharia de Produção e decidi tentar. Depois de um semestre, já tendo conhecido melhor a Universidade e sido maravilhada pela riqueza de oportunidades, a aprovação na EQ veio! E é aí que quero começar.

Só o processo de troca de curso, apesar de um sonho, foi cheio de dúvidas, receios e, especialmente, aquela preocupação com o tempo e comparação com outras pessoas que alcançaram aquela aprovação comigo. Questionamentos como “estou atrasada, com essa idade eu deveria estar próxima de me formar” foram os que mais pesaram no processo de escolha. Às vezes caímos em comparações com outras pessoas, somos muito autocríticos ou pensamos que precisamos alcançar determinadas conquistas até um certo momento de nossas vidas. Alguns períodos depois no curso, fui descobrindo como esses sentimentos são mais comuns do que imaginava, mas com tais receios, não é algo muito externalizado.

A questão é: até que ponto esses pensamentos são inofensivos e quando passam a ser impedimentos para aproveitarmos, de fato, todas aquelas experiências e vivências que a universidade nos oferece?

E aquela ansiedade de “nessa altura da vida, eu deveria…” É por isso que tenho um grande carinho pela Mult, pois posso ter mais contato com a engenharia química, mesmo estando ainda no ciclo básico do curso, e com outras pessoas incríveis e de vivências únicas. Hoje, sou gerente de marketing na Mult. Tenho o prazer de trabalhar em uma área criativa e inovadora e de gerir um time. Esse time são pessoas também, com diferentes histórias e experiências na universidade, com quem continuo aprendendo sobre ter o seu tempo, não se estressar muito com ele, mas sim, aproveitá-lo ao máximo.

Portanto, essa reflexão vale para você, calouro e caloura da Engenharia Química, mas tenho certeza que pode ser igualmente válida para você que já viu muito do curso, ou até para quem já adquiriu seu diploma! Nada como tirar o melhor das suas experiências, dos aprendizados e do contato com cada pessoa com quem seu caminho cruzar.

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