32º DOM TC-A

32º DOMINGO DO TEMPO COMUM -A

12/11/2023

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AS LEITURAS DESTA PÁGINA E DO MÊS TODO


1ª Leitura: Sabedoria 6,12-16 

Salmo Responsorial 62(63)R- A minh'alma tem sede de vós, e vos deseja, ó Senhor. 

2ª Leitura: 1Tessalonicenses 4,13-18 

Evangelho de Mateus 25,1-13

Proclamação do evangelho de Jesus Cristo segundo Mateus – Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos esta parábola: 1“O reino dos céus é como a história das dez jovens que pegaram suas lâmpadas de óleo e saíram ao encontro do noivo. 2Cinco delas eram imprevidentes, e as outras cinco eram previdentes. 3As imprevidentes pegaram as suas lâmpadas, mas não levaram óleo consigo. 4As previdentes, porém, levaram vasilhas com óleo junto com as lâmpadas. 5O noivo estava demorando, e todas elas acabaram cochilando e dormindo. 6No meio da noite, ouviu-se um grito: ‘O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!’ 7Então as dez jovens se levantaram e prepararam as lâmpadas. 8As imprevidentes disseram às previdentes: ‘Dai-nos um pouco de óleo, porque nossas lâmpadas estão se apagando’. 9As previdentes responderam: ‘De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores’. 10Enquanto elas foram comprar óleo, o noivo chegou, e as que estavam preparadas entraram com ele para a festa de casamento. E a porta se fechou. 11Por fim, chegaram também as outras jovens e disseram: ‘Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!’ 12Ele, porém, respondeu: ‘Em verdade eu vos digo, não vos conheço!’ 13Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia nem a hora”. – Palavra da salvação.


DOM JÚLIO ENDI AKAMINE, ARCEBISPO DE SOROCABA SP


Mt 25,1-13

A parábola das virgens é a mais bela metáfora da nossa existência. A nossa vida é comparada com um sair para ir ao encontro do amado, do noivo. A nossa vida é, de fato, um sair para um destino. Nós saímos do seio da mãe para este mundo; nós saímos da casa do pai e da mãe para formar uma outra família. A todo momento nós estamos saindo do que somos para sermos o de que devemos ser até o momento de nossa saída definitiva deste mundo para nossa Vida, que está escondida em Cristo em Deus (Cl 3,3).

Não sabemos o dia e a hora da chegada do esposo, mas sabemos que ele virá e a cada dia nós damos um passo em direção a Ele ou para longe dele. Para que não nos desencontremos do noivo é preciso trazer óleo na lâmpada, ou seja, é preciso que escutemos e coloquemos em prática a Palavra de Deus.

Devemos ser como as virgens prudentes: a vida delas é uma contínua preparação para a chegada do noivo. Elas encheram a própria vida da espera do noivo; antes de Ele chegar o aguardam e o amam. Por isso quando Ele chega estão preparadas.

O noivo chega inesperadamente. No meio do alvoroço da chegada do noivo todas as virgens preparam as suas lâmpadas. É nesse momento de agitação e de surpresa que as insensatas caem na conta de que não têm o azeite suficiente para conservar as suas lâmpadas acesas. Elas pedem emprestado para as prudentes, mas estas se recusam a emprestar um pouco de azeite. Não é por egoísmo! A recusa das prudentes tem o objetivo de evidenciar a responsabilidade pessoal. A parábola nos adverte que a preparação para a vinda do noivo é uma tarefa que não pode ser delegada nem terceirizada. 

A seriedade do momento em que o noivo chega exige de cada uma preparação pessoal e que não pode ser delegada. Somente os que estiverem preparados no momento decisivo da vinda do noivo poderá participar das núpcias. O atraso e a imprevidência têm como consequência a exclusão da salvação e do Reino de Deus. Depois que a porta for fechada, é inútil insistir. A resposta será a mesma resposta terrível que foi dada para as imprevidentes: “Em verdade eu vos digo: não vos conheço”. 

A parábola não é para nos assustar, mas para nos chamar a atenção para a importância do presente. O momento presente é o único que nos é dado para viver. A salvação e a perdição se decidem no presente e não no futuro! O futuro só está em nossas mãos, se o presente for vivido com consciência e responsabilidade.

Assim o fracasso final é colocado diante de nossos olhos para despertar nossa consciência e para que não permaneçamos inativos. A visão do desastre final nos é dada para que despertemos de nossa indolência e preguiça.


O azeite que alimenta a luz é a nossa essência - Adroaldo Palaoro

32° DTComum - Mt 25,1-13 – Ano A - 12-11-2023


“As jovens previdentes levaram vasilhas de azeite junto com as lamparinas” (Mt 25,4).


Os textos evangélicos destes últimos domingos do ano litúrgico nos convidam a velar, a estar mobilizados, numa atitude de expectativa diante do Deus que sempre está vindo ao nosso encontro. Ele não nos espera no final do caminho para nos submeter a um juízo. Não, Deus está em nós todos os instantes de nossa vida para que possamos levá-la à plenitude, ou seja, para salvar-nos n’Ele.

É preciso estar alerta, porque o tempo passa. Se estamos distraídos e adormecidos, é preciso despertar, porque do contrário perderemos a oportunidade de “entrar na festa de casamento”.

Neste domingo, a parábola de Jesus nos convida a não ficarmos sem azeite em nossas humildes lamparinas, para que nossa presença cristificada brilhe como luz potente nos momentos oportunos. É o momento de nos perguntar sobre qual fundamento está assentada nossa esperança (espera ativa).

Nas esperas, muitas vezes esquecemos de manter a chama acesa. A parábola das dez virgens nos chama atenção para isso. Talvez porque passamos a vida esperando passivamente, sem saber o quê ou quem, e não desfrutamos dos encontros que a mesma vida nos proporciona. Muitas vezes vivemos condicionados pelo anseio de algo que está à frente, de um futuro que sonhamos e que, às vezes, quando chega, não corresponde às nossas expectativas. Nestas esperas indefinidas e estéreis vamos desperdiçando o azeite das lamparinas, vamos nos gastando a nós mesmos na superficialidade e na falta de compromissos.

Lida em seu sentido literal, a parábola deste domingo parece cair numa contradição, já que as jovens “sensatas” aparecem como egoístas, quando se negar a partilhar seu azeite com as do outro grupo.

Mas, toda parábola busca ser provocativa e não podemos nos limitar a uma leitura literalista da mesma. Trata-se de identificar o objetivo que ela indica. E, neste caso, parece claro que ela procura destacar outra questão: a importância decisiva de ter acesso às reservas de “azeite”, como reserva de “vida” diante da vinda surpreendente do “noivo”.

No relato, o azeite é aquilo que alimenta a lamparina, ou seja, que torna possível a luz. Com isso, o eixo da parábola nos remete a esta questão: que é que possibilita, mantém e alimenta a luz em nossas vidas?

Qual é o azeite que faz arder a nossa lamparina existencial?

Toda pessoa possui reserva abundante de azeite em seu interior, como algo próprio dela e é, portanto, intransferível: é o dom da existência, a vida em seu sentido mais profundo. O azeite não é algo que se possa dar e receber, que é oferecido a partir de fora, como uma coisa objetiva que um homem ou mulher pudessem dispor de si mesmos; o azeite é vida profunda, a mesma vida humana que o homem e a mulher devem cultivar, sendo eles mesmos.

Homens e mulheres são ‘azeite” que ilumina enquanto se consome, fazendo-se luz diante de Deus e dos outros. Este é o distintivo mais precioso do ser humano, sua essência original: o bom azeite que ilumina.

Em nossa identidade profunda, “somos luz”, afirmação que o evangelista Mateus põe na boca de Jesus: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5,14). No entanto, com frequência desconhecemos essa realidade, desconectados dela e, como consequência, permanecemos na obscuridade da ignorância essencial, com a confusão e o sofrimento que isso traz. Nessas condições, faz-se vital esta questão: qual é o “azeite” que alimenta nossa luz e nos permite viver em conexão com ela?

A resposta só pode ser esta: a compreensão experiencial daquilo que somos.

Para começar, a pessoa interessada pode verificar isso por si mesma a partir de um questionamento elementar: que é o que lhe traz serenidade, paz, plenitude, amor, vitalidade, criatividade...? De onde brota tudo isso e que se mantém mesmo em circunstâncias adversas? Ou, pode-se também fazer o mesmo questionamento sob outro ângulo: o que é que lhe altera, lhe fecha, lhe faz sofrer, lhe desconecta da vida...?

Em resumo: tudo se concentra no fato de vivermos ou não conectados ao que realmente somos. Essa compreensão experiencial é luz; sua carência é obscuridade.

O passo seguinte surge por si mesmo: como fazermos a provisão de “azeite”? Conectar-nos continuamente, de maneira consciente, com aquilo que somos, com aquilo que está mais além do corpo, da mente, do psiquismo, do ego, ...

Nas dimensões mais profundas de nosso ser continuam existindo lugares onde a luz permanece brilhando e nos quais o azeite transborda. São esses lugares invisíveis que só percebemos quando vivemos a partir do coração. Tais lugares invisíveis coincidem com as dimensões sadias que nos habitam: sentimentos elevados, desejos nobres, pensamentos oblativos... São sadias porque a sensatez de seu candil vai nos indicando o valor das coisas pequenas que passam quase desapercebidas. São realidades pequenas (como o grão de mostarda, uma medida de fermento ou uma moeda perdida), mas carregadas de eternidade. Quando habitamos estes lugares, o tempo se faz mais denso e palpável, a sensibilidade se torna mais refinada, a visão se amplia e um sentimento de profunda gratidão nos invade. Não estamos nas montanhas inacessíveis ou nos desertos impossíveis; estamos no cotidiano luminoso que não percebemos devidos às pressas estressantes ou pelo esquecimento de buscar o perfeito que não existe. É questão de sensatez de vida.

“Há dentro de nós uma chama sagrada coberta pelas cinzas do consumismo, da busca de bens materiais, de uma vida distraída das coisas essenciais. É preciso remover tais cinzas e despertar a chama sagrada. E então irradiaremos. Seremos como um Sol”. (L. Boff)

No fundo, todos somos as dez jovens da parábola; todos vamos fazendo um caminho de aprendizagem para o amor. Mas, é preciso retomar a questão central: quem sou eu diante de Deus que vem, que está conduzindo minha vida? Tenho azeite o suficiente, sou portador da luz de Deus?

Esta é a esperança que Jesus alimentava: Ele queria constituir um povo de pessoas luminosas, uma cidade de pessoas transformadas em luz. Assim quer Jesus que seja sua Igreja: uma multidão de gente que ilumina de forma generosa, presenteando sua luz, gratuitamente, para que todos vejam e vivam em concórdia.

Aqui não há luta da luz contra as trevas, mas iluminação de vida: que todos possam ver, porque a luz recebida é presenteada a todos.

O ser humano é portador de uma luz que o transborda e que se expressa no seu corpo, nos seus gestos, nas suas ações solidárias e que são a verdadeira lâmpada de Deus no mundo. Um ser portador do melhor azeite e transparente: essa é a benção de Deus, o dom maior, a vida mesma feita luz e comunicação.

Somos “luz do mundo”, uma chama que nunca se apaga. Somos “sarça ardente” para os outros, consumindo-nos constantemente, na entrega e no serviço.

Somos uma lamparina humilde, brilhando na janela da nossa pobre casa, indicando aos outros o caminho da segurança e do aconchego.


Para meditar na oração

Dentro de ti deves descobrir o azeite, pois teu interior tem reservas deste precioso dom. Se acessas a ele, darás luz que iluminará teus passos. Essa chama, se é autêntica, não poderá ficar oculta, mas que iluminará também todos os outros.


É preciso descobrir teu próprio azeite: é o que há de mais original e divino em teu coração. Ninguém pode emprestá-lo, porque é tua própria vida. Toda vida se move de dentro para fora.

Deixa-te iluminar, leve a Luz nas tuas pobres e frágeis mãos, iluminando os recantos do teu cotidiano.


Antes que seja tarde - José Antonio Pagola


Mateus escreveu o seu evangelho em momentos críticos para os seguidores de Jesus. A vinda de Cristo foi-se atrasando. A fé de muitos se foi relaxando. Era necessário reavivar de novo a primeira conversão recordando uma parábola de Jesus.


O relato fala-nos de uma festa de casamento. Cheias de alegria, um grupo de jovens «saem à espera do esposo». Nem todas estão bem preparadas. Algumas levam consigo óleo para acender as suas tochas; as outras nem sequer pensaram nisso. Acreditam que basta levar tochas nas mãos.


Como o esposo demora em chegar, «a todas entra o sono e adormecem». Os problemas começam quando se anuncia a chegada do esposo. As jovens previdentes acendem as suas tochas e entram com ele no banquete. As inconscientes veem-se obrigadas a sair para comprá-lo. Quando voltam, «a porta está fechada». É demasiado tarde.


É um erro procurar um significado secreto para o «óleo»: será uma alegoria falar do fervor espiritual, da vida interior, das boas obras, do amor...? A parábola é simplesmente uma chamada para viver a adesão a Cristo de forma responsável e lúcida agora mesmo, antes que seja tarde. Cada um saberá o que é que deverá cuidar.


É uma irresponsabilidade chamar-nos a nós mesmos de cristãos e viver a própria religião sem fazer qualquer esforço por nos parecermos com Ele. É um erro viver em autocomplacência na própria Igreja sem considerar uma verdadeira conversão aos valores evangélicos. É próprio de inconscientes sentirmo-nos seguidores de Jesus sem "entrar" no projeto de Deus que ele quis colocar em marcha.


Nestes momentos em que é tão fácil «relaxar», cair no cepticismo e «ir andando» pelos caminhos seguros de sempre, só encontro uma maneira de estar na Igreja: convertendo-nos a Jesus Cristo.


Manter viva a chama da esperança- Ana Maria Casarotti


Nestes três últimos domingos do Ano Litúrgico, somos convidados a ler o capítulo 25 do Evangelho de Mateus. Hoje lemos uma parábola em que Jesus tenta explicar a importância de manter a esperança viva, sem desanimar-se pela tardança do noivo.

Para melhor compreender o texto é bom recordar que os evangelhos não são uma biografia de Jesus. São reflexos da vida das primeiras comunidades cristãs que liam os fatos contemporâneos à luz dos ensinamentos deixados por Jesus e coletados pelos seus primeiros discípulos.

Os cristãos da Comunidade de Mateus, nascida no judaísmo, foram perseguidos por seus compatriotas. Por isso, o conflito com a sinagoga e seus dirigentes, sejam os sacerdotes, os escribas ou os mestres da Lei, ocupa um largo espaço no Evangelho de Mateus. Nos outros três evangelhos aparecem algumas menções e críticas ocasionais.

Na parábola de hoje aparecem dez jovens que aguardam a chegada do noivo “com suas lâmpadas de óleo”. Cinco são nomeadas prudentes e as outras cinco, sem juízo. O que marca a diferença é o óleo que levam para que suas lâmpadas permaneçam acesas o tempo que seja necessário.

O noivo tarda em chegar e “todas elas acabaram cochilando e dormiram”. Neste momento podemos perguntar-nos qual é o sentido de colocar esta narrativa neste momento, pouco antes da condenação e morte de Jesus narradas no Evangelho de Mateus.

Para melhor entender isto, é preciso entender que a comunidade cristã do Primeiro Século tinha muitas expectativas na Vinda definitiva do Senhor. Mas como isso não estava acontecendo, o desânimo e a chama de sua fé enfraquecia. O amor dos primeiros tempos ia diminuindo e junto com ele o entusiasmo e o fervor que mantinha viva essa chama. A fé que alentava e comunicava-se a tantas pessoas ia se convertendo num costume, num hábito, mas sem o fervor dos inícios. A esperança decaía e aos poucos se misturava com formalidades, ritos que cada vez tinham menos vida. Ritos que se iam transformando numa rotina, sem novidade alguma.

"Enquanto há vida, há esperança", diz um ditado popular, e - destacou Francisco - também é verdade o contrário: enquanto há esperança, há vida. Os homens necessitam da esperança para viver e necessitam do Espírito Santo para esperar".

O Espírito Santo torna possível "esperar mesmo quando falta toda a motivação humana" para esperar, traz uma esperança que "não decepciona, porque o Espírito Santo está dentro de nós e nos impulsiona a seguirmos em frente, sempre adiante".Além disso, prosseguiu, "o Espírito Santo não nos torna apenas capazes de esperar, mas também de ser semeadores de esperança, de nós sermos também, como ele e graças a ele, "paráclitos", ou seja, consoladores e defensores dos irmãos.

Semeadores de esperança: um cristão não pode semear amarguras, não pode semear perplexidades... isto não é cristianismo. E se você fizer isso, não é um bom cristão. Semeie esperança, azeite de esperança, perfume de esperança, e não vinagre de desespero". (Texto completo: Sejamos azeite de esperança, e não vinagre de amargura, diz o Papa Francisco)

Era possível renovar essa chama? De que forma?

Voltando ao nosso texto, esta parábola procura responder a essa necessidade pessoal e das comunidades. O problema não está em cochilar e dormir, porque todas as jovens cochilam e dormem aguardando o noivo. Há outro problema que é a falta de óleo. Isto traz como consequência a urgência em procurá-lo. Para a chegada do noivo, suas lâmpadas devem estar acesas.

Pensemos que este texto, como as parábolas em geral, nos introduz no mistério do Reino desde experiências de vida diária.

Podemos perguntar-nos para que é preciso ter lâmpadas acesas que aguardem a chegada do noivo. Lembremos que depois de um tempo do desposório celebra-se a boda. O noivo, junto com amigos e familiares, dirigia-se a casa da noiva para levá-la a sua casa. Quando o noivo chegava, a noiva, acompanhada de um grupo de amigas, como um cortejo, ia morar definitivamente na casa do seu noivo. Para realizar essa trajetória, era preciso a luz.

Não tem sentido fazer parte desse grupo de jovens, com uma lâmpada apagada. Num primeiro momento, estas jovens procuram um pouco de azeite de suas colegas, mas as “virgens prudentes” não podem partilhar seu azeite.

Por que elas não podem partilhar seu azeite? Não é uma atitude egoísta?

Qual é esse óleo que não se pode compartir? Qual é a mensagem que Jesus deseja comunicar nesta narrativa? Qual é esse azeite que não se pode partilhar, que é pessoal e precisa ser aceso sempre, e manter-se ainda quando a desesperança ou a tardança tentam diminuir nossa esperança?

O caminho de cada um, na Igreja, é pessoal, e não podemos responder pelos outros, para que isso aconteça mais rápido - disse Raymond Gravel. É como regar uma planta; não é a puxando que ela vai crescer mais rápido. Não podemos colocar a responsabilidade sobre as costas das previdentes porque as insensatas ficaram sem óleo. (Disponível no texto: Sobre a reserva de óleo)

A noite simboliza obscuridade, incerteza e até confusão. Para ter clareza, é preciso que o óleo que alimenta nossa lâmpada sinale o caminho a seguir e seja abundante.

As jovens que não são precavidas, quando chega o noivo ficam sem óleo, porque não tinham considerado esta necessidade fundamental: ter óleo suficiente.

O fogo do amor deve ser alimentado continuamente. Ele nos ajuda a estar vigilantes, viver de olhos abertos e escolher o caminho acertado.

Como disse Jesus, “fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será o dia, nem a hora”. Cada um e cada uma sabe qual é o ponto mais fraco que deve ser fortalecido. Peçamos ao Senhor que nos ajude a ter sempre um coração dócil à sua voz e que não transformemos nossa fé em ritos vazios e quase sem sentido.

Somos convidados a caminhar na Luz e acrescentar assim nossa esperança! Como disse o Papa Francisco, “A esperança cristã baseia-se na fé em Deus que sempre cria novidades na vida dos seres humanos, na história e no cosmos. Nosso Deus é o Deus das novidades, porque é o Deus das surpresas”, explicou o Papa na continuação de seu ciclo de catequese dedicado à esperança cristã. “Não é cristão caminhar cabisbaixo, como fazem os porcos, sem levantar os olhos para o horizonte”. (Texto completo: "Os cristãos são pessoas de primavera e não de outono, de esperança e não de tristeza”).

Oração

A voz do meu amado!

Vejam: vem correndo pelos montes,

saltitando pelas colinas!

Meu amado é como um gamo,

um filhote de gazela.

Ei-lo postando-se

atrás da nossa parede,

espiando pelas grades,

espreitando pela janela.

O meu amado fala, e me diz:

«Levante-se, minha amada,

formosa minha, venha a mim!

Veja: o inverno já passou!

Olhe: a chuva já se foi!

As flores florescem na terra,

o tempo da poda vem vindo,

e o canto da rola

já se ouve em nosso campo.

Despontam figos na figueira

e a vinha florida exala perfume.

Levante-se, minha amada,

formosa minha, venha a mim!

Cântico dos Cânticos 2,8-14


Velai e vigiai - Enzo Bianchi


Na conclusão do ano litúrgico, nesta e nos próximos dois domingos, a Igreja nos propõe a leitura de Mt 25, a segunda parte do grande discurso escatológico, isto é, sobre o fim dos tempos, feito por Jesus nos capítulos 24-25. Mateus lia em Marcos estas palavras de Jesus:

“Prestem atenção! Não fiquem dormindo (agrypneîte, vigilate), porque vocês não sabem quando vai ser o momento. (…) Vigiem (gregoreîte, vigilate), portanto, porque vocês não sabem quando o dono da casa vai voltar; pode ser à tarde, à meia-noite, de madrugada ou pelo amanhecer. (…) O que eu digo a vocês, digo a todos: Fiquem vigiando (gregoreîte, vigilate)!” (Mc 13, 33.35.37) [trad. Bíblia Pastoral].

A partir dessa advertência, Mateus recordou e colocou neste ponto três parábolas do Senhor sobre o que significa vigiar (cf. Mt 24, 45-25.30), seguidas pelo grande afresco sobre o juízo final (cf. Mt 25, 31-46 ). Dado o atraso da parusia, da vinda gloriosa de Cristo – pelo menos aos nossos olhos, se é verdade que “para o Senhor, um dia é como mil anos e mil anos são como um dia” (2Pd 3, 8) –, como viver o nosso “aqui e agora”?

O nosso texto também deve ser colocado pelo menos dentro daquilo que Jesus, sentado no Monte das Oliveiras, em frente ao templo (cf. Mt 24, 3), acabou de dizer aos discípulos:

“Fiquem vigiando (gregoreîte, vigilate)! Porque vocês não sabem em que dia virá o Senhor de vocês. Compreendam bem isto: se o dono da casa soubesse a que horas viria o ladrão, certamente ficaria vigiando (egregóresen, vigilaret), e não deixaria que a sua casa fosse arrombada. Por isso, também vocês estejam preparados. Porque o Filho do Homem virá na hora em que vocês menos esperarem” (Mt 24, 42-44) [trad. Bíblia Pastoral].

Uma afirmação análoga se repete também no fim do nosso trecho, criando uma inclusão: “Ficai vigiando (gregoreîte, vigilate), pois não sabeis qual será o dia, nem a hora” (Mt 25, 13). Mais em geral, tal advertência envolve as três parábolas seguintes, que retratam um cenário em preto e branco, com dois caminhos opostos para se escolher:

Mt 24, 45-51: o servo que pode ser fiel e prudente/sábio ou malvado;

Mt 25, 1-13: cinco virgens sem juízo e cinco prudentes/sábias. Ou: o que é a prudência/sabedoria?

Mt 25, 14-30: dois servos fiéis que fazem frutificar os talentos recebidos, um malvado que os enterra. Ou: o que é a fidelidade?

A nossa parábola retrata os costumes matrimoniais palestinos: no dia anterior às bodas, ao pôr-do-sol, o noivo se dirigia com os amigos à casa da noiva, que o esperava junto com algumas amigas. Mas, se prestarmos atenção, o nosso relato apresenta muitos traços estranhos: a noiva não existe; o noivo chega à meia-noite; pede-se para comprar óleo em plena noite; a conclusão está fora de lugar, quase trágica...

Em suma, o ponto é outro. Essa parábola é construída artisticamente por Mateus, a partir da recordação das palavras de Jesus para descrever a prolongada expectativa pela vinda gloriosa do Senhor Jesus: é ele, o Messias, “o Noivo que tarda”, e o verdadeiro problema é como se comportar nessa expectativa! Como vigiar?

“O reino dos céus é como...”: com esta frase típica de Jesus, somos logo conduzido à vida do relato. Há dez virgens que se munem com as suas lâmpadas para “sair ao encontro do noivo”. Este último detalhe é expressado em grego com uma fórmula técnica para indicar a acolhida do rei na sua parusia, na visita oficial a uma cidade. Eis o que está verdadeiramente em jogo: a acolhida daquele rei totalmente singular que é Jesus Cristo, ele que vem para nos abrir o reino dos céus.

O evangelista logo especifica o essencial: cinco dessas virgens não têm juízo, cinco são previdentes/sábias. Em que consiste a diferença? Em se preparar ou não para o encontro com o Senhor, tomando o óleo consigo. Essa clara contraposição pode ser iluminada através daquilo que Jesus diz ao término do “sermão da montanha”:

“Quem ouve essas minhas palavras e as põe em prática, é como o homem prudente que construiu sua casa sobre a rocha. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, mas a casa não caiu, porque fora construída sobre a rocha. Por outro lado, quem ouve essas minhas palavras e não as põe em prática, é como o homem sem juízo, que construiu sua casa sobre a areia. Caiu a chuva, vieram as enxurradas, os ventos sopraram com força contra a casa, e a casa caiu, e a sua ruína foi completa!” (Mt 7, 24-27) [trad. Bíblia Pastoral].

É sábio quem ouve a Palavra e a põe em prática; é sem juízo quem ouve e não faz isso. A escuta é comum ao desajuizado e ao sábio: o que os diferencia é a prática, ponto final.

“O noivo estava demorando...”: eis o detalhe decisivo da parábola. O problema é o atraso da vinda final de Jesus, um verdadeiro trauma para as primeiras gerações cristãs. E nós ainda esperamos Aquele que vem ou – como afirmava Ignazio Silone – temos, em relação à sua vinda, o mesmo entusiasmo daqueles que esperam o ônibus na parada?

“... Todas elas acabaram cochilando e dormindo.” Paradoxo: está se falando de vigiar, e todas dormem! Então, que tipo de vigilância é essa a que Jesus quer nos exortar? Onde está a diferença entre as desajuizadas e as sábias, se todas adormecem?

Antes de tentar dar uma resposta, deixemo-nos tocar pela voz que rompe a noite: “O noivo está chegando. Ide ao seu encontro!”. Grito que vem de repente, à meia-noite, a hora mais inesperada, em que o Senhor vem e nos surpreende como um ladrão na noite, afirma repetidamente o Novo Testamento (cf. Mt 24, 43; 1Ts 5, 2-4; 2Pt 3, 10; Ap 3, 3; 16, 15). Ao ouvir essa voz poderosa, todas as virgens, assim como haviam adormecido, se levantam, “ressurgem” (verbo egheíro). Mas eis que, finalmente, manifesta-se a diferença. As cinco imprudentes não têm óleo, então são forçadas a pedir um pouco para as outras cinco. No entanto, ouvem como resposta: “De modo nenhum, porque o óleo pode ser insuficiente para nós e para vós. É melhor irdes comprar aos vendedores”.

Resposta ditada pelo egoísmo? Não, é um modo, embora brusco, de dizer que, no juízo final, cada um deve responder por si mesmo: não se pode ter, in extremis, o óleo necessário, o encontro com o Senhor deve ser preparado antes. Esse óleo, ou se tem em si mesmo, ou ninguém pode reivindicá-lo dos outros: é o óleo do desejo pelo encontro com o Senhor.

Certamente, os Padres testemunham muitos outros modos de entender esse óleo: a caridade, a compaixão, as ações justas que dão corpo à fé etc. Mas eu acho que não se deve insistir demais em um único elemento, acabando por perder de vista o conjunto, isto é, o essencial: é na capacidade de manter vivo hoje o desejo pelo encontro com o Senhor que se joga o juízo final, ou seja, o fato de sermos ou não reconhecidos pelo Senhor quando ele vier no fim dos tempos. Manifestamos esse desejo na nossa vida cotidiana – como Jesus diz no afresco de Mt 25, 31-46 –; manifestamo-lo neste tempo de espera, na consciência de que a vida é longa e não basta ser homens e mulheres “de um momento” (Mc 4, 17, cf. Mt 13, 21), para lhe dar sentido!

Mas, finalmente, o Noivo chega, e entram com ele na sala de núpcias apenas as cinco virgens sábias, definidas com outro adjetivo: o “como”, o estilo da sua sabedoria consiste em estar “prontas”, preparadas, sem necessidade de qualquer adiamento. Então, “a porta se fechou”, um icástico particular, que diz, em muito poucas palavras, uma verdade muito clara, embora incômoda: dentro ou fora, não há uma terceira possibilidade!

“No fim” – expressão cara a Mateus (cf. Mt 4, 2; 21, 29.32.37; 22, 27; 26, 60) – chegam as outras cinco virgens, retornando da compra do óleo, e começam a invocar: “Senhor! Senhor! Abre-nos a porta!”. Mas ele responde resolutamente: “Em verdade eu vos digo: Não vos conheço!”, fórmula técnica com a qual, dentro de uma escola rabínica, o mestre repudia o seu discípulo.

Não seria, talvez, uma resposta dura demais? Para as bodas, sim; no âmbito do juízo, não: ela nos lembra de que o encontro com o Senhor é, ao mesmo tempo, festa e juízo. No último dia, no momento de dar início ao banquete do Reino, o Senhor Jesus não poderá deixar de evidenciar a verdade da nossa vida, mediante aquele juízo que nós confessamos no Credo (“donde há de vir a julgar os vivos e os mortos”), juízo absolutamente necessário para que a história tenha um sentido.

Tal verdade é admiravelmente expressa por Jesus em outro trecho do “sermão da montanha”, que precede aquele citado acima:

“Nem todo aquele que me diz ‘Senhor, Senhor’, entrará no Reino do Céu. Só entrará aquele que põe em prática a vontade do meu Pai, que está no céu. Naquele dia muitos me dirão: ‘Senhor, Senhor, não foi em teu nome que profetizamos? Não foi em teu nome que expulsamos demônios? E não foi em teu nome que fizemos tantos milagres?’ Então, eu vou declarar a eles: Jamais conheci vocês. Afastem-se de mim, malfeitores!” (Mt 7, 21-23) [trad. Bíblia Pastoral].

Aqui, o discernimento de Jesus é sutil e desmascara uma forma de hipocrisia tipicamente “religiosa”: podemos presumir que fazemos prodígios em nome de Cristo e, em vez disso, nos enganarmos miseravelmente; ou seja, não fazer a vontade do Pai, que é também a sua vontade. Também não é suficiente fazer gestos carismáticos ou surpreendentes, porque essas obras podem se transformar em ídolos sedutores, por serem criados pelas nossas mãos, em ações que dão glória a quem as faz.

Não, o que o Pai quer é a misericórdia, como Jesus afirmou citando o profeta Oseias: “Eu quero misericórdia, não sacrifício” (Os 6, 6; Mt 9, 13; 12, 7). É um anúncio da misericórdia de Deus que deve transparecer a partir da nossa prática em meio aos outros homens e mulheres, e é só sobre isso que seremos julgados no último dia. Então, será revelado quem realmente aderiu ao Senhor e quem, embora fingindo agir em seu nome, foi um operador de injustiça...

Em suma, não há apenas a discrepância entre dizer e fazer; há também a discrepância entre um fazer egoísta, autorreferencial e um fazer inspirado pela vontade de Deus, por aquela misericórdia que é a “justiça superior” (Mt 5, 20) revelada por Jesus. É nesse “fazer diferente” que consiste o fato de estar pronto para ir ao encontro do Noivo que vem.

Por fim, Jesus conclui: “Portanto, ficai vigiando, pois não sabeis qual será o dia, nem a hora”. A vigilância é a matriz de toda virtude humana e cristã, é o sal de todo o agir, é a luz do pensar, do escutar e do falar de todo ser humano. Não se pode deixar de lembrar, a esse respeito, a afiada compreensão do grande Basílio, na conclusão das suas “Regras morais”:

“O que é específico do cristão?” “Vigiar todo dia e toda hora, e estar pronto para cumprir plenamente a vontade de Deus, sabendo que, na hora que não pensamos, o Senhor vem (cf. Mt 24, 44; Lc 12, 40)” (80:22).

E o apóstolo Paulo, naquele que é o mais antigo escrito do Novo Testamento, assim admoesta os cristãos de Tessalônica:

“Vocês, irmãos, não vivem em trevas, de tal modo que esse dia possa surpreendê-los como um ladrão. Porque todos vocês são filhos da luz e filhos do dia. Não somos da noite nem das trevas. Portanto, não fiquemos dormindo como os outros. Estejamos acordados e sóbrios” (1Ts 5,4-6) [trad. Bíblia Pastoral].

Velar, vigiar é ir ao encontro do Senhor com as lâmpadas do desejo acesas; é ser sábio, isto é, pronto para viver o tempo longo da espera com a ajuda do óleo da inteligência. E tendo em mente – como Jesus revela com realismo – a possibilidade de adormecer, ou seja, de esquecer, de remover o horizonte da vinda do Senhor.

Como enfrentar essa que é mais do que uma possibilidade? Lutando a cada dia para não deixar que as nossas vidas pesem com a rotina, a repetitividade do cotidiano, que sempre é o hoje de Deus, a única porta de acesso no mundo à vinda final do Senhor: “Bem-aventurados aqueles servos a quem o Senhor, na sua vinda, encontrar vigilantes!” (Lc 12, 37).



Viver e praticar a justiça - Maria José Lopes


A liturgia do 32º Domingo do Tempo Comum convida-nos à vigilância.


A primeira leitura (Sb 6,12-16) do Livro da Sabedoria 6,12-16- apresenta a "sabedoria" como dom gratuito e incondicional de Deus para com cada pessoa.

É um caso paradigmático da forma como Deus Pai/Mãe se preocupa com a felicidade do ser humano e põe à disposição dos seus filhos e filhas a fonte de onde jorra a vida definitiva. Nos resta estar atento, vigilante e disponível para acolher, em cada instante, a vida e a salvação que Deus nos oferece (deixemo-nos surpreender por Deus).


Na segunda leitura (1Ts 4,13-18), Paulo garante aos cristãos de Tessalônica que Cristo virá de novo para concluir a história humana e para inaugurar a realidade do mundo definitivo; todo aquele que tiver aderido a Jesus e se tiver identificado com Ele irá ao encontro do Senhor e permanecerá com Ele.

A certeza da ressurreição garante-nos que Deus tem um projeto de salvação e de vida para cada pessoa; e que esse projeto está a realizar-se continuamente em nós, até à sua concretização plena, quando nos encontrarmos definitivamente com Deus. A prática da justiça, do amor e da misericórdia nos garantirá este encontro.


Portanto, no Salmo 62/63 o salmista reza a sede de Deus. “A minha alma tem sede de vós, ó meu Deus!” ... essa sede nos moverá ao encontro do Senhor.

“Fizeste-nos para ti, e inquieto está o nosso coração, enquanto não repousar em ti”, diz Santo Agostinho.

Fique com Deus.


No Evangelho (Mt 25,1-13) deste domingo, Mt 25 1-13, temos a parábola das dez moças que esperavam a festa de casamento. Esta parábola está dentro do quinto e último discurso de Jesus no Ev. de Mateus. O Reino do Céu é comparado com uma festa de casamento. Na Palestina, no tempo de Jesus, a festa durava vários dias. Havia todo um ritual de espera da chegada do noivo com seus amigos para selar o contrato de casamento, que era o momento mais importante da festa. Na parábola, Jesus é o noivo das comunidades cristãs. Dez moças pegam suas lâmpadas de óleo e vão ao seu encontro. Cinco destas eram prudentes e levaram óleo a mais e vão ao seu encontro.

As outras cinco foram imprudentes, não levaram reserva de óleo. Tem o ditado que, “quando cabeça não pensa, corpo padece”. Foi o que aconteceu com estas moças. O esposo atrasa a sua chegada. Todas dormem. À meia noite é anunciada a chegada do esposo. As moças pegam rapidamente suas lâmpadas para encontrá-lo. Mas as lamparinas das imprudentes se apagam. Não tem mais óleo. Elas pedem às companheiras que emprestem, mas nessa hora é impossível. O esposo abre a porta. Entram as que estão em dia. Às outras, ele diz que não as conhece. E o evangelista conclui: “Fiquem vigiando, pois vocês não sabem qual será o dia, nem a hora” (v.13).

Que óleo precioso é esse? Aqui voltamos à preocupação do tema central de Mateus: a justiça. O óleo é claramente a prática da justiça. É ela que testemunha o compromisso com Jesus o noivo. No primeiro discurso de Jesus em Mt 5, temos esta bela frase: “Que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem e louvem o pai de vocês que está no céu” (Mt 5,16). Sem óleo a lâmpada não se acende. Sem a prática da justiça a humanidade não pode descobrir o seu caminho, caminho que é a vontade de Deus, e ao mesmo tempo, é o maior desejo das pessoas que almejam por justiça.

Há de se praticar e viver a justiça enquanto é tempo. O tempo é o hoje, agora. (Não podemos deixar para amanhã o que podemos fazer hoje). A sabedoria não consiste em estar acordado. Na parábola, todas dormiram. Mas estar devidamente certo de suas atitudes em respeito ao óleo da justiça para consigo mesmo, e para com os outros. É este o apelo para as comunidades. Uma espera ativa, através de obras concretas que manifestem o querer de Deus, que é a prática da justiça baseada no amor e na misericórdia para com as pessoas, com o próximo.

A Vigilância como obediência a Deus e à palavra de Jesus, expressa pelo grande mandamento do amor. A prova da esperança cristã é a prática desse amor no cotidiano da história. Ou seja, é o engajamento aqui e agora com a mudança de uma história injusta para uma história humana e solidária, isto é o que define nosso amor ou desamor.


Referências:

CNBB- Ele está no meio de nós. O Semeador do Reino. O Evangelho de Mateus. São Paulo: Paulus, 1998; Acesso em 30 out 2020.



TEXTO EM ESPANHOL DE DOM DAMIAN NANNINI, ARGENTINA


DOMINGO 32 DURANTE EL AÑO CICLO "A"

 

Primera Lectura (Sab 6,12-16)

 

            El autor del libro retoma y profundiza el tema de la Sabiduría personificándola como una amiga o esposa bella. De este modo quiere despertar el deseo de amar y buscar la sabiduría, con la sorpresa de que ella se deja encontrar y ya está a la puerta. Se la presenta radiante y luminosa. Justamente “la metáfora de la luz le sirve al autor para hacer notar la facilidad con que se la puede ver y encontrar; basta amarla para verla, buscarla para encontrarla”[1]. Y más aún, ella busca y se muestra a los que son dignos, o sea, a los que están atentos a ella, la desean, la aman y la buscan. En cierto modo, el obrar de la Sabiduría expresa o revela el mismo obrar de Dios con los hombres, a quienes se les acerca y los invita a ir hacia Él. Es lo mismo que nos revela el evangelio de este domingo y, por ello, se ha elegido este texto como primera lectura.

 

 

Segunda Lectura (1 Tes 4,13-18)

 

Pablo tiene que responder a una cuestión que afecta a los tesalonicenses por cuanto ante el retorno de Jesús como juez escatológico (1,10) ellos pensaban que los que ya murieron quedarían fuera, ya no resucitarían, y esto los entristecía. El propósito de Pablo será descubrirles el sentido auténtico de la esperanza cristiana (e;lpij) que aleja la tristeza pagana.

La respuesta concreta de Pablo es que los creyentes que ya han muerto no pueden ser separados de Cristo, sino que participarán de la resurrección final en la parusía. Lo importante aquí es el nexo establecido entre la muerte y resurrección de Cristo y la de los creyentes. Más allá de esto, podemos rescatar como elemento de la escatología paulina la centralidad de Cristo, pues el ‘estar siempre con el Señor’ a quien esperamos es la realidad última de la salvación. En fin, la escatología es inseparable de la cristología; y es para los creyentes causa de consolación ante la realidad inevitable de la muerte.

 

 

Evangelio (Mt 25,1-13)

 

            Este evangelio pertenece al quinto y último sermón de Jesús en el evangelio de Mateo conocido como “discurso escatológico” (Mt 24,1-25,46) porque mira al futuro, hacia la venida definitiva del Reino de los cielos. 

Es clara la labor redaccional de Mateo quien da unidad al discurso utilizando material de sus fuentes. En particular se nota la pluma de Mt al terminar el discurso con seis parábolas (24,32-25,46) que, desde perspectivas diferentes, se refieren a las actitudes exigidas ante la venida definitiva del Señor que coincidirá con la plenitud del Reino de los Cielos. A su vez, la parábola de hoy forma parte de una subsección (24,42-25,13) claramente delimitada por la repetición de la frase “Estén prevenidos (velen o vigilen grhgore,w), porque no saben el día ni la hora” en 24,42 y 25,13. Aquí encontramos tres parábolas con el tema común de la vigilancia cristiana y dónde la de las vírgenes es la tercera y más extensa de las mismas. Estos contextos, mayor y menor, ya nos orientan a la hora de interpretar la parábola de hoy.

            El v. 1 tiene la función de título y nos resulta conocido pues de igual manera Jesús introduce las demás parábolas sobre el Reino de los cielos. Pero notemos que ésta introducción tiene como distintivo que la comparación está en futuro (“el Reino de los cielos será semejante”), con lo cual la orientación escatológica de la misma se resalta. 

Este primer versículo presenta también a las protagonistas de la narración: diez jóvenes vírgenes que con sus lámparas o antorchas[2] en las manos salen al encuentro del novio. Esto se comprende mejor teniendo en cuenta la forma de celebrarse los matrimonios en Israel en tiempos de Jesús. Como bien nos informa L. H. Rivas[3] "en la noche de la fiesta de bodas, el esposo se dirige a la casa de su novia para llevarla al domicilio que tendrán como casados. El novio viene acompañado por sus amigos, mientras que la novia sale con el cortejo de sus amigas. Se forma una alegre procesión con cantos en la que todos los acompañantes llevan antorchas y lámparas". Una referencia podríamos encontrar en la boda real del Salmo 45,14-15: “Embellecida con corales engarzados en oro 15 y vestida de brocado, es llevada hasta el rey. Las vírgenes van detrás, sus compañeras la guían”.

La narración se refiere, entonces, a estas amigas de la novia que están aguardando la llegada del novio para ir en procesión con antorchas al lugar de la fiesta de bodas.

            Los vv. 2-4 nos dan más información sobre estas jóvenes pues nos dicen que cinco eran necias (μωραὶ) pues no se proveyeron de aceite suplementario; mientras que las otras cinco eran prudentes (φρόνιμοι) pues se proveyeron del aceite extra. 

            Este binomio de necio/a-prudente ya lo hemos encontrado en Mateo en la parábola de la casa construida sobre roca o sobre arena (Mt 7,24-27). Aquí el hombre sensato o prudente (fro,nimoj) es el que escucha y pone en práctica las palabras de Jesús. A estos se los compara con los que edifican una casa sobre roca, que resiste ante las inclemencias del tiempo y no se derrumba Es la misma cualidad que se exige a los discípulos en Mt 10,36 y que se alaba en los servidores fieles (24,45) y en las vírgenes de esta parábola (Mt 25,1-12). Por tanto, prudente designa a aquel que sabe lo que significa el momento del juicio, que ha sabido ser fiel a su propia misión y esperar preparado la venida del Señor[4]. Por su parte, el hombre necio o insensato (mwro,j) es el que escucha las palabras pero no las pone en práctica. Este construye sobre arena, por lo que la casa no resiste y cae. Es el mismo defecto que Jesús critica a los fariseos (23,17) y a las vírgenes de la parábola (25,1-12). Por tanto, los/as necios/as son los que no prestan atención a Dios, no están atentos ni a su Palabra ni a su Venida.

            En el v. 5 se nos dice que el novio tarda en llegar y que todas se quedan dormidas. La demora del novio nos invita a pensar en el retraso de la parusía, de la segunda venida del Señor. Esto es importante pues especifica que la actitud condenable de las necias es no haber previsto una espera larga sino breve; mientras que las prudentes se prepararon para una larga espera del esposo[5]. El hecho de dormirse no es condenable pues es de noche y es muy funcional a la narración pues resalta lo imprevisto de la venida del Señor. Además, nos muestra que la vigilancia cristiana es mucho más que permanecer despierto.

            En el v. 6 la narración se acelera y cobra vida pues hace referencia a un grito en medio de la noche para avisar la llegada del novio e invitar a salir a su encuentro. En la Escritura la medianoche es el momento de la obra de Dios, como en el Éxodo.

            La venida del novio pone en movimiento a las protagonistas y queda patente entonces la necedad de las vírgenes necias (vv. 7-9). En efecto, éstas no tienen aceite para empapar la tela de las antorchas; y el que tienen las prudentes no es suficiente para todas. Tienen que ir a comprarlo al mercado.

            Los vv. 10-12 nos traen el desenlace de la narración: las prudentes estaban preparadas allí con sus antorchas encendidas cuando llega el novio, gracias a su provisión de aceite, y pueden entrar. Por el contrario, las necias llegan cuando la puerta ya está cerrada y no pueden entrar, por más que reclamen. Es evidente el paralelo con otro texto del Sermón del Monte, justo el anterior a la parábola de la casa sobre roca o arena. Se trata de Mt 7,21-23 donde hace referencia a los falsos discípulos que no cumplen la voluntad de Dios y a los que no les alcanza con decir "Señor, señor" como también dicen las jóvenes necias en esta parábola. Además, coinciden en la respuesta del Señor al reclamo: “no las conozco”. Según Sánchez Navarro[6]: “La breve parábola de Mt 7,21-23 ilumina esta respuesta y permite comprender el simbolismo que encerraba la falta de aceite: estas mujeres necias representan a quienes no cumplen la voluntad del Padre de Jesús. Como allí, también ahora Jesús manifiesta una lejanía interior total de estas mujeres, que han de permanecer en la oscuridad de la noche y se ven privadas por tanto de la luz y alegría de la fiesta nupcial”

 

            El versículo 13 cierra la narración con una exhortación a la vigilancia (grhgore,w) pues no sabemos ni el día ni la hora. Esta invitación a estar en vela, atentos, vigilantes, con una espera activa, la repite varias veces Jesús en el evangelio de Mateo (cf. 24,42.43; 26,38.40.41).

Teniendo en cuenta la parábola, vemos que la vigilancia se refiere no sólo a estar despiertos y atentos; sino a tomar en serio la Palabra del Señor sobres su venida y a la perseverancia en las buenas obras; en el cumplimiento de la Voluntad de Dios mientras el Esposo tarda en llegar. 

 

 

Algunas reflexiones:

 

            Los últimos domingos del año litúrgico siempre nos invitan a dirigir nuestra mirada y nuestro pensamiento al futuro, al fin del mundo y al de nuestra propia vida. Si bien esto nos puede sonar como algo lejano e irreal; lo cierto es que antes o después nos llegará, porque ni yo ni el mundo somos eternos. Y para el creyente el fin de la propia vida y el fin del mundo coinciden con el juicio final, esto es, el momento de dar cuentas a Dios de nuestras vidas. 

Ya que el hecho de tener que rendir cuentas de nuestras acciones ante Dios forma parte de nuestra vida, nos guste o no, Jesús nos habla de esta realidad a través de algunas parábolas como la de este domingo. ¿Y por qué lo hace? ¿Para asustarnos y amargarnos la vida? No, para nada. Lo hace para que seamos responsables – pues deberemos responder por nuestras acciones –; para que seamos sabios o prudentes y nos ocupemos de las cosas importantes de la vida aprovechando bien el tiempo presente. Como dice el Papa en Cristo Vive n° 19: “El Evangelio también nos habla de unas jóvenes prudentes, que estaban preparadas y atentas, mientras otras vivían distraídas y adormecidas (cf. Mt 25,1-13). Porque uno puede pasar su juventud distraído, volando por la superficie de la vida, adormecido, incapaz de cultivar relaciones profundas y de entrar en lo más hondo de la vida. De ese modo prepara un futuro pobre, sin substancia. O uno puede gastar su juventud para cultivar cosas bellas y grandes, y así prepara un futuro lleno de vida y de riqueza interior”.

 

Sobre estas “realidades últimas”, la parábola de las diez vírgenes encierra dos mensajes fundamentales para los lectores de hoy. 

En primer lugar, que no todos los llamados o invitados al banquete nupcial entrarán a participar del mismo. Vuelve por tanto a establecer una distinción entre los llamados y los elegidos (cf. Mt 22,14). Por tanto "lo importante al final no es la llamada, sino la respuesta; no la lámpara, sino el aceite; no la pertenencia a la comunidad, sino las obras"[7]. Este es un tema recurrente en el Nuevo Testamento y particularmente en evangelio de Mateo: el juicio de Dios tendrá en cuenta principalmente las obras. 

            Aquí nos surge la cuestión del aceite y su valor simbólico, si lo tiene. U. Luz[8] piensa que se puede relacionar con Mt 5,16 donde se dijo que la luz con que iluminan los discípulos son las buenas obras. Pero si se relaciona con los textos anteriores (cf. Mt 22,37-40) podemos pensar en el amor. Y si nos quedamos sólo con esta parábola el aceite es la actitud vigilante, atenta y previsora a la venida del Señor. En lo profundo estos distintos sentidos se vinculan porque es el amor lo que hace que el alma permanezca atenta y vigilante a la espera del Amado; y este amor se concreta en buenas obras. Por su parte Sánchez Navarro[9], teniendo en cuenta el evangelio de Mateo como contexto, piensa que debemos referirlo a las buenas obras; y más concretamente a “hacer la voluntad del Padre revelada por Jesús”, que es la justicia del Reino. Esto explicaría también el carácter incomunicable del aceite, por qué no pueden compartirlo con las otras vírgenes, ya que se trata de algo muy personal. En breve, las cinco vírgenes prudentes tenían una fe vida, una esperanza atenta y una caridad operante; mientras que las cinco necias “fallan por su inactividad”; cometen pecado de omisión[10].

 

En relación con la primera, la segunda gran enseñanza de la parábola de hoy es que, para llegar a formar parte de los elegidos, para entrar en el banquete del Reino de Dios hay que ser prudente, o sea estar vigilante, atento al momento presente. Esto supone estar siempre a la espera de Cristo, de su venida a nuestras vidas. Y por contrapartida, no hay que ser necio, o sea, imprudente, desatento al Señor y replegado sobre sí mismo.

            Al respecto me parece muy completa la descripción de U. Luz sobre el sentido de la vigilancia en esta parábola: “Este sentido no es, para Mateo, que uno viva en permanente tensión para no llegar tarde al momento exacto. «Vigilancia» significa, más bien, cumplir el encargo de Cristo en una obediencia tan duradera, total e indivisa – que como dice la parábola gráficamente – el momento de la parusía no le quite a uno el sueño, porque está dispuesto en cualquier momento y no necesita cambiar en el último minuto. Dicho en fórmula extrema, el momento incierto de la parusía resulta, en el fondo, totalmente indiferente para aquellos que en todo momento hacen la voluntad del Padre”[11].

Ambas enseñanzas pueden unirse pues como nota L. Rivas[12] "si examinamos atentamente las parábolas sobre la vigilancia, que se encuentran junto a esta de las diez jóvenes, nos encontramos con que la vigilancia significa cumplir bien el oficio o ministerio que hemos recibido (parábola del mayordomo), obtener frutos de los bienes que se nos han dado (parábola de los talentos), servir al prójimo necesitado (juicio final). Se trata del empeño de vivir cada día mejor la vocación cristiana, sabiendo que el Señor está viniendo constantemente a nosotros".

El Papa Francisco en el ángelus del 12 de noviembre de 2017 explica esta parábola de la siguiente manera: “¿Qué quiere enseñarnos Jesús con esta parábola? Nos recuerda que debemos permanecer listos para el encuentro con Él. Muchas veces, en el Evangelio, Jesús insta a velar y lo hace también al final de este relato. Dice así: «Velad pues, porque no sabéis ni el día ni la hora» (v. 13). Pero con esta parábola nos dice que velar no significa solamente no dormir, sino estar preparados; de hecho, todas las vírgenes se duermen antes de que llegue el novio, pero al despertarse algunas están listas y otras no. Aquí está, por lo tanto, el significado de ser sabios y prudentes: se trata de no esperar al último momento de nuestra vida para colaborar con la gracia de Dios, sino de hacerlo ya ahora. Sería hermoso pensar un poco: un día será el último. Si fuera hoy, ¿cómo estoy preparado, preparada? Debo hacer esto y esto… prepararse como si fuera el último día: esto hace bien.

La lámpara es el símbolo de la fe que ilumina nuestra vida, mientras que el aceite es el símbolo de la caridad que alimenta y hace fecunda y creíble la luz de la fe. La condición para estar listos para el encuentro con el Señor no es solo la fe, sino una vida cristiana rica en amor y caridad hacia el prójimo. Si nos dejamos guiar por aquello que nos parece más cómodo, por la búsqueda de nuestros intereses, nuestra vida se vuelve estéril, incapaz de dar vida a los otros y no acumulamos ninguna reserva de aceite para la lámpara de nuestra fe; y ésta —la fe— se apagará en el momento de la venida del Señor o incluso antes. Si en cambio estamos vigilantes y buscamos hacer el bien, con gestos de amor, de compartir, de servicio al prójimo en dificultades, podemos estar tranquilos mientras esperamos la llegada del novio: el Señor podrá venir en cualquier momento, y tampoco el sueño de la muerte nos asusta, porque tenemos la reserva de aceite, acumulada con las obras buenas de cada día. La fe inspira a la caridad y la caridad custodia a la fe”.

PARA LA ORACIÓN (RESONANCIAS DEL EVANGELIO EN UNA ORANTE):

 

El día que has decidido

 

Señor,

Tú que lo puedes todo

Haz de mí una novia virgen esperando en silencio tu llegada

 

Si me adormece el paso del tiempo

No permitas que me gane la imprudencia

 

En esa tensión que otorga el Amor verdadero

Siempre yo permanezca

 

Velando, temblando al oír tus pasos

Enamorada, llena de la fragancia que llega a tu Presencia

 

Rey, Novio, Esposo lejano y tan cerca

Casi puedo tocarte… concédeme estar atenta

 

De esperanza me inflame y deje para ti mi luz

Encendida por el Óleo Sagrado

 

Tú mismo me lo has regalado

Cada sacramento recibido lo tenga yo guardado

 

Así el día que has decidido, tan temido y esperado

Sea un momento divino y único

 

Donde mi nada se funda en tu ser

Como una gota de agua se pierde en el mar

 

Entonces ellas me dirán, preguntarán … y contestaré

Él nos viene a buscar, apagará para siempre nuestra sed.


[1] José Vilchez, Sabiduría (Verbo Divino; Estella 1990) 232.

[2] U. Luz hace una larga y fuerte argumentación sosteniendo que se trata de “antorchas” que se armaban con un palo y un paño empapado en aceite atado en un extremo; y no de lámparas de aceite. Se apoya fundamentalmente en el uso del término griego λαμπάδας que mayormente significa antorcha y no lámpara; en las costumbres nupciales de la época y en que si son antorchas tiene más lógica la falta de aceite por parte de las “necias”; cf. El Evangelio según San Mateo. Vol. III (Sígueme; Salamanca 2003) 604-606.

[3] Jesús habla a su pueblo. Ciclo A (CEA; Buenos Aires 2001) 244. La misma descripción en B.J. Malina – R. L. Rohrbaugh, Los evangelios sinópticos y la cultura mediterránea del siglo I (Verbo Divino; Estella 1996) 124.

[4] Cf. U. Luz, El Evangelio según San Mateo, 579 y L. Sánchez Navarro, La Enseñanza de la Montaña, 172.

[5] Cf. M. Grilli – C. Langner, Comentario al evangelio de Mateo (Verbo Divino; Estella 2011) 654.

[6] El logos del Reino. Las diez parábolas de Mateo (Verbo Divino; Estella 2013) 156.

[7] U. Luz, El evangelio según san Mateo. Mt 18-25 (Vol. III) (Sígueme; Salamanca 2003) 624.

[8] El evangelio según san Mateo. Mt 18-25 (Vol. III) (Sígueme; Salamanca 2003) 614.

[9] El logos del Reino. Las diez parábolas de Mateo (Verbo Divino; Estella 2013) 157-158.

[10] Cf. J. R. Donahue sj, El evangelio como parábola (Mensajero; Bilbao 1997) 137.

[11] El evangelio según san Mateo. Mt 18-25 (Vol. III) (Sígueme; Salamanca 2003) 624.

[12] L. H. Rivas, Jesús habla a su pueblo. Ciclo A (CEA; Buenos Aires 2001) 246.