BEM-AVENTURADO C. DE FOUCAULD

BEM-AVENTURADO CHARLES DE FOUCAULD

Monge, Padre, Missionário e Eremita

O Beato Charles Eugène de Foucauld nasceu em 15 de Setembro de 1858 em Estrasburgo, (França). De meio familiar aristocrático, fica órfão de pai e mãe em 1864. Frequenta a Escola Especial Militar de Saint-Cyr. É herdeiro de uma enorme fortuna, que rapidamente delapida em jogo, indisciplina e excentricidades. Retrata-se e, já oficial do exército francês, é colocado na Argélia. Deixa a vida militar e torna-se explorador em Marrocos. Chega a receber uma medalha da Sociedade Francesa de Geografia em reconhecimento do trabalho de investigação no Norte de África. Mais tarde, uma prolongada reflexão sobre a vida espiritual vai conduzi-lo a uma conversão súbita e leva-o a ingressar na Ordem Trapista. Nesta Ordem estabelece-se em França, e depois na síria. Deixa os Trapistas em 1897 em busca de uma vocação religiosa autónoma e ainda não definida. É ordenado sacerdote em 1901. Regressa à Argélia e leva uma vida isolada do mundo numa zona dos Tuaregues, mas interventiva junto da população. Aprende a língua Tuaregue e estuda o léxico e gramática, os cantos e tradições dos povos do Deserto do Saara. Tem a intenção de criar uma nova ordem religiosa, o que sucede apenas depois da sua morte: os Irmãozinhos de Jesus. Em 1 de dezembro de 1916, à idade de 58 anos, Charles de Foucauld morreu por um disparo de fuzil em meio de um confronto entre os bereberes de Hoggar. Foi beatificado pelo Papa Bento XVI em 13 de Novembro de 2005.


O Beato Charles de Foucauld é também conhecido como irmão “Carlos de Jesus”, o “Irmão Universal” e o “Eremita do Saara”.


Família Foucauldiana


Dez congregações religiosas e oito associações de vida espiritual surgiram de seu testemunho e carisma. Entre eles, encontram-se as Irmãzinhas do Sagrado Coração, as Irmãzinhas de Jesus, as Irmãzinhas do Evangelho, as Irmãzinhas de Nazaré, os Irmãozinhos de Jesus, os Irmãozinhos do Evangelho; assim como a Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas, ou a Fraternidade Charles de Foucauld. É bom ressaltar que existem muitas comunidades e grupos que seguem a espiritualidade do irmão Carlos de Jesus. A Família Foucauldiana é mundialmente grandiosa!


13 de novembro, beatificação de Charles de Foucauld- ANIVERSÁRIO

Escrita de forma esplêndida a biografia do bem-aventurado Charles de Foucauld (1858-1916), por Pierre Sourisseau, arquivista da causa da canonização por mais de trinta anos, é uma obra magistral. O estudo da correspondência e da bibliografia dá acesso à busca do irmão Charles pela chamada de Jesus por fidelidade à Igreja, inovando, por exemplo, uma figura de "sacerdote livre", ligada às circunstâncias e para os lugares cruzados. A imitação de um modelo, exposto a um rigor excessivo, dissuasivo e, no entanto, tão desejado por muitos companheiros, rapidamente detectado por seu pai espiritual, o sábio padre Henri Huvelin, abre caminho para uma identificação mais convincente com Nosso Senhor Jesus Cristo. Além das representações que poderiam impedi-lo, o martírio esperado selou a união total com a pessoa de Cristo. A rota é confusa. São preenchidas lacunas nas informações, desde as árvores genealógicas da família até os detalhes do assassinato final, através dos anos de juventude e maturidade, através do exame minucioso de fontes acessíveis. A serenidade do trabalho, despida de qualquer controvérsia fora do lugar, faz desta biografia um excelente livro de história e espiritualidade. No final de cada etapa, os "retratos" facilitam a entrada gradual do leitor neste sempre presente testemunho de fé, esperança e amor. Tudo se resume em “Jesus Cáritas”.

Pierre Sourisseau, é um dos melhores conhecedores do homem que foi oficial do exército francês, explorador em Marrocos, agnóstico, monge trapista, padre, missionário e eremita no deserto do Saara. Sourisseau arquivista da sua causa de beatificação, tem 35 anos ativos de trabalhos de pesquisa, de artigos e de conferências sobre Foucauld.

Para enriquecer o livro, o prefácio do padre Bernard Ardura, postulador da causa de canonização do Beato Charles de Foucauld, cujo espírito - como observa Pierre Sourisseau na conclusão da biografia - depois de sua morte, "rapidamente tornou-se um bem comum da Igreja" e "o seu carisma se manifesta sob muitas formas nos compromissos de homens e mulheres" do nosso tempo. O padre francês Bernard Ardura é presidente do Pontifício Comitê de Ciências Históricas.

Pierre Sourisseau, nasceu em 1939 em Saint-Paul-en-Pareds, uma comunidade nas proximidades de Croix-Bara. Exceto pelo período em que esteve no exército, Sourisseau viveu na região de Vendée, trabalhando até seu retiro em 1999 como pedreiro. Aos vinte anos, em 1959, ele foi recrutado no exército por 28 meses. Ele foi enviado para a Argélia, onde a guerra franco-argelina (1954-1962) ocorreu. Nos anos posteriores, ele costumava dizer que estava feliz por nunca ter matado ninguém. No entanto, este período o impressionou muito, o que é expresso em seu trabalho artístico. Já jovem, Sourisseau tinha o desejo de fazer arte visual e, em 1975, como artista autodidata, começou a fazer pinturas e esculturas, uma atividade que continuaria pelo resto da vida, resultando em um grande número de criações.

No dia 1º de dezembro de 1916, morria Charles de Foucauld, assassinado aos 58 anos de idade por um grupo armado da tribo dos Senussi, que tinha cercado o seu eremitério de Tamanrasset no Saara argelino. Se a notícia da sua morte não teve uma grande repercussão na Europa dilacerada pela Primeira Guerra Mundial, o religioso passaria aos olhos da história como um dos mais importantes da sua geração, na virada de dois séculos.

A primeira biografia escrita pelo renomado escritor francês René Bazin em 1923 consagrou a sua posteridade espiritual, tornando conhecida na França e, depois, no mundo a sua personalidade fora do comum e a sua obra prolífica, que suscitaram tantas vocações.

Beatificação

Em 13 de novembro de 2005, Charles de Foucauld foi beatificado na Basílica de São Pedro, em Roma. Ele agora é homenageado com o título de “Bem-aventurado”.

Aqui está um trecho de magnífica expressão teológica do Papa Bento XVI na beatificação do Irmão Universal:

Queridos irmãos e irmãs em Cristo,

“Vamos dar graças ao testemunho dado por Charles de Foucauld. Em sua vida contemplativa e escondida em Nazaré, ele descobriu a verdade sobre a humanidade de Jesus e convida-nos a contemplar o mistério da Encarnação; neste lugar, ele aprendeu muito sobre o Senhor, a quem ele queria seguir com humildade e pobreza. Ele descobriu que Jesus, que veio para se juntar a nós na nossa humanidade, nos convida a fraternidade universal, que ele posteriormente viveu no deserto do Saara, e ao amor, do qual Cristo nos deu o exemplo. Como sacerdote, ele colocou a Eucaristia e o Evangelho no coração de sua vida, as duas mesas da Palavra e do Pão, fonte da vida cristã e da missão”.

Meditar abissalmente

Quando Charles de Foucauld elabora os estatutos de sua congregação, da qual há anos trazia o projeto no coração, ele resume em poucas e belas palavras um ideal missionário, que parte de uma convicção: “todo batizado é convidado a viver como Jesus”. “Em todas as coisas, perguntarmo-nos o que Jesus faria no nosso lugar, e fazê-lo”. Daí de forma evangelical afirma: “gritar o Evangelho sobre os telhados com toda a nossa vida”.

Pelo menos duas dezenas de institutos e fraternidades de religiosos, padres e leigos, criados, na maior parte dos casos, após a sua morte e interpretando, cada qual segundo a sua sensibilidade, o legado de Charles de Foucauld, continuam a manter viva a espiritualidade daquele que o célebre teólogo dominicano francês Yves Congar um dia chamou de “farol místico” para o século XX, junto com Santa Teresinha do Menino Jesus.

Frei Inácio José do Vale, FCF

Sociólogo em Ciência da Religião

Professor de Pós-Graduação na Faculdade Norte do Paraná

Fraternidade Sacerdotal Jesus Cáritas-Bem-aventurado Charles de Foucauld

Fontes:

https://translate.google.com.br/translate?hl=pt-BR&sl=fr&u=https://www.revue-etudes.com/article/charles-de-foucauld-de-pierre-sourisseau-18884&prev=search

http://www.thejosephhouse.org/defoucauld/biography.htm


BEM-AVENTURADO CHARLES DE FOUCAULD

Bem-aventurado Charles de Foucauld, Irmão Carlos de Jesus ou Irmão Universal, com forte inquietação na busca do Absoluto encontra a fonte da Luz e faz da sua ação evangélica ao nível mundial.

Foi oficial militar francês e explorador em Marrocos e sem hesitar em sua intemperança dilapidou sua fortuna com leviandade chegando à dor da desesperança e da descrença.

Foi monge trapista, padre, missionário e no deserto do Saara um santo eremita. Gritar com a própria vida o evangelho de Cristo, esse é o seu viver e seu carisma que devemos fazer. Nazaré é sua espiritualidade de cuja mística é de uma abissal fé em Jesus Cáritas, temos um manancial de solidariedade e unidade.

Seu projeto é fraternidade, caridade com todos e todas as religiões sem fronteiras de regiões e sem exclusão, e sim unidas no amor e na dignidade da pessoa humana, porque sua experiência de conversão começou na observação da prática muçulmana.

Sua vida estava fundamentada em duas mesas: da Palavra e da Eucaristia, essas eram a sua motivação em prol da sua jornada e profunda alegria. Esse santo alimento era causa do seu avivamento que o fortalecia na adoração do Santíssimo Sacramento.

Buscando o último lugar sem soberba e vaidade para uma vida salutar com Deus no seu altar. Deixou um legado como todos os heróis desbravadores, de sua família espiritual têm seguidores no mundo inteiro. Ele nos presenteou com a “Oração de Abandono” para rezar ao Pai com todo amor do coração.

Frei Inácio José do Vale, FCF


CANONIZAÇÃO DO BEATO CARLOS DE FOUCAULD

Papa Francisco reconhece milagre atribuído à intercessão do Beato Charles de Foucauld

Em 26 de maio de 2020, o Papa Francisco recebeu em audiência o prefeito da Congregação para as Causas dos Santos, cardeal Angelo Becciu, ocasião em que autorizou a mesma Congregação a promulgar o Decreto relativo: “Ao milagre atribuído à intercessão do Beato Charles de Foucauld; sacerdote diocesano francês” (1).

A vida do Bem-aventurado Charles de Foucauld cativou e atraiu gerações após gerações e continua de forma incrível atraindo maior número de discípulos no mundo inteiro!

De tal maneira que aquilo que não obteve em vida se realizou após o seu nascimento para o Céu. Ao longo dos anos, mais de vinte famílias de leigos, sacerdotes, religiosos e religiosas brotaram da sua espiritualidade e da sua maneira de viver o Evangelho (entre as maiores, as Fraternidades dos Irmãozinhos e Irmãzinhas de Jesus). “Um homem que deu um testemunho que fez bem à Igreja”, afirmou o Papa Francisco na missa a que presidiu a 1 de dezembro de 2016, centenário da morte. E o Papa Bento XVI, no momento da beatificação, a 13 de novembro de 2005, declarou que a sua vida é “um convite a aspirar à fraternidade universal”.

O maior marco de sua vida foi a profunda experiência de conversão, que o transformou num dos maiores buscadores de Deus. Ele, grande explorador inclusive do ponto de vista geográfico, dedicou na prática o resto dos seus anos a explorar o imenso território da relação entre o Absoluto e as criaturas. Disse: “Logo que descobri que existe Deus entendi que não podia mais fazer outra coisa a não ser viver por ele: minha vocação religiosa começa no exato momento em que despertou a minha fé”.

A jornada

Nascido em Estrasburgo (França), no dia 15 de setembro de 1858 de uma família nobre, e ele próprio detentor do título de visconde de Pontbriand, passa a primeira infância em Wissembourg, mas perde os pais aos seis anos, passando a ser educado pelo avô materno, o coronel Beaudet de Morlet, que lhe deixa uma grande herança. O jovem Charles de Foucauld em 1876 entra na Escola Militar de Saint Cyr e torna-se oficial. Deixa o exército para se dedicar a expedições geográficas em Marrocos, e dedica-se a estudar árabe e hebraico. Distingue-se como explorador, de tal maneira que em 1885 recebe a medalha de ouro da Sociedade Francesa de Geografia. Em 1890 entra no Mosteiro Trapista, na França, mas depressa pede para retirar-se para uma trapa muito mais pobre, na Síria. Remonta a este período um primeiro projeto de congregação religiosa.

Com 32 anos, Charles de Foucauld sente a necessidade de ser dispensado dos votos, e alguns anos depois o pedido é deferido. Em 1897, a abade-geral dos Trapistas deixa-o livre para seguir a sua vocação. Fica durante algum tempo na Terra Santa. Regressado a França, é ordenado padre em 1901. No mesmo ano transfere-se para África, e estabelece-se num oásis do deserto do Saara profundo. Reveste uma túnica branca, na qual coze um coração de tecido vermelho, sobreposto por uma cruz. Hospeda todos aqueles que passam por ele, cristãos, muçulmanos, judeus, pagãos, e durante 13 anos vive na vila tuaregue de Tamanrasset. Reza onze horas por dia, mergulha no mistério da Eucaristia, redige um grande dicionário de francês-tuaregue, ainda hoje usado naquela região. Sua missão é ajudar a todos.

Em 1909, fundou a União de Irmãos e Irmãs do Sagrado Coração com a missão de evangelizar as colônias francesas na África. Os povos berberes, maioria no noroeste da África, reconheceram que a missão de Charles de Foucauld gerava sentimentos amigáveis ​​em relação aos franceses.

Charles de Foucauld foi assassinado por assaltantes de passagem, na porta de seu eremitério, em 1 de dezembro de 1916, em Tamanrasset, Argélia francesa, estava com 58 anos de idade. Logo foi considerado um mártir e, nos anos seguintes, sua memória passou a ser venerada. Ao mesmo tempo, sua biografia do famoso escritor francês René Bazin (1853-1932), publicada em 1921, tornou-se um best-seller.

Destaco aqui três práticas na vida de Foucauld que são modelos para os verdadeiros seguidores de Jesus de Nazaré

Missão

"Minha missão deve ser o apostolado da bondade. A meu ver, deverão dizer 'Já que este homem é tão bom, também sua religião deve ser boa'. Se alguém me perguntar por que eu sou manso e bom, deverei responder: 'Porque eu sou servidor de um outro que é muito melhor do que eu. Se soubesse como é bom o meu Mestre Jesus!'. Quero ser tão bom que possam dizer de mim: 'Se o servidor é assim, como não será o Mestre!'"

O último lugar

"Não quero passar minha vida em primeira classe, enquanto Aquele que me ama a passou na última".

Tenho para mim procurar o último dos últimos lugares, para ser tão pequeno como o meu Mestre, para estar com Ele, para caminhar atrás dEle, passo a passo, como servo leal, discípulo fiel, porque na sua bondade infinita e incompreensível Ele me permite falar assim, em irmão leal, em esposo fiel. Por isso a minha vida deve ser concebida de modo a ser o último, o mais desprezado dos homens, a fim de passá-la com o meu Mestre, o meu Senhor, o meu Irmão, o meu Esposo, que foi 'desprezo do povo e opróbrio da terra, um verme e não um homem'. Viver pobre, desprezado, no sofrimento, na solidão, esquecido, para estar na vida com o meu Mestre, o meu Irmão, o meu Esposo, o meu Deus, Ele que assim viveu toda a sua vida, dando-me este exemplo desde o seu nascimento.

Seguir Jesus

Seguir Jesus é imitar Jesus em tudo, partilhar a sua vida como o faziam a Santíssima Virgem, São José, os apóstolos, isto é, por um lado, conformar como eles a nossa alma à dEle, convertendo o mais possível a nossa alma à sua alma infinitamente perfeita; por outro lado, conformar como eles a nossa vida exterior à dEle, partilhando como eles fizeram, a sua pobreza, a sua humilhação, os seus trabalhos, os seus cansaços, enfim tudo o que foi a parte visível de sua vida... Na dúvida de fazer ou não alguma coisa, perguntar-se o que teria feito Jesus em nosso lugar e fazê-lo. Não imitar tal ou tal santo, mais só a Jesus.

Disse o erudito Bento XVI que “nós podemos resumir a nossa fé nas seguintes palavras: Jesus Caridade, Jesus Amor” (Angelus, 25 de Setembro de 2005), que são as mesmas palavras que Charles de Foucauld escolheu como mote para exprimir a sua espiritualidade.

Para Charles de Foucauld imitar Jesus de Nazaré só na abissalidade do amor e da caridade!

A experiência profunda de Charles de Foucauld como monge, padre, missionário e eremita é de um rio de água cristalina que tem em sua correnteza um único fim: “O Paraíso com Deus”.

Frei Inácio José do Vale, FCF

Sociólogo em Ciência da Religião

Professor de Psicologia e Cultura Religiosa no

Centro Educacional Católico Reis Magos

Fraternidade Sacerdotal JesusCáritas-Charles de Foucauld

Nota:

(1) https://www.vaticannews.va/pt/vaticano/news/2020-05/papa-francisco-decretos-milagres-martirio-charles-foucauld.html

OUTRO TEXTO, DO "NOTÍCIAS DO VATICANO "

Com Charles de Foucauld, Papa canonizará estilo de vida cristã da Igreja do Magreb, diz cardeal

"O Irmão Charles, que para traduzir os Evangelhos aprendeu a língua dos Tuaregues, compondo um léxico e uma gramática nesse idioma, não exorta porventura as pessoas que se inspiram no seu carisma a entrar em diálogo com as culturas dos homens de hoje e a percorrer o caminho do encontro com as outras tradições religiosas, em particular com o Islão? Assim, as diferentes comunidades religiosas serão verdadeiramente "como comunidades comprometidas num diálogo de respeito, e nunca mais como comunidades em conflito" (Discurso de São João Paulo II na Mesquita Omeyade, em Damasco, na Síria, a 6 de maio de 2001).

Vatican News

A decisão do Papa Francisco de canonizar Charles de Foucauld, canoniza por assim dizer o estilo de vida cristã da Igreja do Magrebe, cujo carisma tem suas raízes no norte da África. Esta é a leitura do cardeal Cristóbal López Romero, arcebispo de Rabat, Marrocos, ao comentar o anúncio nesta semana do reconhecimento por parte do Papa Francisco de um milagre atribuído à intercessão do religioso francês falecido na Argélia em 1916.

"É um grande estímulo para nossa ação pastoral - escreve o purpurado em uma carta aos fiéis - é a consagração de uma espiritualidade que apoiamos e promovemos".

O cardeal López Romero recorda que na escola de Charles de Foucauld formaram-se padre Charles-André Poissonnier e padre Albert Peyriguère, que deixaram uma forte marca na Diocese de Rabat, fortalecendo aquela que o próprio cardeal chama de "espiritualidade e tradição franciscano-foucauldiana".

VEJA TAMBÉM O HISTÓRICO DO PROCESSO DE CANONIZAÇÃO DE CHARLES DE FOUCAULD, PUBLICADO NA UNISINOS:

http://www.ihu.unisinos.br/599472-como-foi-o-caminho-de-charles-de-foucauld-aos-altares