S.C.FOUCAULD E A MISERICÓRDIA DIVINA


 S.C.Foucauld e a misericórdia divina


04/09/2023


Lemos em “Um pensamento para cada dia”, livrinho da Editora Ave-Maria, compilação dos escritos de São Carlos de Foucauld feita por Patrice Mahieu, osb, no dia 5 de janeiro:


“Não percamos jamais a coragem. Se nos sentimos miseráveis, imundos, indignos, se nos vemos caídos mesmo do lugar mais alto, mesmo depois das maiores graças, nos maiores crimes, ainda assim não nos desesperemos jamais da bondade de Deus. Não podemos nos desencorajar jamais; não façamos esta mortal injúria ao Coração de Jesus de crer que sua misericórdia se esgotou”. (De “Meditações sobre os salmos”)


No livro “Meditações sobre o Evangelho”, da Livraria Morais Editora, edição de 1962, com os textos de São Carlos de Foucauld, encontramos inúmeras meditações sobre a misericórdia divina. Eis umas frases sobre o assunto: “Tenhamos esperança! Porque, sejam quais forem as nossas culpas, Jesus veio para nos salvar. Quanto mais nos sentirmos pecadores e em perigo, quanto mais nos encontrarmos em estado desesperado no que respeita ao corpo e à alma, mais, por assim dizer, Jesus quer nos salvar, pois veio para salvar o que perecia. Não percamos coragem, esperemos sempre! Estamos à beira do abismo, vamos sucumbir, pois merecemo-lo depois de tantas e repetidas ingratidões; perecemos: somos então precisamente aqueles que Jesus quer salvar, pois Ele veio para salvar os que perecem. Infinitamente bom e poderoso, devemos esperar nele até ao último minuto, enquanto restar um sopro de vida”. (capítulo III, Fé e Esperança, pág. 78).


Para que isso aconteça, precisamos cultivar a humildade. Humildade de nos colocarmos nos braços de Jesus para que Ele nos ampare e nos socorra. Ele está conosco, nós estamos em sua barca e qualquer coisa que nos aconteça está dentro de seu controle. Ele não desiste de nós. No salmo 137 (138) pedimos que Deus complete em nós a obra começada. Ele começou, Ele quer terminar com a glória e a vitória final.


“Se no meio da desgraça eu caminhar, vós me fazeis tornar à vida novamente; (...) Completai em mim a obra começada; ó Senhor, vossa bondade é para sempre! Eu vos peço: não deixeis inacabada esta obra que vossas mãos fizeram!”


Eu tenho receio de comentar mais essas citações e acabar estragando. Fica aí para nossa meditação. Só gostaria de salientar que devemos tirar de uma vez por todas, de nosso “dicionário”, a palavra “desanimar”, e, se quiser, também a palavra “desistir”. Com Jesus à nossa procura, não precisamos desanimar nem desistir da luta. Muitos santos, inclusive o nosso Carlos de Foucauld, tiveram muita matéria para suas conversões e confissões. Mas confiaram plenamente na misericórdia divina. Façamos o mesmo!


Teófilo Aparecido de Jesus.