Filho de Antonio Longo e Catarina Valentini, nasceu a 10 de junho de 1882, em Vicenza (Itália).
Atravessava esta família, na época, uma grande crise econômica, causada pelo fator político e econômico do próprio país. Já resolvidos a buscar um sistema socioeconômico melhor, a família de Ângelo Longo, juntamente com outras, pediram permissão ao Rei Umberto III, da Itália, para saírem do país.
Então, eis que em 1895, a família, resolvida a situar-se definitivamente no Brasil, chega ao Porto de Santos, Angelo tinha então 13 anos.
Lutaram ao princípio, para adaptar-se ao novo país, de usos e costumes completamente diferentes daqueles que eles conheciam.
Ângelo Longo estudara somente até o 2o ano primário, na Itália, e como poucas oportunidades de emprego se lhes apresentava, ajudava o pai, nos serviços que arrumava, e com isto adquiriu experiências de lavrador, carpinteiro, comerciante, e assim gradativamente, até atingir a maturidade para se arranjar sozinho e proporcionar segurança a um lar que iria constituir.
A 3 de novembro de 1907, aos 25 anos, casa-se com Antonia Valério, de família italiana.
Desta união tiveram 11 filhos, nascidos em Pratânia e Botucatu.
Em Botucatu, já com uma posição socioeconômica bastante crescente, instala armazéns e bares, auxiliado no serviço pelos dois filhos mais velhos.
Adquire grande quantidade de terras, que começa a doar e a vender, para que o Bairro do Lavapés cresça e se desenvolva. Incentivou a população a contruir casas, e como iniciativa constrói um casarão, onde passou os 50 últimos anos de sua vida, além de uma capela, em homenagem a Ana Rosa – vítima esquartejada pelo próprio marido, e que hoje faz parte do “patrimônio histórico” da cidade, devido às inúmeras graças, comprovadas e verídicas que a população botucatuense tem alcançado por intermédio de “Ana Rosa”.
Angelo Longo doou terras ao La Salle, para que esse construísse seu colégio de padres e ao DER, para que este tivesse seu depósito.
Sua fama espalhou-se, por toda parte, principalmente por ser curador ou benzedeiro de grande influência na região.
Tinha sido consignado “Inspetor do Bairro”, e por conhecer grande números de raízes medicinais, recebeu o título de “Botânico”.
Foi o desbravador do bairro Lavapés, e muito querido por todos.