Nasceu em Botucatu no dia 10 de outubro de 1915. Filho do Sr. Baptista Dal Farra e Dna. Carolina Rizzo Dal Farra.
Estudou o primário na Scuola Italiana “Dante Alighieri” (Botucatu) e Curso Primário Anexo à Escola Normal de Botucatu; Secundário e Normal pela Escola Normal Oficial de Botucatu (1936). Professor Secundário de Desenho.
Foi renomado Prof. de Desenho da Escola Industrial “Armando Salles de Oliveira” de Botucatu, cargo para o qual foi nomeado em 08 de maio de 1939, por meio de concurso de Provas e Títulos.
Ocupou, em 1950, a Vice Diretoria e, em 1962, de Diretor da Escola Industrial na qual foi, durante muitos anos professor.
Foi desenhista da Equipe de Construção do Túnel da Estrada de Ferro Sorocabana, em Botucatu (1949).
Calígrafo, realizou Títulos de Cidadania, Trabalhos em Pergaminho, Estudos de Brasões e Gravações em metal, atividade que só abandona em 1983 por motivos de saúde.
Foi o autor, juntamente com Hernâni Donato, do primeiro Brasão de Armas de Botucatu.
Exerceu as funções de Assessoria Heráldica a diversos municípios acerca de respectivos Brasões e Bandeiras.
Folclorista, contribuiu em 1960 para as Conferências do Prof. Malba Tahan, oferecendo os seus conhecimentos sobre a cultura botucatuense, ilustrando-a com exemplos dos usos e costumes locais, seu anedotário, seu cancioneiro.
Colaborou com Frei Fidélis da Mota nas investigações acerca da origem oculta das “Três Pedras” situadas na região de Botucatu.
Gastão Dal Farra faleceu no dia 23 de fevereiro de 1986.
Foi casado com a Profa. Jesumina Domene Dal Farra e teve as filhas: Maria Lucia; Maria Silvia; Maria Márcia e Maria de Fátima Dal Farra.
Faltava um Brasão para a cidade.
O Prefeito Peduti, então, foi buscar pelos homens que poderiam construir alguma coisa baseada na nossa história.
Apelou ao jovem Hernâni Donato, que estava preparando, já, o seu primeiro livro de História local.
E logo surgiu uma ideia, depois outra, palpites aqui e ali. É de Hernâni a concepção intelectual e, por ele foi descrito:
"Escudo redondo português, encimado pela coroa mural da municipalidade, dividido em dois quartéis, sendo o primeiro cortado.
No primeiro quartel, na parte destra, em sinople, três montanhas heráldicas, cortadas do leste para o oeste geográficos por um caminho em ascensão e ao sopé das montanhas uma capela rústica encimada por uma cruz.
No primeiro quartel, na parte da sinestra, em blau, da esquerda para a direita um sol e uma estrela sobre dois rios paralelos.
No segundo quartel, um livro, um báculo e um arado manual. Na coroa, um escudete, um fuso ensinado pelo seu significado de atividade matriarcal, o orago da cidade.
Como suportes, à destra, um ramo de café frutado em goles, à sinestra um ramo florido de algodão em cor natural.
No listel, em letras de ouro sobre sinople a palavra "Botucatu".
Faltava alguém que desse corpo às idéias.
E Hernâni foi atrás do mais talentoso dos desenhistas da época.
O Professor Gastão Dal Farra, da Industrial, folclorista e artista da prosa, não pestanejou.
Foi dele a concepção da figura.
Os Botucatuenses acharam magnífico.
Ali estava tudo o que a cidade era ou queria ser considerada: berço do trabalho, da religião e da cultura. Ponto final.
Este escudo durou quase 25 anos.
Foi instituído por lei n. 273, de 28 de agosto de 52. Foi extinto e substituído em 1978.