De uma família de imigrantes italianos, nasceu na cidade de Avaré, Estado de São Paulo no dia 7 de março de 1906.
Com quatro anos de idade passou a residir na cidade de Botucatu, onde cresceu, estudou e desenvolveu toda a vida, concorrendo, efetivamente, para o pleno desenvolvimento da comunidade e da cidade, em aspectos cultural, social e econômico.
Cursou o primário no Grupo Escolar “Dr. Cardoso de Almeida”. Diplomou-se como “Guarda- Eleitoral.
Desde cedo já ajudava seu pai na marcenaria, executando brinquedos, caixas de doces, bolas de madeira, peças torneadas, etc, chegando, posteriormente, a trabalhar como aprendiz e oficial nas oficinas da mercenária de Pedro Stefanini e Adolfo Michelucci.
Dinâmico e com vontade de vencer, desenvolvia ao mesmo tempo várias atividades, objetivando sua autoafirmação, numa época de poucas atividades.
Em 1924, foi admitido como Auxiliar de Servente, na Administração dos Correios de Botucatu, iniciando assim sua vida pública.
Gradativamente exerceu vários cargos e, concursado, por várias carreiras.
Durante os 22 anos de Correios trabalhou em Botucatu, Ribeirão Preto e São Paulo. Servindo às Administrações Regionais dos Correios e Telégrafos.
No período de julho de 1945 e abril de 1946, foi requisitado pelo Juiz Eleitoral de Botucatu, a prestar serviços junto ao Cartório Eleitoral.
Transferido, em 1946, para o Ministério da Fazenda, passou a ter suas atividades funcionais exercidas na Delegacia Regional do Imposto de Renda de Botucatu.
Ocupou vários cargos e exerceu diversas funções, chegando em 1951 ao cargo máximo de Delegado Seccional, cargo este exercido ininterruptamente por 16 anos.
Com a extinção do Departamento de Imposto de Renda e a criação da Secretaria da Receita Federal, passou a exercer o cargo de Agente da Receita Federal, classe A, em Botucatu.
Aposentou-se em 1972, após completar 48 anos de serviço público federal, com elevada dedicação e espírito público.
Administrador “nato” e dotado de invulgar capacidade de trabalho e liderança, serviu, nas suas atividades particulares, por mais de 30 anos a entidade benemérita de Botucatu, “Misericórdia Botucatuense”, exercendo nos anos finais o cargo de Presidente.
Na Vila dos Menino “Sagrada Família” de Botucatu, exerceu a sua presidência por mais de 15 anos, obtendo recursos financeiros e construindo o prédio para abrigar 100 meninos, dotado de completa infraestrutura, e Capela para a realização dos cultos religiosos.
Durante a Revolução Constitucionalista de 1932, executou trabalhos de retaguarda promovendo o alistamento de 407 voluntários de Botucatu e dando assistência às suas famílias.
Colaborando com os jornais da cidade, publicou dezenas de contos e crônicas, sempre relacionando com os fatos acontecidos na cidade de Botucatu, ressaltando a história, com sua coluna Gente de Dantes, publicada pela Gazeta de Botucatu.
Através de campanha para de donativos, adquiriu 3 sinos em 1955, para serem instalados no campanário da Catedral de Botucatu, hoje Basílica Menor de Santana.
Participou, em 1985, do “10 Congresso Literário – Banco Sudameris Brasil” com seu conto “Uma Lápide” que, selecionado com outros 18 dos 1250 participantes, foi publicado no livro “Quem conta um conto? ”, editado pelo banco mencionado.
Prestou “Depoimento” às fls 191/192 do livro “Sursum Corda” – “A Vida de Dom Henrique” – Primeiro Arcebispo de Botucatu, publicado em 1994.
O renomado escritor paulista Hernani Donato, em seu livro “Achegas para a história de Botucatu”, 3ª edição, 1985, fls 21, agradeceu a Luiz Baptistão, “por muitos informes seguros e abundantes”.
Em 1976, foi homenageado pela Câmara Municipal de Botucatu.
Recebeu da Academia Botucatuense de Letras, em 1994, ”Diploma de Honra ao Mérito”.
São expressivas as palavras do prof. Milton Mariano, da ABL – Academia Botucatuense de Letras, publicadas no jornal “Diário da Serra”, na coluna Mala Direta, em dezembro de 2000, a saber: “Presto minhas homenagens a Luiz Baptistão que, mesmo sem fazer parte da ABL, é um imortal, pois imortalizou o torrão que nos serviu de berço.
Em 2003, quando das festividades dos 50 anos da Vila dos Meninos “Sagrada Família”, recebeu grandes e festivas homenagens.
Casado, em 1939, com a profa. Helena Baddo Baptistão.
Pai de 3 filhos, avô de 9 netos e bisavô de 3 bisnetos.
Faleceu no dia 9 de janeiro de 2001, com 94 anos de Botucatu, tendo sido sepultado no cemitério “Portal das Cruzes”.