Nasceu aos 28 de abril de 1888, na cidade de Quistelo, na Itália.
Filho de Domênico Paganini e Rosa Magnani Paganini, originários de uma província existente ao norte da Itália, chamada Mântova, ela própria pertencente à região Lombardia (que agrupa 5 províncias), ele chegou ao Brasil em companhia de seus pais, desembarcando no porto de Santos no dia 22 de setembro de 1888, vindo pelo navio francês “Poitu”, que fazia o transporte de imigrantes para a Cia de Colonização.
Como todos os imigrantes faziam, rumaram para a Hospedaria dos Imigrantes, situada no bairro do Brás, em São Paulo. Nesse local, também como todos os demais imigrantes, italianos ou não, apresentaram seus papéis de identificação e adquiriram, assim, condições legais para trabalhar no Brasil.
Lá mesmo na Hospedaria, seu pai Domenico assinou um contrato de trabalho com uma Fazenda situada no município de Campinas, forte zona produtora cafeeira paulista da época.
Esgotado o prazo de vigência do contrato (geralmente 1 ano), também como muitas das famílias italianas ou não, procuraram novas propostas de trabalho.
Dessa forma perambularam de fazenda em fazenda, passando pelos municípios de Boa Esperança do Sul, São Manoel, São Paulo e finalmente Botucatu.
Em Boa Esperança do Sul, Primo Paganini, passou os anos de sua juventude, tendo colaborado nos atos públicos, como jogador de futebol e músico da corporação musical da localidade, executando o piston.
Em 1910, transferiu-se para Botucatu, tendo já como profissão o oficio de alfaiate e barbeiro.
A família fixou-se em Vitória (atual Vitoriana) vila rural de Botucatu, edificada desde o inicio do século XX ao lado das fazendas do Conde de Serra Negra e centro de um forte núcleo produtor de café.
Em 1912, no dia 12 de setembro contraiu o matrimônio com Dona Elvira Gallo Zanotto.
Deste matrimônio nasceram os filhos:
Rosa,
Pedro,
Octacílio Paganini, casado com a Sra. Maria Lurdes Tafuri Paganini;
Domingos Paganini, casado com a Sra. Olinda Carvalho Paganini;
Tereza Luiza Paganini, viúva de Felix Figueiroa;
Ozônio Paganini, casado com a Sra. Terezinha Cassano Paganini;
Plínio Paganini, casado com a Sra. Alvarina da Silva Paganini;
Elcio Plácido Paganini, casado com a Sra. Maria Buriti Paganini.
Foi durante mais de quarenta anos, estabelecido com alfaiataria e barbearia, em Botucatu e Vitoriana.
Foi proprietário, juntamente com João Gasparini de uma alfaiataria na Avenida Floriano Peixoto denominada “VALE QUEM TEM”.
Alguns anos após, ambos, mudaram-se para a Rua Curuzu, talvez no início dos anos 1940, época de ouro daquela via pública de Botucatu, concentradora da elite do comércio local.
Foi trabalhador honesto em seus princípios, lutando sempre, criou seus filhos que se destacaram no conceito da sociedade botucatuense.
Primo Paganini faleceu em Botucatu, aos 13 de setembro de 1972.