Joaquim Amaral Amando de Barros - Prefeito Municipal
Joaquim Amaral Amando de Barros, Avenida
Jardim Ypê – Lei Nº 4.859 de 28/11/2007
Nasceu em Botucatu/SP, em 24 de março de 1913, o terceiro de oito filhos de Pedro de Barros e Anna Monteiro de Barros, mais conhecida como Dona Nicota.
Estudou em Botucatu até se formar Professor pela Escola Normal.
Nunca lecionou, pois tinha a intenção de ser advogado.
Ingressou, em 1933, na Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, no ano que faleceu seu pai, Sr. Pedro de Barros, proprietário da tradicional “Casa Amando”, fundada em 1884.
Em razão da morte de seu genitor, Joaquim Amaral Amando de Barros teve que abandonar os estudos e assumir frente da firma comercial, a fim de garantir o sustento de sua família e os estudos dos irmãos.
No dia 06 de dezembro de 1939, casou-se com Celina de Castilho Gama, na Igreja Nossa Senhora do Brasil, Urca, Rio de Janeiro, vindo a residir à Rua Cesário Alvim, 240, em Botucatu, onde nasceram seus filhos Carlos, Sylvia, Elizabeth e Oswaldo.
Amaral de Barros era bom administrador, empreendedor entusiasta e progressista, um homem à frente de seu tempo.
Na administração da Casa Amando deu um grande impulso à empresa, que passou a ser uma das mais importantes da cidade de Botucatu.
Sempre pensando no progresso de sua cidade e no bem-estar de todos, presidiu a “Casa das Meninas – Amando de Barros”, um orfanato que sobrevive até hoje, dando assistência a mais de 60 meninas órfãs.
Instituiu o prêmio “Casa Amando” que premiava os alunos que mais se destacavam na Escola Normal.
Em 1950, comprou a Fazenda Boa Esperança, implantando o sistema mais moderno de plantio de café para a época.
Construiu ainda, no terreno da casa de seus pais, o primeiro prédio de Botucatu, “Peabiru Hotel”, inaugurado em 1957, um empreendimento moderno e arrojado, que foi considerado, na ocasião, o melhor hotel do interior do Estado de São Paulo.
Amaral de Barros queria dar uma maior colaboração para ajudar Botucatu a progredir e projetá-la para o futuro.
Em 1963, elegeu-se Prefeito com 54,55% dos votos válidos.
Com apenas três meses de governo, um novo sistema político administrativo instalou-se no País, a Revolução de março de 1964; novas leis, novo Código Tributário, extinguindo vários tributos municipais que retornavam ao Estado e União.
O País passava por um período conturbado.
Seu mandato passou por três Governadores de Estado, que significou mudanças constantes : novos Secretários, novos estilos, novas relações e obviamente, mais viagens. Amaral viajou nos 5 cinco anos que esteve à frente da Prefeitura 200.000 quilômetros a serviço de Botucatu.
Recebeu no dia 14 de fevereiro de 1968, em sessão solene, no Plenário da Câmara Municipal o título de “Chevalier de l’Ordre de la Couronne” concedido pelo Rei Baldouin da Bélgica, entregue pelo Cônsul Geral Belga em São Paulo, Dr. George Tilkin.
Juntamente com o Decreto firmado pelo soberano belga, recebe a Medalha Branca, instituída pelo Rei Leopoldo.
Amaral de Barros deixa Prefeitura em 1o de janeiro de 1969.
Volta para sua família, sua loja comercial e suas atividades agrícolas.
Segundo suas próprias palavras: “foram 61 meses ininterruptos, num trabalho contínuo, porque entendíamos que só assim, poderíamos tirar nossa cidade de um marasmo quase provinciano, para colocá-la em um ritmo de trabalho e de desenvolvimento digno de uma cidade em franco progresso”.
Segundo palavras de Vieira Novelli, na “A Gazeta de Botucatu” de 1o de fevereiro de 1969, “Amaral serviu Botucatu no dinamismo de seu capacidade administrativa, de seu arrojo arquitetônico, com total desinteresse, consciência plena e exata previsão. Criou uma Botucatu nova, uma nova mentalidade, um novo senso administrativo. Amou e serviu Botucatu como ama e serve coisa sua coisa de sua natureza, coisa de seu coração. Não como quem se apropria e se serve de coisa alheia”.
Amaral de Barros continuou a se interessar pelos acontecimentos políticos e pela vida da cidade, sem, no entanto, pleitear outro cargo público.
Morreu a 20 de junho de 1995, sem nunca ter passado mais de um mês longe da cidade que tanto amou.