Frade franciscano, é descendente de austríacos, tendo-se naturalizado brasileiro.
Nasceu em Trento (Itália), em 06/01/1885, e faleceu em Botucatu/SP (Brasil), em 19/02/1968, filho de João Batista Mott e Joana Simeoni.
Foi historiador, antropólogo, lingüista, teólogo, mas essencialmente filósofo.
Publicou trabalhos com o criptônimo de Peregrino Vidal.
Usou esse cognome, principalmente em publicações jornalísticas.
Esteve na cidade de Botucatu, interior de São Paulo, por volta dos anos 50, agregado ao Santuário "Nossa Senhora de Lourdes".
Nesse local realizou grande parte de suas pesquisas.
idioma. Conheceu diversas línguas, entre as quais, o sumério, o hebraico, o grego, o latim, o tupi-guarani e as línguas neolatinas. Suas pesquisas tem sido questionadas por uns, admiradas por outros e analisadas por muito poucos.
Os seus livros e publicações, apesar de raros, continuam sendo lidos, discutidos, admirados ou contestados.
Para Frei Fidélis, as formações rochosas que existem na Serra de Botucatu (ou Cuesta de Botucatu) são templos construídos pelos filhos de Deus (o culto branco) ou levantadas pelos devotos de Satã (o culto negro).
Parte ele do princípio de que o sumério, língua do Grão-Sacerdote, Sumé, é a origem de todos os outros idiomas.
Através de gravações em pedras, grutas, que ele pesquisou, e no contexto da interpretação lingüística das lendas tupis e textos bíblicos, chegou a uma nova interpretação do povoamento da América.
Tem-se dado a Sumé, também conhecido por Hércules ou Herácles, o conceito de representante idealizado da força combativa.
É o símbolo da vitória (ou da dificuldade da vitória) da alma humana sobre suas fraquezas.
O Padre Manuel da Nóbrega, em "Cartas ao Brasil" e o Frei Vicente do Salvador, no século XVI, relatam episódios fantásticos sobre a vida de Sumé no Brasil.
Os relatos desses jesuítas, da passagem de Sumé pelo Brasil, coincidem com as anotações de Frei Fidélis..
A sua tradução da Bíblia, pelo idioma sumério, no relato da vida na Atlântida, coincide com a descrição feita por Platão.
Fala-nos, Fidélis dos numerosos monumentos que existem no Brasil e, em especial, da inscrição da Serra de Itaguatiá, serra que se levanta nas proximidades de Ouro Preto, cercada pelo rio das Mortes e pelo Ingahy.
Essas inscrições são as mais perfeitas que possuímos de nossa pré-história. Elas trazem uma perfeita correspondência com a descrição que Platão faz sobre a Atlântida.
Ela nos fala principalmente sobre os treze povoadores da América.
Os monumentos, diz, que desafiando dezenas de séculos, ostentam os gloriosos fundadores da primitiva civilização americana, andam semeados por toda a América.
No Sul, continua Fidélis, mais copiosa messe deles ocorre. -Resenhamos, diz, alguns desses monumentos, que comprovando a narração de Platão, nos falam, outrossim, que a Atlântida do sábio grego, é a própria América. Viu-se a América obrigada a prestar culto singular, mediante os seus monumentos, como no Gigante que Dorme, na Serra de Botucatu. Juntamente com os 13 fundadores, aparece também a figura majestosa e simpática do Grão-Sacerdote, o chefe, que guiou para a América as três levas de povoadores ou repovoadores.
Da reflexão sobre os estudos de Frei Fidélis, da interpretação das lições da Alquimia, principalmente através das pesquisas de Jung e de sua dedicada discípula Marie Louise Von Franz, do Mous Líber, do Mysterium Conjunctionis e de outros códigos da Idade Média, ao lado dos trabalhos dos jesuítas nas Missões, fomos levados a Bofete, um local que guarda construções, esquadrinhadas por Fidélis, e que mostram lembranças da origem da América, a pátria dos Atlantes.
Os jesuítas, como Fidélis, foram estudiosos e pesquisadores da Alquimia. O culto da Alquimia e o entendimento de seus segredos, cuidadosamente guardados, com muito zelo, eram obra de iniciados.
Os seus mistérios foram passados, principalmente, por via oral ou por códigos esotéricos, a bem poucas pessoas.
Todo esse trabalho de pesquisa deu origem aos "Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé".(do livro "Os Bruxos do Morro Maldito e os Filhos de Sumé", de autoria de Agostinho Minicucci e desenhos de Benedito Vinício Aloise, Editora Moraes,1992).
Informações extraídas do Blog do Armando Moraes Delmanto