José Gonçalves Filho, nasceu em Santo André aos 20 de maio de 1920, filho de José Gonçalves, grande industrial e d. Anna Standersky Gonçalves.
Lulo, como era conhecido, aos 24 anos se alistou no Exército Brasileiro como pracinha (nome dados aos soldados) em 1944 e nesse mesmo ano partiu, com mais 25.000 companheiros para os campos de Batalha na Itália desembarcando em Gênova no Sul daquele país.
Além dos Alemães e alguns italianos simpatizantes à causa nazista, tiveram que enfrentar outro inimigo: o frio.
Nossas vestimentas não eram suficientes para aquelas baixas temperaturas, até que receberam do V Exército, ao qual foram incorporados, as roupas adequadas para suportar o frio.
Outro problema inicial, foi a cor de nosso uniforme original, que era parecida com algumas divisões tedescas (alemãs).
Alguns soldados brasileiros foram mortos por engano, por fogo amigo.
O soldado José Gonçalves Filho foi destacado para a área de comunicações.
Mas carregava armas, pois a comunicação era uma dos primeiros objetivos a ser destruído pelo inimigo.
Caminharam de Nápoles até oma combatendo e libertando as cidades dos alemães.
Um dos fatos mais importantes foi a conquista de Monte Castelo, que possuía casamatas alemãs vigiando toda a estrada que servia o norte da Itália. Foi cercado, atacado por muitos dias e finalmente conquistado.
Ao chegarem a Roma, o V Exército dispensou os soldados brasileiros, os pracinhas da FEB – Força Expedicionária Brasileira, que voltaram para o Brasil. A recepção foi maravilhosa.
José Gonçalves Filho, começou a trabalhar no Posto Fiscal, sendo lotado em Botucatu.
Casado com D. Carmem Mailinch (D. Kali), também treinada pela Defesa Passiva, tiveram os seguintes filhos: Liliana, Rosane, Suzana, Delane, Iriane, Claudio Araribá (Zé Linguiça), Ivana e Emilio Gonçalves.
O Brasil e sua participação na Segunda Guerra Mundial
Texto de José Gonçalves Filho, pracinha da FEB
A assim foram os alemães invadindo outros países da Europa e Norte da África, causando a destruição e morte aos milhões por onde passavam, como as antigas hordas bárbaras de Átila.
Cometeram as maiores atrocidades que o mundo jamais conhecera, principalmente com os judeus.
Mas, como os maus sempre encontram o castigo, eles invadiram a Rússia. No início tudo foi fácil, mas se esqueceram do inverno Russo e da tenaz resistência do povo russo, a par da ajuda Americana com a sua entrada na guerra em 1941.
O Brasil que vinha sofrendo com ataques dos submarinos germânicos em águas brasileiras. Declarou guerra aos países do EIXO. (NR: Alemanha, Itália e Japão).
Além da colaboração com alimentos, borracha e permissão na instalação de base aérea no norte, nos enviamos em junho de 1944, tropas do exército, aeronáutica e marinha (FEB).
Quando a guerra terminou o Brasil já tinha em campos da Itália uma divisão do Exército com todas as pessoas. Participamos assim com nosso esforço na Vitória deste dia 8 de maio.
Nós combatemos incorporados ao 50 Exército Americano – IV Corps, sob o comando do General Clark e dentre outras vitórias destacamos a Tomada de Monte Castelo e Montese nos Apeninos, onde não só vencemos os arianos “Alemães”, que se consideravam super-homens, como as altitudes e a neve, com temperaturas médias de 180 C abaixo de zero.
Ficaram os soldados brasileiros (60 Regimento de Infantaria de Caçapava) nos arredores de Nápoles, dando guarda em acampamento de prisioneiros e material bélico, mais ou menos 2 meses após voltou o 10 Escalão ao Brasil.
“Homenagem do Museu a Céu Aberto Portal das Cruzes” Curador: Prof. José Sérgio Turriani Marques