Nasceu em Botucatu (SP) aos 26 de junho de 1917, na antiga Rua do Sapo, hoje Rangel Pestana.
Filho de Antonio Serra Filho (italiano) e Izabel Montes Torres (espanhola), o menino de origem humilde, foi criado na sua querida casa de tabuas, na antiga rua Cesário Alvim, hoje João Passos, bem perto do “Bosque”.
O menino que no inverno se aquecia no fogão à lenha, brincava nas jabuticabeiras, teve em suas raízes, a influência das coisas simples do caboclo.
Na sua adolescência já apreciava ouvir os poucos cantadores e tocadores de viola da região.
Aos 17 anos, foi para São Paulo, a fim de cantar com seu tio Raul Torres, na antiga Rádio Cosmos.
Iniciou-se assim, uma carreira artística que teve a duração de 27 anos.
Em 08 de julho de 1935, ingressou na antiga Estrada de Ferro Sorocabana, em Botucatu, de onde se aposentou, após 33 anos de serviços.
Aos 19 anos fez dupla com Caboclinho; durante 16 anos integrou o “cast.” da extinta Radio Tupi de São Paulo, apresentando programas sertanejos três vezes por semana.
Através da divulgação de seus discos e das apresentações de shows, tornou-se conhecido em grande parte do país: São Paulo, Paraná, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.
Foi letrista, musicista e intérprete da música regional sertaneja.
Compôs entre inúmeras outras canções: “Chitãozinho e Chororó”, “Bom Jesus de Pirapora”, “Depois que a Rosa mudou”, “Rio Bonito”.
Em 23 de maio de 1940, Serrinha casou-se com Olinda Itália Loricchio.
Dessa união nasceram os filhos;- Suely Serra Daltin (Casada com o Prof. Francisco Carlos Daltin) e Jony Serra.
No ano de 1971, retornou para sua terra natal, lançando, pela gravadora Continental, o LP “Os Três Beijos do Calvário”.
Ainda nesse ano, mais precisamente em março, Serrinha gravou seu último trabalho em disco, pela Gravadora Beverly, intitulado “A Volta de Serrinha”.
Faleceu em 19 de agosto de 1978, sempre amando as coisas simples, sua terra, sua gente.
“Homenagem do Museu a Céu Aberto Portal das Cruzes” Curador: Prof. José Sérgio Turriani Marques