Rua Centro – Lei Nº 225 de 09 de fevereiro de 1939
Antiga rua dos Protestantes.
Domingos Soares de Barros nasceu na cidade vizinha de São Manuel, onde fora um grande fazendeiro, juntamente com seus irmãos.
Quando veio para Botucatu, em meados de 1860 com a fama de “podre de rico”, pois havia negociado um grande latifúndio, antiga Fazenda Sobrado.
Residia na casa assobradada onde hoje se encontra o estacionamento do Banco Sudameris. Solteiro, compartilhava apenas da companhia de um casal de escravos, Caetano e Marina, que vieram com ele para Botucatu.
Saia nos fins de tarde para dar suas cavalgadas. Foi considerado um grande benemérito de nossa cidade.
Presbiteriano, toda a sua ajuda foi em prol da sua religião.
Fundou a primeira Igreja Presbiteriana em 1o de agosto de 1885, onde também foi o 1o Pastor juntamente com João Ribeiro Braga.
Para a formação da igreja, ele doou um terreno no qual hoje está construída a Santa Casa de Misericórdia, alguns de seus prédios, localizados na rua central, que foram vendidos e o dinheiro empregado na construção da Santa Casa de Misericórdia.
Domingos Soares de Barros era político.
Em 1864/65 foi vereador à Câmara Municipal junto com Antonio Galvão Severino, Antonio Pedro Ribeiro, Bernardino Dutra, etc...
Republicano histórico, tomou parte na grande CONVENÇÃO DE ITU em 18/04/1873, batalhando pela implantação do regime republicano no Brasil. Domingos Soares de Barros, sem ter tido grande instrução, era um homem inteligente e de visão. Espírito arrojado e progressista.
Com ideias avançadas para a época.
Observando a deficiência educacional da cidade, com carência absoluta de ensino médio e superior, instalou aqui um colégio, com métodos modernos, possibilitando o preparo de ricos e pobres, para ingresso nas escolas superiores.
Trouxe para Botucatu um notável professor alemão, Constantino Carlos Knuppel que tinha sido, na Alemanha, mestre de Bismark, o famoso chanceler do REICH.
O Colégio começou a funcionar em fevereiro de 1881, instalado em prédio de Domingos Soares de Barros.
Em 1869, doou terras para aumentar o patrimônio da Vila de Sant’Anna.
Ao falecer, em 22 de janeiro de 1890, foi sepultado no cemitério local.