LÍNGUA PORTUGUESA

Componente Curricular: Língua Portuguesa

Escolaridade: 5º ano

Campos de atuação: Campo das práticas de estudo e pesquisa.

Práticas de linguagem: Leitura/escuta

Objetos de conhecimentos: Compreensão em leitura

Habilidades: (EF05LP22 )- Ler e compreender verbetes de dicionário, identificando a estrutura, as informações gramaticais (significado de abreviaturas) e as informações semânticas. (EF35LP17 )- Buscar e selecionar, com o apoio do professor, informações de interesse sobre fenômenos sociais e naturais, em textos que circulam em meios impressos ou digitais.

Tema: Compreensão em leitura

Questão 1 - Leia atentamente a reportagem:

Coronavírus: o que podemos aprender com ele?

Em meio a temores e incertezas, a ameaça do novo coronavírus chega ao Brasil e continua alimentando o que há de melhor (e pior) na humanidade

Por André Biernath

access_time20 mar 2020, 17h20 - Publicado em 15 mar 2020, 10h52

Novo coronavírus provoca problemas respiratórios e gera sintomas mais graves em idosos e doentes crônicos.

No dia 2 de março de 2019, bem antes de se decretar a pandemia do novo coronavírus, os biólogos chineses Yi Fan e Peng Zhou, do Instituto de Virologia de Wuhan, publicaram um artigo científico que não teve grande impacto na comunidade acadêmica internacional, tampouco chamou a atenção da imprensa e de autoridades. Mesmo assim, há uma frase logo no primeiro parágrafo que hoje causa espanto pelo tom premonitório: “É altamente provável que surtos futuros de coronavírus se originem de morcegos, e há uma probabilidade maior de que isso ocorra na China”.

Nem o mais pessimista dos futurólogos poderia imaginar que, em menos de dez meses, a previsão se tornaria realidade com tamanha exatidão: a descoberta de um novo coronavírus, batizado de Sars-Cov-2, virou a preocupação mundial de 2020. As notícias começaram a brotar nas últimas semanas de 2019, quando médicos notificaram um aumento do número de crises respiratórias na cidade de Wuhan, na porção leste da China.

Poucos dias depois, já se sabia que o quadro misterioso era provocado por um tipo desconhecido de coronavírus, da mesma família de agentes que estiveram por trás das epidemias de Sars (sigla para síndrome aguda respiratória grave), em 2002, e Mers (síndrome respiratória do Oriente Médio), em 2012.

Até o fechamento desta reportagem, eram mais de 137 mil casos e 5 mil mortes pela doença chamada de Covid-19. Embora a maioria dos infectados ainda esteja concentrada na China, as notificações já se estendem por mais de uma centena de países, e o Brasil superou o número de cem casos confirmados.

Apesar de os sintomas serem leves 85% das vezes, idosos e sujeitos com doenças crônicas, como asma e diabetes, estão mais vulneráveis a complicações e morte. Outro temor é a possibilidade de o vírus ser transmitido de pessoa para pessoa numa fase inicial, quando não há sintomas, o que dificultaria o controle. Diante de um contexto tão instável, que lições podemos tirar dessa história, inclusive para contornar uma ameaça que ainda não foi vencida?

O perfil do coronavírus

Essa família viral está no planeta há 300 milhões de anos — ela é mais antiga que os dinossauros!

A entidade: o coronavírus recebeu esse nome porque parece ter uma coroa em sua superfície quando visto no microscópio. Ele é comum em vários países, inclusive no Brasil.

Intermediários: o Sars-Cov-2, o coronavírus da epidemia atual, veio de morcegos. Existe a suspeita de que ele passou por um mamífero chamado pangolim antes de afetar humanos.

Portas de entrada: o novo vírus invade o corpo pelos olhos, pelo nariz ou pela boca. Ele foi aspirado pela primeira vez a partir das fezes de algum animal, muito provavelmente num mercado da cidade de Wuhan.

Senha correta: o coronavírus se conecta ao receptor ACE2, que fica na superfície das células. Após o ataque, ele usa o maquinário celular para produzir um monte de cópias de si mesmo.

Espera silenciosa: a infecção fica de dois a seis dias sem dar sinal. Esse é o tempo que os vírus demoram para se replicar e dominar novas células. Aos poucos, ganham terreno até chegar aos pulmões.

Graves repercussões: até 15% dos pacientes acometidos pela Covid-19 vão apresentar complicações como dificuldade para respirar e pneumonia. Isso é mais frequente em idosos e portadores de doenças crônicas.

Espalhou geral: estima-se que, numa situação sem controle ou isolamento, um sujeito com a moléstia seja capaz de transmiti-la para outras três pessoas por meio de gotículas de saliva, tosses e espirros.

Disponível em: <https://saude.abril.com.br/medicina/coronavirus-o-que-podemos-aprender/>. Acesso: 06 abr. 2020.