HISTÓRIA

Componente Curricular: História Escolaridade: 4º ano

Unidade Temática : Transformações e permanências nas trajetórias dos grupos humanos.

Objeto do conhecimento : O passado e o presente: a noção de permanência e as lentas transformações sociais e culturais

HABILIDADE: (EF04HI03X) Identificar e conhecer as transformações ocorridas na cidade ao longo do tempo e discutir suas interferências nos modos de vida de seus habitantes, tomando como ponto de partida o presente.

PREZADA FAMÍLIA,

Estas atividades foram cuidadosamente preparadas, pensando em ajudar o seu filho a construir nesse momento em que estamos passando, uma aprendizagem cheia de significados que lhes sejam úteis não somente hoje , mas também no futuro. Nelas, o aluno vai encontrar estímulos para criar, refletir sobre o que se aprende e adquirir conhecimentos. Os temas, os textos , as imagens e atividades propostas oferecem oportunidades para que o aluno se desenvolva como estudante e como cidadão , cultivando valores universais como responsabilidade, respeito , solidariedade , liberdade e justiça.

Dicas para os pais e filhos :

  • Defina um espaço fixo e calmo para os estudos e ajude seu filho a conseguir os materiais necessários para execução da aula.

  • Fortaleça o vínculo com seu filho, perguntando a ele sobre o que está estudando e demonstrando interesse.

  • Mantenha uma rotina de estudos diários.

  • Estimule a autonomia. Acompanhe as tarefas, mas deixe também que ele organize suas atividades sozinho.

  • Não leve comida para a mesa de estudos.

  • Faça revisões ortográficas ao terminar a tarefa.

TEMA: COMUNIDADES INDÍGENAS BRASILEIRAS ATRAVÉS DO TEMPO - MUDANÇAS E PERMANÊNCIAS

Olá, como você está? Hoje vamos viajar pela história dos povos indígenas.

Materiais escolares necessários:

  • lápis ,

  • borracha,

  • régua,

  • lápis de cor,

  • caderno de História,

  • Lembre-se, capricho e dedicação são essenciais para o seu SUCESSO!

1)- VOCÊ CONHECE A ORIGEM DO GUARANÁ ?

Entre os indígenas Mauwés há uma maneira muito bonita de registrar suas tradições . Há muito tempo eles fazem esse registro pela oralidade. Por meio das tradições orais, os indígenas explicam a origem de muitas coisas. "Os mitos são histórias sobre um passado bem distante que, ao mesmo tempo, dão sentido à vida no presente, pois explicam como o mundo, os seres e as coisas vieram a ser como são".

FIQUE SABENDO!

O fruto do guaraná é cultivado especialmente no município de Mawés, no Amazonas, onde vivem parte dos povos Mawés.


FONTE: MIrim Povos Indígenas no Brasil

O vídeo que você assistirá mostra como os Mauwés explicam sobre a origem do guaraná.

Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=GW7967AM9As> Acesso em 12 de mai. de 2020.

Guaraná – a essência dos frutos

Aguiry era um alegre indiozinho, que se alimentava somente de frutas. Todos os dias saía pela floresta à procura delas, trazendo-as num cesto para distribuir entre seus amigos. Certo dia, Aguiry se afastou demais da aldeia e se perdeu na mata. Jurupari, o demônio das trevas que tinha corpo de morcego, bico de coruja e também se alimentava de frutas, vagava pela floresta quando encontrou o índio não hesitou em atacá-lo. Os outros índios encontram Aguiry morto ao lado de um cesto vazio. Tupã, o deus do bem, ordenou que retirassem os olhos da criança e os plantassem sob uma grande árvore seca. Seus amigos deveriam regar o local com lágrimas, até que ali brotasse uma nova planta, da qual nasceria o fruto que conteria a essência de todos os outros, deixando mais fortes e mais felizes aqueles que dele comessem. A planta que brotou dos olhos de Aguiry possui sementes em forma de olhos e recebeu o nome de guaraná.

Fonte: Mitos e Lendas da Cultura Indígena. Disponível em: . Acesso: 09 dez. 2018.

2- Veja onde estão os Mauwés!

Fonte:Comunidade indígena Mauwés. Google Maps.

3 - Leia os textos sobre as comunidades indígenas brasileiras através do tempo: mudanças e permanências.

TEXTO 1

Como era a vida dos povos indígenas brasileiros?

Cada povo indígena tinha seus próprios costumes e modos de vida quando os portugueses chegaram ao Brasil. [...] os Tupinambás [...] Era um povo que tinha como língua predominante o tupi-guarani – [...] uma língua, e não um povo. [...] [...] se banhavam praticamente com a mesma frequência com que encaramos o chuveiro hoje – aliás, nossa higiene atual é herança indígena. [...] os rios eram locais de brincadeiras para as crianças. As pinturas eram pretas (feitas com jenipapo) ou vermelhas (com urucum). Penas de aves eram usadas em cocares e em adornos[...] A aldeia era rodeada por paliçadas, espécies de cercas de lanças [...] Uma aldeia tinha de quatro a oito malocas, que abrigavam pelo menos três núcleos familiares. [...] [...] Os arcos e flechas eram “customizados”, trocando-se o desenho das pontas, a posição e o estilo das penas da flecha, além do tamanho e do formato dos arcos [...] [...] As mulheres preparavam alimentos, faziam artefatos e outras atividades internas, enquanto os homens cuidavam da parte externa. Algumas das funções masculinas eram guerrear, caçar [...]

CABRAL, D. C. Como era a vida dos povos indígenas brasileiros. Revista Superinteressante. Disponínel: . Acesso em: 07 dez. 2018.

TEXTO 2

Leia o texto sobre o povo Yudja

YUDJA - Povo conhecido há muito tempo como Juruna, falam uma língua do tronco Tupi. Habitam próximo ao rio Xingu, no Mato Grosso, e também na cidade de Altamira, no Pará. Eles chamam a atenção por terem uma pintura corporal bonita e diferenciada, gostam de músicas e festas, além de de tomar o caxiri (bebida feita de mandioca) e construírem canoas e objetos de cerâmica. A educação Yudja é desenvolvida para formar o jovem para o trabalho e para o bom comportamento. A pessoa aprende por meio de atividades práticas, olhando e ouvindo com atenção, imitando o jeito de fazer dos adultos. As crianças estudam na escola da aldeia, estudam sua língua e o português. Brincam de peão, roda e pega pega no rio. Os meninos fazem campeonato de arco e flecha e as meninas ajudam as mães a cuidarem dos mais novos além de fazerem colares e pulseiras de miçangas.

Texto adaptado: MENEZES, Paula Mendonça de. Corpo preparado e alma protegida: Jeitos de cuidar e modo de aprender no crescimento de uma criança Yudja. Dissertação de Mestrado. São paulo, 2017. Acesso em: 05/12/2018

4- RESPONDENDO SOBRE OS POVOS INDÍGENAS NO FORMULÁRIO

5 - Como Vivem

Os povos indígenas que vivem no Brasil apresentam semelhanças, mas também são muito diferentes entre si.

Suas festas, jogos e brincadeiras, suas formas de ensinar e aprender, tudo isso pode variar muito. Existem diferentes mitos, rituais, pinturas, objetos, músicas e cantos!

Além disso, os povos indígenas constroem casas de diversos jeitos e moram em regiões com paisagens muito diferentes. A alimentação de cada grupo também varia muito, alguns grupos só comem peixe, outros caçam vários tipos de animais, outros ainda criam gado e galinhas para comer.

6 - Assista o curta metragem feito pelo cineasta belga Jean- Charles L Ami

Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=hVsHzldQZVg&t=204s> Acesso em 12 mai de 2020.

Así Vivo Yo é um curta metragem feito pelo cineasta belga Jean-Charles L'Ami (produtora 35, Quai du Soleil Inversiones) junto com crianças piaroa da comunidade Betania del Topocho, que fica no estado do Amazonas na Venezuela. A maior parte desse povo vive em comunidades localizadas à margem do rio Orinoco, na floresta amazônica venezuelana. Os Piaroa contam com mais de 12 mil pessoas!

O vídeo contou com o apoio financeiro da Cinemateca Nacional da Venezuela e a colaboração da organização Wataniba.

7- APRENDENDO SOBRE OS MITOS

Mitos

Todas as sociedades possuem um conjunto de ideias e reflexões próprias sobre a origem do mundo, sobre como foram criados os seres e elementos: os humanos, os animais, as plantas, os rios, as paisagens, os astros, o céu, a terra etc.

Muitas vezes essas idéias e reflexões sobre as origens são narradas na forma de histórias, que chamamos de mitos!

O que são mitos?

Os mitos são histórias sobre um passado bem distante que, ao mesmo tempo, dão sentido à vida no presente, pois explicam como o mundo, os seres e as coisas vieram a ser como são.

São contados e recontados pelos mais velhos aos mais novos. É assim que importantes conhecimentos são transmitidos oralmente de uma geração para outra.

Os mitos se relacionam com a vida social, os rituais, a história e o modo de viver e pensar de cada sociedade e, por isso, expressam maneiras diferentes de ver a vida, a morte, o mundo, os seres, o tempo, o espaço...

São parte da tradição de um povo, mas essa tradição sempre se transforma!

Como isso acontece?

Toda vez que um mito é contado, ele pode ser recriado por quem o conta. As experiências vividas e os acontecimentos considerados importantes no momento da narração podem influenciar o narrador, alterando a história. Por essa razão, os mitos estão sempre se modificando!

E é por isso que existem várias versões de um mesmo mito, isto é, há diferentes formas de contar uma mesma história.

Curiosidades sobre os mitos indígenas

Os povos indígenas, assim como outras sociedades, também transmitem seus conhecimentos e experiências por meio de mitos. Por serem populações que, até pouco tempo, não registravam seus saberes na forma de textos escritos, o principal jeito de transmitir conhecimentos era — e ainda é — por meio da fala.

É importante dizer que, além dos mitos, existem outras formas de expressão oral, como os cantos, diálogos cerimoniais e outros tipos de discurso...

Por que, muitas vezes, é difícil compreender os mitos?

Aprendemos que os mitos trazem as reflexões de um povo sobre vários temas. Porém, quando não conhecemos bem esse povo, seus valores e sua cultura, muitos detalhes presentes nas histórias são mal compreendidos. Para decifrar os mitos, é preciso estudar, conhecer as formas de viver e pensar do povo que os criou. Só assim podemos conhecer a fundo a riqueza de suas significações.

É assim também com os mitos indígenas?

Sim, pois geralmente se sabe muito pouco ou quase nada sobre os diferentes povos indígenas e assim fica muito difícil de compreender suas histórias. Cada vez mais percebemos que há muito o que aprender sobre eles!

8 - APRENDER MAIS!

OS POVOS INDÍGENAS E SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA A NOSSA COMUNIDADE

Vamos ler para nos informar mais ...

Pataxós participam da abertura de IV Jogos Indígenas do Taúbas'

por SECOM/PMI Publicado em 09/10/2018 16:39 - Atualizado em 09/10/2018 17:50

Jogos, brincadeiras, danças e rituais marcaram, nesta terça-feira (9), a abertura dos ‘IV Jogos Indígenas’, realizados na quadra poliesportiva da Escola Municipal Gercy Benevenuto, no bairro Taúbas, zona rural de Ipatinga. Atração especial no evento, dez índios Pataxós, pertencentes à aldeia Gerú Tucunã, localizada no distrito de Felicina, município de Açucena, trouxeram aos alunos um pouco de seus valores culturais, assim como a importância da preservação e o respeito aos nativos do país.

A abertura oficial dos jogos, que são promovidos pela Escola Gercy Benevenuto desde 2015, contou com a participação do prefeito Nardyello Rocha, representantes da Secretaria de Educação, além de alunos e professores do educandário anfitrião e outras duas escolas municipais da zona rural de Ipatinga, a Professor Mário Casassanta (Ipaneminha) e a Hermes de Oliveira Barbosa (Pedra Branca).Os alunos das três escolas municipais competem entre eles em modalidades como o cabo de guerra, corrida com tora e arremesso, atividades oriundas da cultura indígena, além de atletismo e futebol.

Antes do apito para marcar o início oficial dos jogos, o prefeito Nardyello Rocha parabenizou todos os envolvidos pela iniciativa do projeto e disse que os ‘Jogos Indígenas do Taúbas’ estão em sintonia com ações que ele pretende desenvolver no município de Ipatinga buscando uma integração cada vez maior entre as comunidades e a valorização das origens

Jogos Indígenas

Criados em 2015, os Jogos Indígenas do Taúbas são uma vertente do ‘Projeto Oriya’, palavra indígena que significa jogos e brincadeiras. São desenvolvidas com os estudantes, durante dois meses, diversas atividades ligadas à cultura indígena. A arte é uma das expressões mais afloradas, com a criação de brinquedos, danças e brincadeiras.

Fundador do projeto, o professor de Educação Física Douglas Vasconcelos conta que a ideia surgiu da necessidade de desmistificar a imagem que os alunos geralmente fazem dos índios. “Percebi que os estudantes tinham desenhado a ideia de que os índios eram pessoas que viviam em florestas, nus e que não sabiam se comunicar com as demais civilizações. Para quebrar esse paradigma, decidi criar os jogos dentro da disciplina na qual ministro aulas. Assim eles praticam diversas modalidades esportivas ligadas à cultura indígena”, explicou.

O educador disse que esta é a primeira vez que membros de uma aldeia visitam a escola. “Desde a criação dos jogos, por duas vezes nós levamos os alunos até os índios Pataxós, que vivem nas tribos de Felicina, em Açucena, e também na cidade de Carmésia. Mas neste ano nós fizemos contato para que os índios fossem até a escola, a fim de fortalecer ainda mais essa atividade”, concluiu Douglas.

Tamaru é índio da etnia Pataxó e vive na aldeia fixada na cidade de Açucena. Ele participou da abertura dos jogos e ressaltou a importância desta integração entre os alunos de escolas da rede municipal e a cultura indígena. “Estamos sempre envolvidos com eventos esportivos. Os membros de nossa tribo participam anualmente dos Jogos dos Povos Indígenas que são idealizados pelo Conselho dos Povos Indígenas de MG e buscam a promoção socioeducacional nas aldeias mineiras e o intercâmbio entre as etnias. Aqui na escola municipal não é diferente. A gente traz para os alunos um pouco da nossa cultura, por meio da promoção do esporte e também lazer”, explicou Tamaru.

Índios Pataxós

Originário da aldeia de Barra Velha (conhecida como Aldeia Mãe), área indígena do Monte Pascoal, e distribuído em várias aldeias por diversos municípios baianos (Prado, Itamaraju, Santa Cruz de Cabrália e Porto Seguro), o povo pataxó sempre foi guerreiro.

Desde os tempos da invasão portuguesa, por volta de 1500, os Pataxós lutam para se firmar em um lugar e preservar a história, cultura e língua, costumes e tradições que foram se perdendo desde que foram juntados às tribos Maxacalis e Botocurus em uma aldeia de onde não podiam sair.

Na década de 70, uma família migrou para Minas Gerais. Atualmente, mais de 300 índios da etnia vivem no estado, divididos em seis aldeias nos municípios de Carmésia, Açucena, Candonga e Itapecerica.

TEXTO ADAPTADO

9 - APRENDER SEMPRE

Ao final da leitura e vídeos, utilize o seu caderno de história para responder as perguntas.

  • A maneira como os indígenas contam sobre seus mitos é conhecida por você?

  • Como você acha que os primeiros indígenas registravam suas histórias? E hoje, como registram?

  • Será que os indígenas ainda contam histórias assim?

  • Explique o que são mitos.

  • Descreva como os povos indígenas vivem no Brasil relatando as diferenças e semelhanças.