Na aula de hoje fizemos a nova síntese da SP da semana passada.Em seguida vimos a situação problema e elaboramos os problemas,hipóteses e questões de aprendizagem.
Problemas:
Auto medicação
Estresse
Depressão
Diarreia
Obstipação Intestinal
Vergonha de pedir ajuda
Náuseas e Vômitos
Perda de peso
Alteração no processo de digestão
Sobrecarregada com o sustento da família
Hipóteses:
A perda de peso foi provocada pela diarreia e vômitos
O estresse e a depressão pode ter desencadeado a alteração no sistema digestório
Ela pode se encontrar na fase exaustiva do estresse devido a depressão, diarreia, angústia e a diminuição da produtividade
A diarreia pode ter sido causada pela alteração da microbiota intestinal e falta das enzimas digestivas, devido a um desequilíbrio hidroeletrolítico
Questões de Aprendizagem:
Descreva as fases do estresse
O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme, provocando alterações físicas e emocionais. A reação ao estresse é uma atitude biológica necessária para a adaptação às situações novas.O estresse pode ser agudo ou crônico.
A evolução do estresse se dá em três fases: alerta, resistência e exaustão.
alerta: ocorre quando o indivíduo entra em contato com o agente estressor.
resistência:o corpo tenta voltar ao seu equilíbrio. O organismo pode se adaptar ao problema ou eliminá-lo.
exaustão: nessa fase podem surgem diversos comprometimentos físicos em forma de doença.
Como o estresse altera o funcionamento do sistema límbico?
Sob stress o nosso sistema límbico (responsável pelas emoções, memória e aprendizagem) – dispara um alarme que ativa a nossa resposta de “fuga ou luta” aumentando a produção de adrenalina e cortisol, que em conjunto aumentam o batimento cardíaco, aumentam o metabolismo e a pressão arterial, aumentam a atenção, deixam alerta o nosso sistema imunitário e a resposta anti-inflamatória, baixam a sensibilidade à dor – ótimas ativações quando temos que sobreviver. Quando a situação de stress acaba, o nosso corpo faz reset desta informação e volta ao normal.No entanto, sob stress constante, o nosso corpo é incapaz de fazer reset. Os níveis elevados de adrenalina e de cortisol mantêm-se. Estes acontecimentos bloqueiam a formação de novas conexões no hipocampo, a área cerebral responsável por codificar novas memórias. Quando estas conexões estão bloqueadas, o hipocampo pode diminuir o seu tamanho o que piora a memória.
Quais alterações metabólicas causadas pelo estresse (ênfase nos mecanismos de regulação neural e hormonal do sistema digestório)
O estresse gera um aumento dos hormônios cortisol e adrenalina.A adrenalina é liberada em situações de estresse,portanto,suas funções corporais irão visar alterações para manter a sobrevivência.No sistema digestório, a ação das catecolaminas nesse local visa promover a contração dos esfíncteres, e dessa forma reduz o esvaziamento do TGI, pois uma vez que os esfíncteres se fecham, o conteúdo presente no TGI não consegue passar. As catecolaminas,ao atuarem no TGI,promovem redução da motilidade, reduzindo assim a peristalse,pois o organismo se prepara para atividades de fuga. O cortisol, hormônio que também é liberado para tornar o corpo alerta, provoca alterações fisiológicas que podem afetar o sistema digestivo, causando espasmos no esôfago, aumentando a quantidade de ácido no estômago, provocando enjoo, diarreia ou constipação. Em casos mais sérios, pode reduzir a quantidade de sangue e oxigênio enviados ao estômago, causando cãibras, inflamações ou desequilíbrio das bactérias intestinais.
Conceituar equilíbrio hidroeletrolítico e sua relação com o sistema digestório
O corpo humano é constituído com 60% de água e eletrólitos presentes nela(substâncias químicas),variando de acordo com o sexo,idade e porcentagem de gordura(adipócitos não possuem muita água).O conteúdo hidroeletrolítico pode ser intracelular ou extracelular(intersticial,transcelular ou intravascular).Sendo assim, o corpo sempre irá buscar a taxa ideal hidroeletrolítica,ou seja,a homeostase.O sistema digestivo é responsável pela abosrção de água e eletrólitos,obtidos a partir da dieta e ingestão de líquidos,enquanto o sistema excretor(rins)é responsável pela eliminações de excretas,tendo na composição da urina a água e certos eletrólitos.O organismo sempre está em busca da homeostase,estando,nesse caso,visando o equilíbrio hidroeletrolítico,utilizando diversas regulações para isso,como o sistema endócrino,cardiovascular,renal,nervoso e o digestivo.Aqui irei abordar a relação do equilíbrio com o sistema digestório.Em situações de desidratação,o sistema nervoso estimulará o indivíduo a sentir sede e,em seguida,ingerir água.O trato digestório é responsável pela abosrção da água e dos eletrólitos presentes no corpo,de forma que uma absorção ruim pode resultar em um desequilíbrio dessas taxas.O intestino grosso é a parte final do TGI e é responsável pela abosrção de água das fezes,um fator que ajuda na hidratação corporal.Além disso,o sistema digestivo também irá absorver os eletrólitos.Portanto,o sistema digestório está intimamente relacionado com o equilíbrio hidroeletrolítico,uma vez que a captação desses compostos acontece nessa região.
Conceitue obstipação intestinal e descreva sua relação com aspectos da flora intestinal
A obstipação intestinal é conhecida também como prisão de ventre,constipação e intestino preso.É uma condição comum que afeta pessoas de todas as idades e que pode ter um significado diferente para diferentes indivíduos. Habitualmente refere-se a evacuações pouco frequentes (empiricamente, o diagnóstico de obstipação poderá ser colocado se o número de evacuações for inferior a três vezes por semana), mas também pode ocorrer uma diminuição no volume ou peso das fezes, uma dificuldade para evacuar, com necessidade de fazer força (“puxar”) para esvaziar incompletamente o reto (por exemplo, provocada pela existência de fezes duras e/ou grossas) ou, ainda, pela necessidade do uso de clisteres, supositórios ou outros laxantes para manter a regularidade do trânsito intestinal.Cerca de 80% das pessoas sofrerão de obstipação em algum momento das suas vidas, na maioria das vezes temporariamente.A gravidade da obstipação varia de pessoa para pessoa. Muitas pessoas só experimentam obstipação por um curto período de tempo – obstipação aguda , mas para outros, a obstipação pode constituir uma condição de longo prazo (obstipação crônica) que causa dor significativa e desconforto, transformando-se num grave e duradouro problema, com implicações importantes na qualidade de vida.A obstipação geralmente ocorre quando as fezes permanecem no cólon (intestino grosso) por muito tempo, onde é absorvida muita água, fazendo com que estas se tornem duras e secas, dificultando a sua circulação e expulsão.Muitas vezes, é difícil identificar a causa exata, podendo existir várias causas, possivelmente simultâneas, responsáveis pela obstipação.
Qual o papel das fibras no sistema digestório? Por que o uso de fibras piorou o quadro de diarreia?
A fibra alimentar é um carboidrato não digerível presente em alimentos derivados de vegetais. Ela pode ser dividida em dois grupos:a fibra solúvel e não solúvel.A fibra solúvel causa um retardo na absorção dos nutrientes,gerando maior saciedade,e,em certos casos,obstipação.Enquanto isso,a fibra insolúvel,é responsável por causar um aumento das fezes e liberação mais rápida das mesmas,gerando uma ação oposta a das fibras solúveis.
Descreva o mecanismo de ação do Omeprazol e quais as consequências do uso a longo prazo
O omeprazol reduz a secreção ácida gástrica por meio de mecanismo de ação altamente seletivo. Este medicamento produz inibição específica da enzima H + /K + -ATPase (“bomba de prótons”) nas células parietais. Esta ação farmacológica, dose-dependente, inibe a etapa final da formação de ácido no estômago, proporcionando, assim, uma inibição altamente efetiva, tanto da secreção ácida basal, quanto na estimulada, independentemente do estímulo. O omeprazol atua de forma específica, exclusivamente nas células parietais, não possuindo ação sobre receptores de acetilcolina e histamina. O início da ação do medicamento é rápido e o controle reversível da secreção ácida é obtido com uma única administração diária. Dose diária única do medicamento oferece uma rápida e efetiva inibição da secreção ácida gástrica com efeito máximo atingido dentro dos primeiros quatro dias de tratamento. Não foi observado até o momento, fenômeno de taquifilaxia durante o tratamento com omeprazol. O uso excessivo do omeprazol pode prejudicar a absorção de minerais e vitaminas e provocar diversos problemas de saúde, como osteoporose, anemia e até demência.O omeprazol faz parte de um grupo de medicamentos chamados antissecretores, que reduz a produção de ácido clorídrico e traz impactos para o organismo. Uma das funções do ácido produzido no estômago é inibir a chegada de bactérias ao intestino, prevenindo infecções. Além disso, a mesma célula que produz o ácido clorídrico também produz uma substância chamada fator intrínseco, essencial na absorção da vitamina B-12. A deficiência dessa vitamina pode causar, no futuro, por exemplo, a demência.A baixa acidez no estômago também reduz a metabolização e prejudica a retirada do ferro e do cálcio dos alimentos, sendo que a falta de ferro pode levar à anemia e a de cálcio pode acarretar osteopenia ou até mesmo osteoporose.