Problemas:
O Sr. Milton, 62 anos, acordou de madrugada por causa de uma dor torácica muito intensa, em aperto, retroesternal, com irradiação para MSE acompanhada por náuseas;
Paciente tem colesterol alto e ex tabagista
Taquicardia (104 bpm)
Primeiro ECG apresenta hipertrofia e sobrecarga de VE (amplitude aumentada de R em V4, V5 e V6). Ritmo sinusal, FC 60-70 bpm, intervalo R-R irregular) e Arritmia sinusal respiratória (variação na frequência mas sem variação nas ondas P)
Posteriormente, taquicardia com 148 bpm
Taquipneia 24 irpm
Enchimento capilar levemente lentificado
B4 no foco mitral —> insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada
Aos exames: troponina I: 0,7 ng/mL (VR: 0,02) e CK-MB: 32 U/L (VR: 25)
Pulso arterial irregular / arritmia
Segundo ECG evidenciando uma extrassístole de origem ventricular (QRS alargado) e logo em seguida, pausa compensadora. Se esse padrão se repetir mais de 3 vezes, o paciente desenvolve uma arritmia ventricular.
Hipóteses:
Homem de 62 anos apresenta dor típica de IAM, apresentou arritmia sinusal respiratória, B4 como indício de insuficiência cardíaca com fração de ejeção preservada.
Com a troponina reagente, os achados do eletro e o quadro clínico, podemos dizer que o paciente está sofrendo um IAMSSST
IAMSSST que evoluiu com taquicardia ventricular vista no segundo ECG
Questões de aprendizagem:
Sobre a Síndrome Coronariana Aguda (SCA):
Definição
Conjunto das doenças que geram isquemia,sendo elas a angina instável,IAM com supra e IAM sem supra
Tipos (IAMSST, IAMCST, angina)
Angina instável é uma alteração no padrão de sintomas da angina (desconforto no peito), incluindo angina prolongada ou seu agravamento e ressurgimento de sintomas de angina grave. As pessoas que têm angina instável não têm sinais de ataque cardíaco em seus ECGs ou exames de sangue.
IM sem elevação do segmento ST é um infarto cardíaco que os médicos podem identificar por exames de sangue, mas que não produz alterações típicas (elevação do segmento ST) em um ECG.
IM com elevação do segmento ST é um infarto cardíaco que os médicos podem identificar por exames de sangue e que também produz alterações típicas (elevação do segmento ST) em um ECG.
Epidemiologia e fatores de rsco
Paciente típico de doenças crônicas não transmissíveis
Quadro clínico (anginas)
O principal sintoma e é dor retroesternal que pode se irradiar para as costas, o maxilar ou o braço esquerdo.. A dor pode ocorrer em um ou mais desses locais e não no tórax. A dor IAM é semelhante à dor da angina, mas é geralmente mais grave, dura mais tempo e não é aliviada pelo repouso ou nitroglicerina. Menos frequentemente, a dor é sentida no abdômen, onde pode ser confundida com epigastralgia, Por razões desconhecidas, mulheres muitas vezes manifestam sintomas diferentes, às vezes descritos como dor torácica atípica, que têm menos probabilidade de serem precisamente diagnosticados como um problema cardíaco,sendo os chamados sintomas atípicos ou equivalente anginoso
Fisiopatologia
Ocorre por redução da oferta ou aumento da demanda de O2
Diagnósticos diferenciais
Todas as doenças que causam dor torácica,dispesia e DRGE,além de transtornos de ansiedade
Diagnóstico (exames complementares - ênfase em ECG; entender as alterações e em qual parede é o infarto)
Deve se pedir ECG ,CK-MB e troponinas
Estratificação de risco
Realizar os escores de risco cardiovascular
Manejo (conduta inicial / tratamento)
Deve se fazer monitorização,oxigênio,nitrato ou nitroglicerina,AAS,clopidogrel,heparina.Em um segundo momento deve se fazer estatina,Beta bloq e IECA.
Complicações (arritmia)
ICC,arrtimtia e choque cardiogênico