in TRADUTOR DE CHUVAS

Editorial Caminho, março de 2011

O escritor Mia Couto remete os seus leitores para um novo livro de poemas, "Tradutor de Chuvas", como forma de homenagear um momento das nossas vidas a que apelida de "estágio de espanto, de pasmo e da capacidade de nos encantarmos".

"Todo o livro passa por uma espécie de um culto, uma homenagem a esse estado de espanto, de pasmo, da capacidade de nos encantarmos, esse não saber, essa ignorância que nos torna depois viajantes, que nos conduz à condição de uma certa dimensão que é a dimensão da poesia", esclareceu o escritor.

Três anos depois de ter editado um livro de poemas - "Idades, Cidades, Divindades" -- Mia Couto regressa agora a um livro com 66 poemas de culto à infância por estar "condenado" à poesia.

Nas palavras de Mia Couto, a infância é "um território de limbo que nos obriga à viagem, nos obriga à busca e é isso que está presente em todos os versos que estão neste livro", acrescentando que este é livro que tem muito "de autobiográfico".

Um livro em que faz "uma espécie de viagem de rio em que há alguma coisa que está fluindo e de repente não se sabe se é corrente, se é mar, se é estuário..."

(Fonte: SAPO)

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