BOUQUET DE CARMIM

Que me arranque do chão

Esse grito

De silêncio

E puro absinto

Porque a vereda é larga

E eu sou somente

Pensamento

Sofrendo em mim

Orgásticas gargalhadas

Vindas do nada

E do transe

Em gemidos de nenúfares

Enamorando-me de azul

Sôfregas penetrações

De Luz

E negra organza

Nessa tela

Onde os corpos se entrelaçam

E dançam

Os ritmos

Desta masturbação

Feita neste odor de mim.

Célia Moura, a publicar "No Hálito de Afrodite"

Kasia Derwinska Photography