Amo-te nesta Ideia Nocturna da Luz nas Mãos

Amo-te nesta ideia nocturna da luz nas mãos

E quero cair em desuso

Fundir-me completamente.

Esperar o clarão da tua vinda, a estrela, o teu anjo

Os focos celestes que a candeia humana não iguala

Que os olhos da pessoa amada não fazem esquecer.

Amo tão grandemente a ideia do teu rosto que penso ver-te

Voltado para mim

Inclinado como a criança que quer voltar ao chão.

Daniel Faria, in "Dos Líquidos"