SE ENTARDECERES PELOS BEIRAIS...
Se entardeces pelos beirais da cidade antiga
É somente porque esperas
Os primeiros e os derradeiros barcos
Os risos, as lágrimas, as futilidades
O ciclo sempre igual que permanece.
Nas colinas do meu corpo
Ecoam tantas vozes no silêncio que perpetuaste
De fogo são as mãos
Que hoje me acariciam e redefinem
Os mamilos libertos ao tempo
Rasgando ventos
A Dama de Prata que me penteia os cabelos
Repousando sorrisos no útero
Das planícies.
Célia Moura - (a publicar)
© Leszek Paradowski Photography