Prof. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Diretor do IB UNESP Câmpus de Rio Claro
Le soleil ni la mort
ne se peuvent regarder en face
(Nem o sol nem a morte podem ser olhados fixamente).
Essa é uma das máximas de François de La Rochefoucauld, moralista francês, que viveu entre 1613 e 1680, considerado um pessimista desencantado com o gênero humano e o maior cultor do gênero de máximas e epigramas.
O medo da morte é compartilhado pela grande maioria dos seres humanos. Trata-se, como diz Irvin D. Yalom, da “nossa sombra escura, da qual nunca nos separamos”. De maneira geral todos nós vivemos freneticamente sem olhar diretamente para ela. A consciência da brevidade da vida só se faz presente quando perdemos um ente querido ou quando vivenciamos direta ou indiretamente uma tragédia.
No Brasil sempre houve tragédias com grande quantitativo de vidas perdidas. Para lembrar algumas, em 1974, tivemos o incêndio do Edifício Joelma, com 187 mortes. Em 1984, o incêndio da Vila Socó, em Cubatão, com 93 mortes. O naufrágio do Bateau Mouche, em 1989, vitimou 55 pessoas. O massacre do Carandiru, 111 mortes em 1992. Em 2007, 199 mortes no acidente aéreo em Congonhas. Chuva e deslizamento de terra na região serrana do Rio de Janeiro, em 2011, 917 mortes. Mais recentemente, 242 mortes no incêndio da Boate Kiss, em 2013 e o rompimento da barragem de rejeitos de mineração da Vale em Brumadinho, em 2019, com 270 mortes.
Mas podemos pensar (e alguns assim pensam), que são tragédias e mortes muito distantes de nós, acontecem com os outros. A comoção, quando há, é passageira e se esvai com o tempo. Esquecemo-las e tocamos a vida, como se pudéssemos desviar dessa sombra escura que nos acompanha.
Hoje, a tragédia da pandemia do Covid-19 não nos deixa desviar o olhar fixo para a morte. Ela está nos jornais, na televisão, nas rádios, nos sites, nas redes sociais, em nossas casas, nos hospitais e nos asilos. É onipresente. Já são mais de 2,8 milhões pelo mundo e mais de 300 mil no Brasil. Fazendo um comparativo, é como se Rio Claro, Santa Gertrudes, Cordeirópolis, Corumbataí, Itirapina, Ipeúna, Charqueada e mais outras pequenas cidades sumissem do mapa. Mas na verdade foram avós, pais, irmãos, filhos e amigos que se foram.
Talvez a pandemia esteja contestando a máxima de François de La Rochefoucauld, pelo menos no que diz respeito à morte. Devemos encará-la de frente, desmistificar o tabu e entender que refletir sobre a morte é pensar sobre a vida, sobre o frenesi cotidiano e sobre nosso papel político como cidadão.
segundo estatísticas oficiais.
Prof. José Alexandre de Jesus Perinotto
(atualizado pela Comissão Editorial em 31/03/2021)
Prof. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Eduardo Kokubun
Unesp
Março de 2021 já é o mês com maior mortalidade por Covid-19 em Rio Claro durante toda pandemia. Antes do final do mês, em 29/03, a Prefeitura informou a ocorrências de 90 óbitos, 30% de todos os 12 meses da pandemia.
Também é o mês com maior número de internações, e está ultrapassando a capacidade máxima de leitos, assim como em muitos municípios de todo o Brasil. Em comparação a janeiro, o número de pessoas internadas com Covid-19 confirmada aumentou de 166 para 233 (45% ). Porém, a distribuição é desigual entre as faixas etárias. Entre 20 até 70 anos de idade, o aumento é superior à média. Destaque é a faixa de 30 a 40 anos: 9 foram internados em janeiro e em março já são 24, um aumento foi de 167%! Na faixa de 40 a 50 anos foi de 108% (de 26 para 54) e de 20 a 30 anos de 67% (de 6 para 10).
Entre os maiores de 70 anos, o avanço das internações ficou abaixo da média, com destaque para a faixa de 80 a 90 anos, que reduziu em 50% (de 20 para 10).
Óbitos acompanham tendência semelhante ou pior. Enquanto o número de pessoas internadas com covid-19 confirmada aumentou 44% o número de óbitos aumentou 129%. Entre os internados em janeiro, a maior incidência de óbitos ocorreu na faixa de 80 a 90 anos. Em março, houve um avanço na incidência de óbitos em todas as faixas, enquanto entre os mais idosos, o número estacionou.
Entre os internados em janeiro, 65% dos óbitos ocorreu em pessoas com mais de 80 anos. Em março, despencou para apenas 5%. Em todas as faixas de idade abaixo de 80 anos, a incidência de óbitos aumentou, notadamente para aqueles entre 50 e 80 anos.
Esses dados mostram que a pandemia em Rio Claro mudou. Está levando mais pessoas jovens, principalmente entre 30 a 40 anos a serem internadas. É possível que o aumento da velocidade de contágio esteja levando pessoas mais jovens a necessitarem de cuidados hospitalares. Também não é possível descartar os efeitos da variante P.1. que já está em circulação pela região e possivelmente no município.
A boa notícia é que, mesmo andando muito lentamente por falta de doses, é possível que a vacinação esteja surtindo efeito, reduzindo tanto o número de internações como o de óbitos nos mais idosos que já foram vacinados. É um efeito que já foi antecipado no BAC 74 de 15/01/2021.
A transmissão foi nesta terça-feira, 30/3. Participaram o professor Eduardo Kokubun (Unesp Rio Claro), a Secretária Municipal de Saúde, Giulia Puttomatti, e o presidente da Associação Movimento Pró-Hospital Público Regional de Rio Claro, Cesar Borgi. A gravação pode ser vista no canal do youtube: https://www.youtube.com/watch?v=7Ar1amOcW_g
Foi abordada a situação da saúde em Rio Claro contra a Covid-19 e avaliadas as novas medidas de restrições em Rio Claro e suas implicações.
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Vídeo que ilustra a situação de Rio Claro em relação a Pandemia de COVID 19.
As informações apresentadas no vídeo foram atualizadas em 25/03/2021.
Convidamos a assistir e refletir!
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
O que são e como surgem as variantes do vírus Sars-CoV-2? As vacinas disponíveis e aquelas em desenvolvimento, como a recém-anunciada ButanVac, que será produzida pelo Instituto Butantan, são eficazes para combater as novas cepas? Qual é a implicação das variantes do Sars-CoV-2 no enfrentamento mundial da pandemia de Covid-19?
Mesa-redonda virtual na próxima quinta-feira vai discutir essas questões. Veja mais aqui.
Link para a live aqui.
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Tendo em vista a impossibilidade de realização presencial da III Feira do Livro da Unesp, em função da pandemia, a Comissão Organizadora anuncia que o evento neste ano será no formato virtual, ampliando assim seu alcance ao público nacional. Também com esse objetivo, está expandindo sua duração de 5 para 7 dias, de segunda a domingo, 5 a 11 de abril. Assim como em 2019, o evento contará também com programação cultural on-line.
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Orquestra Acadêmica da UNESP tem o prazer de apresentar o primeiro evento da temporada 2021. A live com o Pró-Reitor de Extensão Universitária e Cultura, o professor doutor Raul Borges Guimarães (CETAS – PP). Do outro lado temos o nosso maestro e diretor musical, o professor doutor Lutero Rodrigues (IA – SP). A conversa acontecerá pelo Facebook, na página oficial da Orquestra Acadêmica da UNESP. O intuito da live é conhecer mais sobre o novo Pró-Reitor que assumiu o cargo em 2021, além de conhecer algumas de suas propostas de extensão universitária para toda a comunidade da UNESP. Comentaremos a experiência do ano anterior e as perspectivas neste segundo ano de atividades remotas da orquestra.
Portanto, Fiquem ligadxs e espalhem essa novidade, pode ser? Esperamos todo mundo lá para esclarecer dúvidas, interagirem com o maestro e o Pró-Reitor, além de prestigiar o nosso trabalho! Um abraço pra todo mundo e fiquem em casa!
Transmissão na página do Facebook aqui.
Em plena fase vermelha no Estado e sobrecarga de hospitais em todo país,
disse uma aluna:
Quer sair: Quero.
Pode sair: Posso.
Vamos sair: Nem pensar.
Sábias palavras.
O Brasil passou da triste marca de 250 mil mortes em decorrência da Covid-19. Nunca é demais lembrar as recomendações de saúde pública. Veja as orientações do epidemiologista Carlos Magno Fortaleza, da Unesp no vídeo: https://fb.watch/3LoerJ5iYk/
Diálogos Unesp RC entrevistou em 12/1/2021 o Prof. Osmar Malaspina sobre a importância da vacinação contra a Covid-19 disponível no canal dos Diálogos Unesp RC no Youtube.
#unesppelavida
Vídeo novo da campanha Unesp pelas vacinas.
Mensagem da Unesp na campanha pelas vacinas aqui.
A UNESP – Universidade Estadual Paulista é um patrimônio do povo de Rio Claro e de São Paulo. Sua presença, há mais de 60 anos no município, tem impacto altamente positivo em vários aspectos da vida da cidade. A Universidade Pública, ao promover Educação de Qualidade, Pesquisas Científicas Fundamentais e Extensão Universitária para a Comunidade (e dinamizar a economia local), é uma estrutura estadual séria e comprometida com as boas práticas, que visa, sobretudo, a construção da verdadeira cidadania de que tanto o país necessita.
Por isso a UNESP conta com seu apoio e o da comunidade de Rio Claro em suas iniciativas.
Na fase atual, todas as medidas para evitar a transmissão devem ser tomadas.
Ficar em casa se estiver doente
Usar máscaras em locais públicos ou quando estiver perto de pessoas que não moram com você, especialmente se as medidas de distanciamento social são difíceis de cumprir
Manter o distanciamento social de pelo menos 1,5 m
Antes de sair, informar-se sobre medidas de prevenção extra que estão sendo tomadas no local de destino
Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos quando chegar no destino e em casa
Higienizar produtos de compras, sapatos, roupas e quaisquer objetos ANTES de entrar em sua casa
Evitar aglomerações e locais com alta taxa de ocupação
Evitar locais com baixa ventilação ou ambientes fechados
Evitar contato prolongado (maior do que 15 minutos) com outras pessoas principalmente de fora do círculo usual de relacionamento
Evitar locais onde as pessoas falam em voz alta, gritam ou cantam
A campanha para apoio a vulneráveis com arrecadação de alimentos não perecíveis, itens de higiene pessoal, limpeza e agasalhos continua em andamento.
Os pontos onde os produtos podem ser doados são:
* Portaria da UNESP - Av 24-A, 1515
- Bairro Bela Vista.
* Pantoja Supermercados - Lojas 1 e 2
* Rotisserie DISK FRANGO Rio Claro - Av. 1, 503. Centro
Grupo Apoio Social
#UnespRCpelaVIDA
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#Atenda136
#FiqueEmCasa
POR EMAIL
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Envie sugestões ou dúvidas preenchendo esse breve formulário
BOLETIM ANTI COVID-19, Rio Claro: Unesp, n. 96, março 2021. Disponível em: https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/ed_anteriores/bac-96-31032021. Acesso em [dia / mês (abreviado) / ano]
Diretor do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. Edson Denis Leonel
Presidente do CEAC-19:
Prof. Dr. José Roberto Gnecco
Editores:
Eduardo Kokubun
Eugenio Maria de França Ramos
Márcia Correa Bueno Degasperi
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Colaboradores:
Bibiana Monson de Souza
Bernadete Benetti
Roberto Goitein
Artes e diagramação:
Arianne Dechen Silva
Mateus Fernando Silva Sales
Lucas Massensini de Azevedo
Angela Ferraz
Vídeos (Lives e Mini-Lives)
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Felipe Renger Ré
Lucas Henrique Silvestrin
Osmar Malaspina