Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN – Unesp Rio Claro
A pandemia da Covid-19 continua a tragar vidas e ainda não se possui consenso sobre as melhores estratégias para evitar a contaminação entre as pessoas e propiciar atendimento médico-hospitalar adequado. De forma concomitante, as atividades econômicas têm sido gradualmente liberadas e os impactos imediatos e a longo prazo continuam sendo avaliados. No intuito de contribuir com os cenários econômicos possíveis, o Professor Doutor Luis Antônio Paulino, do Departamento de Ciências Políticas e Econômicas, da Faculdade de Filosofia e Ciências da Unesp – Marília, foi o convidado dos Diálogos Unesp de 31/7, cuja entrevista completa pode ser vista no link ao lado. Apresentamos aspectos discutidos que julgamos importantes para compreender o cenário atual e contribuir para a tomada de decisões.
Apesar das polêmicas havidas, o professor Paulino relembra que “naqueles lugares nos quais as medidas de distanciamento social foram mais efetivas, a economia voltou a se recuperar mais rapidamente”.
O professor Paulino relembra que o pico da crise – pelo ponto de vista econômico – foi em abril, mas o desemprego continua a ser a maior preocupação. Ele citou os dados recentes que mostram uma taxa de desemprego de 12,9% no Brasil, e, pela primeira vez, o número de desempregados e de pessoas fora da força de trabalho (87,6 milhões) superou o de ocupados no país (85,9 milhões). Entre os que ainda continuam trabalhando, 30 milhões são de empregos informais, sem direitos trabalhistas, precários, enfim. Situação que vem acontecendo desde 2016 e foi intensificada no último ano, mesmo antes da pandemia.
Há, portanto, grande preocupação quanto à maciça perda de empregos, especialmente no setor de serviços, mas houve uma compensação, ainda que parcial e provisória, naquilo que é chamado de serviços de entrega. A tecnologia provoca redundância de oportunidades o que direciona para discutir redução de jornada de trabalho para garantir emprego para todos. “Transformações tecnológicas no mundo estão levando ao aprofundamento desses novos arranjos produtivos de trabalho à distância”, argumenta o professor.
A necessidade de distanciamento social levou à intensificação de uma série de serviços, como as formas de comércio eletrônico e outros ligados com a tecnologia. Empresas, como a Amazon, por exemplo, ganharam milhões de dólares com a crise e acabaram contratando. Nos Estados Unidos, essa empresa contratou mais 200 mil novos funcionários para esse serviço de entrega.
Por outro lado, a tecnologia proporcionou também o recorde no tempo necessário para a obtenção de vacinas, com a perspectiva de em pouco mais de um ano a partir dos estudos iniciais se chegar em um produto seguro para a imunização de grande parte da população contra a Covid-19.
Por fim, ele deixou uma mensagem de otimismo, a partir da observação das pequenas recuperações econômicas na indústria e no comércio, mas ressalta que nem a volta ao modelo de altos gastos governamentais, nem ao de política econômica neoliberal serão a solução para a situação.
Eduardo Kokubun
UNESP Rio Claro
Até meados de julho, o número de casos de Covid-19 em Rio Claro duplicava a cada 12 dias. A transmissão da doença se desacelerou e hoje duplica a cada 24 dias, uma melhora e tanto. Porém, isso não significa que a doença já tenha sido controlada: o número de novos casos continua crescendo, como pode ser visto no gráfico abaixo em vermelho. Com isso, o número de pessoas doentes ao mesmo tempo, aumenta a cada semana, aumentando o número de pessoas internadas, e também o de novos óbitos.
A boa notícia é que a partir do dia 25/07 a média móvel de casos novos vem diminuindo. Se esse cenário otimista persistir, menos pessoas ficarão doentes a cada dia, menor será a pressão nos hospitais e de óbitos nos dias seguintes. Porém, olhando o gráfico de óbitos, esse efeito ainda não apareceu.
O número de óbitos vinha aumentando até meados de julho quando reduziu. Voltou a aumentar no início de agosto. Ainda não se passaram 14 dias desde a trajetória verde, no gráfico acima. Esta semana será fundamental.
https://observatoriodolivro.org.br/conaler
Tema 2020:
Livros e Leitura em tempos de pandemia
“Grandes nomes do mundo dos livros e da literatura estarão na tela do seu computador, tablet ou celular, conversando ao vivo com você sobre o papel dos livros e das leituras que fazemos, e especialmente nos dias atuais, em tempos de pandemia e isolamento social. Como, afinal, os livros que escolhemos para ler podem nos ajudar. E não só a passar o tempo, com esse entretenimento cultural de qualidade e extremo bom gosto, mas também a buscar respostas para nossas inquietações e fazer mergulhos pessoais em busca de nossas próprias respostas. Mas, sobretudo, a compreender o que se passa, encontrar novos sentidos para a vida e, por que não?, nos ajudar a lidar com nossos medos, inseguranças, ansiedades e descobrir - sozinho enquanto lemos ou em rodas de conversas, em espaços como os clubes de leitura - novos olhares e perspectivas. Um tema, mais do que irresistível, imprescindível nos tempos de agora!”
Inscrições:
https://observatoriodolivro.org.br/conaler
Programação: https://observatoriodolivro.org.br/conaler#section-7848434
O contexto da Pandemia da COVID-19 traz para o primeiro plano a saúde dos trabalhadores no exercício de sua profissão. Pesquisadores do Laboratório do Futuro da UFRJ, Dr. Jano Moreira de Souza e os doutorandos Yuri Oliveira de Lima e Diogo Matheus Costa, elaboraram estudo de risco de contágio no exercício de diferentes profissões, considerando
a proximidade física com outras pessoas para o exercício da profissão, numa escala que vai de mais de 30 m (zero pontos) até muito próximo (100 pontos)
a frequência que o exercício da profissão implica em exposição a doenças, numa escala que vai de nunca (zero pontos) até diariamente (100 pontos)
o quanto a prática da profissão exige que o trabalhador mantenha contato com outras pessoas, numa escala que vai de nenhum contato (zero pontos) a contato constante (100 pontos)
Das diferentes profissões, o estudo indica que o exercício da docência implica em risco de cerca de 60 % de contágio pela COVID-19, nos diferentes níveis de ensino (desde Educação Infantil ao Ensino Superior).
Outras profissões e informações podem ser consultadas no site https://impactocovid.com.br/, bem como os parâmetros em que o estudo se baseia.
Painel com dados detalhados da evolução da Covid-19 em Rio Claro. Com base em informações fornecidas pelas Secretarias de Saúde do Município de Rio Claro e do Estado de São Paulo, são apresentados gráficos de tendências e evolução da pandemia, desde a confirmação do primeiro caso.
Três páginas com indicadores relevantes para entender e tomar decisões para enfrentar a pandemia, são atualizadas diariamente. Gráficos mostram como o isolamento em Rio Claro vem diminuindo, principalmente após o dia das mães em maio e, como depois disso, houve aumento acentuado no número de novos casos.
O acesso está no banner do BAC, na forma de um ícone "Situação da covid-19 Rio Claro" .
BOLETIM ANTI COVID-19, Rio Claro: Unesp, n. 32, agosto 2020. Disponível em: https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/ed_anteriores/bac-32-04082020. Acesso em [dia / mês (abreviado) / ano]
Diretor do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. José Alexandre de Jesus Perinotto
Presidente do CEAC-19:
Prof. Dr. José Roberto Gnecco
Editores:
Eduardo Kokubun
Eugenio Maria de França Ramos
Márcia Correa Bueno Degasperi
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Colaboradores:
Bibiana Monson de Souza
Bernadete Benetti
Igor Salomão Monteiro
Roberto Goitein
Maria Christina Amoroso
Auro Aparecido Mendes
José Eduardo F. Ramos
Artes e diagramação:
Arianne Dechen Silva
Mateus Fernando Silva Sales
Lucas Massensini de Azevedo
Angela Ferraz
Vídeos (Lives e Mini-Lives)
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Felipe Renger Ré
Lucas Henrique Silvestrin
Osmar Malaspina