Em live realizada na segunda-feira, dia 13/07/2020, com a presença dos Prof. Jose Alexandre Perinotto, Diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp de Rio Claro e Prof. José Roberto Gnecco, Presidente da Comissão Executiva Anti-Covid-19 do Campus da Unesp de Rio Claro o Prefeito do Muncípio de Rio Claro João Teixeira Junior anunciou a permanência do Município com restrições da Zona Vermelha do Plano São Paulo. Em sua justificativa o Prefeito se apoiou no monitoramento da Covid-19 realizado pela Unesp de Rio Claro que apontou que o número de casos vem duplicando a cada doze dias e poderia chegar a mais de 5 mil casos até o final do mês de julho. Pesou também na decisão, a alta taxa de ocupação dos leitos do município.
É oportuno lembrar que toda a região compreendida pelos 26 municípios do DRS Piracicaba apresentavam em 15/07/2020, ocupação de 85% dos leitos UTI, índice que pode levar toda região a regredir para a zona vermelha.
A Unesp Rio Claro promove mesa redonda aberta à comunidade, em que os convidados debaterão as ações e as perspectivas de futuro(s) frente à pandemia.
A pandemia da Covid-19 que alterou nosso dia-a-dia de maneira tão radical em 2020 promove incertezas em relação a nosso futuro. Quando? Como (e se) acaba?
Haverá oportunidade para perguntas aos convidados.
Convidado
Carlos Magno Castelo Branco Fortaleza
Infectologista, docente e pesquisador da UNESP Botucatu
Membro do Comitê de Contingência do Governo do Estado de São Paulo
Participantes:
Eduardo Kokubun
Docente e pesquisador da Unesp RC
José Alexandre de Jesus Perinotto
Diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp-Rio Claro
José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Diretor do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro
José Roberto Gnecco
Presidente do CEAC-19, docente e pesquisador da Unesp RC
dia: 17/07/2020 (6af)
horário: 10 às 11:30 h
link de acesso https://youtu.be/yuxRM84Dumk
Questões aos debatedores
Estamos recebendo previamente por meio do formulário https://forms.gle/SM3RLACmNx8DrQpx8
Na comunicação humana sempre houve ruídos, notícias desencontradas, “fofocas”, informações que geram momentos de tensão e confusão. Podemos contar alguma situação da qual fomos vítima por consequência de uma notícia falsa ou incorreta.
Com a chegada da Internet e a evolução dos recursos e formas de comunicação, até a chegada das redes sociais, todo esse quadro ficou ainda mais intenso. As oportunidades de ruídos aumentaram e muito.
Hoje é muito mais fácil criar notícias inclusive com recursos audiovisuais e disseminá-las nas redes sociais e aplicativos de mensagens. São notícias com com visual e texto instigantes ou apelativos, conhecidas como fake news. Notícias “criadas” com alguma intenção que não a jornalística, ou seja, de informar.
As fake news, normalmente, possuem características comuns: tratam de um assunto do momento, sem data (assim poderão voltar a ser divulgadas), não tem como provar a fonte de origem, são apelativas e conspiratórias, misturam fatos verídicos com falsos, entre outras. Veja a criação de uma fake news aqui.
No combate as fake news, o WhatsApp restringiu o número de reencaminhamento de uma mensagem para dificultar a sua disseminação.
As redes sociais estão preocupadas em barrar esses conteúdos. O Twitter, por exemplo, está rotulando com cores os posts feitos por políticos e que tenham conteúdo questionável e também está pontuando os usuários de acordo com sua credibilidade positiva e, assim, não destacar perfis falsos.
Existem iniciativas de jornalistas no combate as fake news:
Projeto Comprova: projeto sem fins lucrativos com a união de 28 jornalistas para investigar informações incorretas ou falsas compartilhadas nas redes sociais.
https://projetocomprova.com.br/
Boatos.org sié mantido por jornalistas desde 2013 e atualizado diariamente.
Aos Fatos é uma ação jornalística que se mantém por apoiadores e por parcerias editoriais para análise de notícias.
A Câmara Municipal de São Paulo, por meio da Escola do Parlamento, e com o apoio da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim) lançou a cartilha “Todos contra as fake news”. Possui uma linguagem simples, conceituando fake news, explicando suas consequências jurídicas e a importância da colaboração da sociedade para o seu combate, ressaltando a desinformação.
Notícia sobre o lançamento da cartilha aqui.
Baixar a cartilha aqui
O assunto do momento, a Covid-19, não ficou ileso ao conteúdo falso. Fake news sobre a pandemia podem ser altamente prejudiciais ao combate do novo coronavírus, pois indicam medicações e incentivam comportamentos que não ajudam a minimizar a pandemia e podem ser prejudiciais à saúde individual e coletiva.
Há uma iniciativa da Unicamp para analisar as fake news através do Grupo de Estudos da Desinformação em Redes Sociais (EDReS). Por uma linha de transmissão do WhatsApp +55 (19) 99327-8829, a população pode colaborar enviando as notícias falsas referentes ao novo coronavírus. O EDReS é um grupo interdisciplinar e conta também com a colaboração do Dr. Átila Iamarino. Veja a notícia completa aqui.
Avalie com cuidado as mensagens recebidas, principalmente, pelas ferramentas de mensagem como WhatsApp, Telegram, entre outros.
Ao receber uma notícia falsa, não repasse. É a sua contribuição para uma sociedade melhor.
#Culturaemcasa é um programa da Secretaria de Cultural e Economia Criativa do Governo do Estado de São Paulo.
Totalmente gratuito oferece programação cultural digital para o período de pandemia.
Música, dança, museus, teatro, humor, ópera, gastronomia, literatura e muito mais.
Confira a programação!!! Vale a pena!!!
https://culturaemcasa.com.br/
A Organização Mundial de Saúde (OMS) reconheceu em 7/7/2020 que a transmissão do novo coronavírus pode ocorrer através de partículas microscópicas com menos de 5 micrometros expelidas pela respiração. Até então, OMS acreditava que somente gotículas maiores (5 a 10 micrometros), formadas nos espirros, tosses, e ao falar em voz alta eram responsáveis pela transmissão. Como são maiores, as gotículas cairiam rapidamente no chão, a uma distância de 1,5 m, quando então, não poderiam atingir diretamente o rosto de uma outra pessoa. Uma pessoa seria contagiada se entrar em contato diretamente com o vírus nessas gotículas, estando próxima de quem as expeliu, ou tocando as superfícies onde essas gotículas caíram e levando as mãos para o rosto. Uma carta aberta de 239 cientistas aponta que as partículas microscópicas, chamadas aerossóis podem permanecer suspensos no ar por longo tempo. Em certas condições, como em ambiente fechado sem ventilação, esses aerossóis poderiam infectar as pessoas que lá se encontram. Isso significa que, mesmo estando suficientemente distante de uma pessoa infectada, ou sem levar as mãos ao rosto, alguém pode se contagiar simplesmente inspirando o ar contaminado, coisa muito comum em algumas doenças respiratórias. Ainda não existe estudo científico que comprove a possibilidade de transmissão direta pelo ar. Porém muito sugestivo é o relato de contágio pelo coronavirus em um restaurante. Uma pessoa assintomática foi a um restaurante em Guangzhou comemorar o Ano Novo Chines em 24 de janeiro, após retornar de uma viagem a Wuhan. O restaurante, pouco ventilado estava lotado, com 90 pessoas. Nove clientes foram infectados, todos sentados em três mesas vizinhas ao do primeiro paciente. Uma análise detalhada das circunstâncias revelou que as três mesas estavam a mais de um metro distante das outras, porém na mesma direção da ventilação do ar condicionado. Nenhum dos oito garçons no local nem clientes de outra mesas foram infectados. Nenhum dos infectados naquela noite teve contato com outras superfícies contaminadas. Portanto, gotículas em superfícies não poderiam explicar a transmissão para as pessoas. Aerossóis expelidos pelo paciente, ainda assintomático, teriam circulado pelas mesas levando ao contágio. Favoreceram essa propagação o tempo prolongado de permanência das pessoas em ambiente fechado. Tosses e espirros expelem grandes quantidades de gotículas e aerossóis aumentando a propagação do virus. Mesmo a respiração normal ou a fala lançam aerossóis no ar. Assim, eventos que reúnem muitas pessoas que conversam entre si, cantam ou gritam tem grande potencial para a disseminação do vírus. A respiração normal de pessoas infectadas podem lançar de mil a 100 mil cópias do vírus por minuto. Fala de 5 minutos ou espirro pode liberar até 40 mil gotículas com vírus. Máscaras servem para reduzir, mas não eliminar essa liberação de gotículas ou aerossóis. O uso de máscaras é apontado hoje, ao lado do distanciamento social, uma das medidas mais eficazes para evitar o contágio pelo vírus da Covid-19. Um estudo publicado em 1o. de julho na revista Lancet sugere que o distanciamento de 1 metro entre pessoas reduz a probabilidade de contágio para apenas 3% contra 13% com distanciamento menor. O uso de máscaras pode reduzir o risco de contágio de 17% a apenas 3%. Contudo, nenhuma dessas medidas, evita totalmente a transmissão do vírus. Uma simulação publicada na revista Physics of Fluids mostrou que mesmo máscaras podem deixar gotículas de saliva escaparem e percorrerem a distância de 1,2 m. O reconhecimento da OMS sobre a possibilidade de contágio por aerossóis no ar acende uma luz amarela nos cuidados necessários para evitar a transmissão do vírus da covid-19 em ambientes fechados. Estabelecimentos precisam tomar os cuidados necessários para manter os ambientes bem ventilados. Aparelhos de circulação e condicionadores de ar com filtros mais potentes como o HEPA podem não se suficientes para evitar a propagação do vírus. Embora esses filtros possam capturar o vírus é preciso lembrar que as partículas em suspensão permanecem no ar e circulam até serem capturados pelo filtro. Pode-se dizer que SE o vírus chegar ao filtro HEPA ele será capturado, mas enquanto isso não ocorre, a ventilação do ar ajudará a mantê-los no ar. As pessoas que permanecem por longo tempo nesses ambientes fechados, como funcionários que trabalham, estudantes em escolas também apresentam maior risco de contágio do que pessoas que passam permanecem menos tempo, como os clientes do estabelecimento. A possibilidade de transmissão pelo ar, independente das gotículas, deverá impor mais novas mudanças na organização de atividades humanas e desafios tecnológicos para minimizar a propagação do vírus. Por enquanto, ao alcance de todos nós está o cuidado para evitar ambientes fechados e também para expelir menos aerossóis no ambiente.
Fontes: Barifouse, Rafaerl. Coronavírus: o que significa o alerta da OMS sobre transmissão aérea da covid-19? BBC News. https://www.bbc.com/portuguese/geral-53343977. Acesso em 15/07/2020. Salas, Javier & Zafra, Mariano. Radiografia de três surtos de coronavírus: como se infectaram e como podemos evitar. El País. https://brasil.elpais.com/brasil/2020-06-16/radiografia-de-tres-surtos-de-coronavirus-como-se-infectaram-e-como-podemos-evitar.html. Acesso em 15/07/2020. Forato, Fidel. Nova simulação: é assim que o coronavírus se espalha, mesmo com uso de máscara. Yahoo! Finanças. https://br.financas.yahoo.com/noticias/nova-simula%C3%A7%C3%A3o-%C3%A9-assim-que-194754902.html. Acesso em 15/07/2020. Distanciamento, máscara e proteção ocular são essenciais contra Covid-19. Revista Galileu. https://revistagalileu.globo.com/Ciencia/noticia/2020/06/distanciamento-mascara-e-protecao-ocular-sao-essenciais-contra-covid-19.html. Acesso em 15/07/2020.
Adilson Roberto Gonçalves
IPBEN - UNESP Rio Claro
Todo medicamento precisa passar por uma bateria de testes antes de poder ser comercializado, incluindo sua toxicidade, eficácia, segurança, além do real efeito sobre a doença ou disfunção que pretende tratar. Por isso o desenvolvimento de uma nova droga leva muito tempo, pois protocolos cada vez mais seguros têm sido exigidos por órgãos de controle e adotados por fabricantes. Lidando com o desconhecido, erros sérios podem acontecer.
O caso da talidomida é um triste exemplo de medicamento para o qual as avaliações realizadas na época foram insuficientes para evidenciar todos os efeitos colaterais. A talidomida foi introduzida no mercado em 1957 e tem efeitos sedativos e tranquilizantes para melhorar o sono. Foi logo adotada por gestantes para diminuir o enjoo matinal porque o fabricante alegava total segurança. Mas logo no início dos anos 1960 se provou que a droga causava má formação dos fetos e foi banida dos mercados europeus.
Outro exemplo importante foi o uso do antiinflamatório Vioxx, retirado do mercado em 2004 devido aos efeitos colaterais significativos, especialmente riscos de infarto e derrames cerebrais.
O desenvolvimento de um medicamento parte de conhecimentos prévios e um deles é o estudo do comportamento da doença que se quer combater. Chama-se medicamento off label aquele usado por conta e risco do médico que o prescreve para uma doença nova ou como alternativa contra doença que não possui ainda tratamento, mas que pode resultar em erro médico, uma vez que tal medicamento foi aprovado apenas para tratamentos conhecidos.
Por isso, antiinflamatórios já em uso passaram a ser candidatos para atuar contra a Covid-19. Nessa linha, vieram os antimaláricos e, mais recentemente, remédios contra parasitas. A primeira abordagem é que tais medicamentos já possuem protocolos de segurança determinados, ou seja, foram utilizados em determinados casos e condições e não apresentaram riscos à saúde que sejam superiores aos benefícios que possam proporcionar. Mas há um alerta a ser feito, pois com uma doença nova, as condições críticas do paciente mudam e os protocolos precisam ser revistos e refeitos. Mas é um bom começo. Nos casos específicos da cloroquina, hidroxicloroquina e ivermectina, os pesquisadores mostraram que tais substâncias não possuem qualquer efeito benéfico contra a Covid-19, sendo que no caso da cloroquina problemas cardíacos podem surgir durante a administração da droga.
Assim, esperando por uma vacina segura, as únicas formas de evitar a contaminação pelo novo coronavírus são o distanciamento social, a maior permanência possível em casa, a saída às ruas - quando necessário - devidamente protegido com máscara que cubra nariz, boca e queixo e lavar sempre as mãos com água e sabão.
Quem tem fome tem pressa
Agora a questão é outra:
Direitos trabalhistas
Quem se interessa?
O pedido chega
O entregador se entrega
Rappidez na entrega
Hoje basta, chega!
Carregam o peso nas costas
De precarizações impostas
Suas liberdades postas
Contra a pandemia, opostas
Mesmo com fome na ida
Sentindo o cheiro da comida
Vão à luta, fazem a corrida
Rapidão, o App é mau patrão
Hoje faço menção
Levanto uma moção
Contra a uberização
A favor da justa remuneração
Hoje não peça iFood
Quero pra categoria amplitude
Se a pandemia vem a cavalo
Eles vêm primeiro, no embalo
Igor Salomão Monteiro,
01/07/2020.
Painel com dados detalhados da evolução da Covid-19 em Rio Claro. Com base em informações fornecidas pelas Secretarias de Saúde do Município de Rio Claro e do Estado de São Paulo, são apresentados gráficos de tendências e evolução da pandemia, desde a confirmação do primeiro caso.
Três páginas com indicadores relevantes para entender e tomar decisões para enfrentar a pandemia, são atualizadas diariamente. Gráficos mostram como o isolamento em Rio Claro vem diminuindo, principalmente após o dia das mães em maio e, como depois disso, houve aumento acentuado no número de novos casos.
O acesso está no banner do BAC, na forma de um ícone "Situação da covid-19 Rio Claro" .
BOLETIM ANTI COVID-19, Rio Claro: Unesp, n. 28, julho 2020. Disponível em: https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/ed_anteriores/bac-28-16072020. Acesso em [dia / mês (abreviado) / ano]
Diretor do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. José Alexandre de Jesus Perinotto
Presidente do CEAC-19:
Prof. Dr. José Roberto Gnecco
Editores:
Eduardo Kokubun
Eugenio Maria de França Ramos
Márcia Correa Bueno Degasperi
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Colaboradores:
Bibiana Monson de Souza
Bernadete Benetti
Igor Salomão Monteiro
Roberto Goitein
Maria Christina Amoroso
Auro Aparecido Mendes
Artes e diagramação:
Arianne Dechen Silva
Mateus Fernando Silva Sales
Lucas Massensini de Azevedo
Angela Ferraz
Vídeos (Lives e Mini-Lives)
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Felipe Renger Ré
Lucas Henrique Silvestrin
Osmar Malaspina