Diagrama elaborado com o conteúdo integral das edições do BAC 1 ao BAC 99
com o App WordCloud
Márcia Correa Bueno Degasperi
Unesp
Eduardo Kokubun
Unesp
Eugenio Ramos
Unesp
Adilson Roberto Gonçalves
Eduardo Kokubun
Eugenio Maria de França Ramos
Márcia Correa Bueno Degasperi
Equipe Editorial do BAC
A frase do subtítulo expressa a preocupação formativa e informativa do Boletim Anti Covid-19, o BAC, que atinge hoje o centésimo número no seu primeiro aniversário.
O Boletim nasceu em uma das ações do grupo de trabalho Divulgação da Comissão Executiva Anti Covid-19 da Unesp Câmpus de Rio Claro, que entre outros grupos de trabalho (como os GTs Ação Social, Monitoramento, Articulação) procurava engajar docentes, pesquisadores, servidores técnico-administrativos e estudantes da Unesp no enfrentamento da pandemia da Covid-19. A hashtag #UnespRCpelaVida foi criada procurando expressar a causa principal do trabalho coletivo.
Naquela oportunidade, meados do primeiro semestre de 2020, mesmo tendo sido desencadeada há pouco menos de quatro meses, a pandemia do novo coronavírus já espalhava muitas fake news pelas redes sociais. Contra a má informação, não lave as mãos, era o subtítulo da matéria.
O BAC era publicado diariamente, pinçando informações, novos conhecimentos científicos e notícias sobre a Sars-Cov2 e seus reflexos na vida das pessoas e da sociedade. A prioridade dos editores, que se reúnem online diariamente, é de contextualizar o conteúdo para a realidade do município de Rio Claro: como anda pandemia propriamente dita, como as pessoas reagem, como enfrentar os seus efeitos, como manter uma vida quase normal e com segurança.
A partir da edição 26 (3/7/2020), coincidente com os 100 dias da pandemia em Rio Claro, foi incluído o Expediente ao final no boletim e as matérias elaboradas pelos editores passaram também a ser assinadas. A inclusão das várias seções que pode ser verificada pelos sumários compilados para esta edição especial se deu ao longo do tempo mediante avaliação de necessidades, um contínuo processo de aprendizagem. Informações culturais e a seção Unesp Rio Claro na Mídia se tornaram permanentes no boletim, que passou a adotar o subtítulo Arte e Ciência em foco a partir da edição 76.
A evolução da pandemia em Rio Claro foi o fio condutor das edições, com avaliação constante e atualizada do número de novos casos, de óbitos, de recuperados, de internados. Os gráficos foram elaborados pelo Grupo de Monitoramento da Covid-19 da Unesp Rio Claro e sua interpretação feita pelo professor Eduardo Kokubun. Nas primeiras edições havia a preocupação de informar o painel com a situação diária da Covid-19 que foi substituído por um link com atualização automática no início da página, como anexo ao BAC.
Marcos.
As 100 mil mortes pela Covid-19 foram lembradas com edição de luto, silenciosa (BAC 33), repetida na edição 72 (8/1/2021) quando o número de vidas perdidas dobrou. A partir das considerações do professor José Alexandre Perinotto, um mapa da região de Rio Claro foi incorporado ao BAC, mostrando a soma da população das cidades equivalente ao número de mortos. O vacinômetro, com informações sobre o número de vacinados com primeira e segunda doses no município de Rio Claro, passou a ser publicado a partir da edição 79.
Paralelamente ao BAC, no emblemático 5 de junho de 2020 foi iniciada a transmissão de entrevistas no canal youtube chamadas de Diálogos Unesp (link aqui). O conjunto de 11 entrevistas pré-gravadas e um vídeo curto sobre taxa de transmissão podem ser assistidos. No BAC foram feitas as chamadas para os vídeos e, posteriormente, resumos comentados das entrevistas.
Usando a ferramenta blogger o endereço https://bacunesprc.blogspot.com/ remete ao blog criado em 17 de dezembro de 2020, de mesmo nome, inicialmente usado como plataforma de elaboração dos textos para este boletim, passando a reproduzir as matérias, publicando as mais urgentes que não poderiam esperar uma edição do BAC.
Márcia Correa Bueno Degasperi
UNESP
A universidade aderiu ao teletrabalho diante da pandemia do novo Coronavírus.
As aulas e demais atividades que pudessem ser realizadas de forma remota foram assumidas para que a saúde e segurança de todos fossem preservadas.
Assim, a produção da Unesp câmpus de Rio Claro não parou e a criação da Comissão Executiva Anti-Covid deu apoio à cidade na administração da pandemia.
Para mostrar as atividades desenvolvidas pela Unesp câmpus de Rio Claro, foram compiladas as notícias e matérias de divulgação na mídia e fontes oficias de informação.
Confira no link Unesp na Mídia
Edson Denis Leonel
UNESP
A publicação do centésimo Boletim anti-covid - BAC - é por si só um motivo de comemoração. Não obstante, ela deve ser um marco para celebrar também o início do semestre no IGCE em 19/04/2021.
Após um ano da criação do comitê anti-covid do Câmpus da Unesp de Rio Claro, muito foi feito em prol de resguardar a vida de sua comunidade científica/acadêmica e a principal medida tomada para isso foi a adoção do trabalho realizado em casa, o tradicional home office. Temos registrado casos de Covid na comunidade do IGCE, mas todos os casos foram adquiridos externamente ao Câmpus o que é uma indicação inequívoca do sucesso da escolha de se adotar o distanciamento social.
A maioria das aulas do ano letivo de 2020 foram ministradas de forma remota no IGCE em ambos cursos de graduação e pós-graduação. Um número muito reduzido de disciplinas de graduação não pôde ser concluído com o término do ano letivo e isso se deve à natureza da disciplina por envolver atividade em campo, ou seja, aula fora da sede. Essas disciplinas são prioridade de acontecer presencialmente tão breve as condições sanitárias permitam.
Com o início do ano letivo de 2021 ocorrido em 19/04/2021, o IGCE oferece todas as disciplinas dos cursos de graduação para os alunos veteranos e a quase totalidade delas para o primeiro ano dos variados cursos. Foi uma medida de inclusão adotada permitindo aqueles alunos veteranos que não puderam concluir as disciplinas do primeiro ano de seus cursos com sucesso, por motivos diversos, pudessem agora cursá-las sem comprometer ainda mais o bom sucesso e o bom andamento de seus estudos em nível de graduação. Essa medida visa reduzir também os prejuízos causados na carreira dos alunos devido a pandemia da covid-19.
O oferecimento das disciplinas aos alunos ingressantes ocorrerá tão breve eles cheguem, o que depende de condições sanitárias e epidemiológicas e também de um grande esforço da Vunesp para a aplicação e correção das provas da segunda fase do vestibular. Datas tentativas para o exame apontam para dias 08 ou 15 de maio e dependem muito das condições sanitárias para o período em questão.
Enquanto aguarda o término do decreto da pandemia, algo que passa longe de ter uma data específica, a Unesp segue formando seus alunos de graduação com formatura dos alunos do IGCE programada para 06 de maio de 2021 as 19h. Ademais segue também formando seus alunos de pós-graduação com defesas de mestrado e doutorado sendo realizadas com sucesso. O aprimoramento das atividades da Unesp após a chegada da pandemia também permitiu que as atividades científicas continuassem sendo realizadas e muitos artigos científicos internacionais continuam sendo publicados em periódicos de alta qualidade assim como a busca incansável pela inovação social e tecnológica.
Estamos vivenciando o exato ponto que marca a transição separando o antes e o pós-pandemia. A Unesp, que é composta por sua equipe de servidores docentes, não docentes e estudantes, fez um grande esforço para se remodelar e se aprimorou, modernizou a forma de lidar com os problemas e processos e sobretudo acolheu. Seu papel na sociedade continua sendo de formar estudantes de alto nível para as mais diversas áreas e necessidades da sociedade o que tem feito com sucesso. Que venham logo as vacinas e a segurança para a população brasileira permitindo o retorno das atividades presenciais na Unesp e em todas as outras instituições de ensino.
José Roberto Gnecco
Presidente do Comitê AntiCovid-19 da UNESP/RC
Infelizmente, o Boletim AntiCovid-19 da Unesp completa 1 ano de publicação.
Inicialmente, todos achávamos que, com o adequado enfrentamento da pandemia, em menos de um ano estaríamos no “novo normal” com muitos cuidados, mas sem novas mortes. Nosso “novo normal” está sob ameaça permanente entre a vida e a morte e mesmo assim muitos não acreditam – para se ver o efeito que tem um presidente que fala tudo que não deveria falar e faz tudo que não deveria fazer: brasileiros tomam ivermectina, cloroquina, azitromicina, ozônio, chás diversos, etc., e vacinação é coisa do demônio governador comunista petista.
A ignorância é contagiosa e a mídia faz sua parte acalmando a população de que tudo está e estará bem. Quando o vírus surgiu na China: “- Ah, isso é coisa daquela ditadura, se não tivessem escondido informações, Trump e Bolsonaro teriam tomado todas as atitudes corretas a tempo”; quando o vírus matava 900 por dia na Itália, as reportagens eram para nos fazer chorar pensando nas famílias despedaçadas! Agora, 3.000 brasileiros morrem por dia e está tudo normal, assunto na mídia é o último xingamento do presidente ao STF, a última briguinha com o governador, o orçamento federal... A política tem que parecer um circo, porque não interessa à mídia que a população vá exigir “padrão FIFA” na Saúde, isso é só contra o governo que foi derrubado!
A pandemia de gripe suína matou por ano no Brasil menos que a COVID-19 mata num dia, a zika e a chicungunha mataram no Brasil menos que a COVID-19 mata num dia, mas a mídia as destacava para acusar o governo de incompetência. Agora, o capitão pode continuar um incompetente genocida, desde que continue café-com-leite e não atrapalhe os interesses financeiros dos grupos empresariais que o apoiam.
Para quem pensa que essa é uma realidade muito distante de nós, foi na CNN Brasil que saiu a notícia da apuração da compra de EPIs não entregues pela Prefeitura de Rio Claro e só depois na mídia local. A Unesp emprestou as máquinas para os exames para detecção em tempo real da COVID-19 previstos gratuitamente no Protocolo do Estado, mas os rio-clarenses a eles não tinham acesso embora o Protocolo previsse que as Prefeituras que coletassem as amostras estas seriam analisadas gratuitamente pelo Estado. Quando saiu na imprensa que prefeito, secretários e vereadores tinham feito o exame e percebi que a população rio-clarense ao exame não tinha acesso, liguei para um dos órgãos de imprensa locais e expliquei que, quando alguém aparecia com sintomas leves numa Unidade de Saúde, era recomendado se trancar em casa e voltar daí a 15 dias para fazer o exame de sangue e saber se tivera COVID-19: após 15 dias, essa pessoa já teria sarado, internado ou morrido, sem saber o resultado do teste que para nada mais serviria. Propus a um órgão de imprensa local que fizesse jornalismo investigativo acompanhando uma pessoa sintomática para ver como era atendida nas Unidades de Saúde, mas o jornalista disse que não estava entendendo e que não faria isso. Não para todos, mas para certos jornalistas, ficar bem com os políticos e comerciantes locais é mais importante que apurar e noticiar a verdade. Foi a imprensa que derrubou o presidente Nixon com o Watergate, o primeiro-ministro Tony Blair pela mentira das armas de destruição em massa no Iraque, etc., mas a imprensa no Brasil está aí para acalmar ou agitar a população conforme os interesses financeiros de quem tem poder – afinal a imprensa brasileira é composta por empresas que sobrevivem de pagamento pelos seus patrocinadores. Mesmo assim, deixo claro que ruim com essa imprensa, pior sem ela.
Foi para isso que surgiu o BAC: para fazer jornalismo investigativo e abrir espaço para análises científicas que a imprensa regular não faz.
Alexandre Perinotto
UNESP
As futuras gerações lerão e vão encarar o que vivemos hoje com angústias profundas e incertezas gritantes, como mais um evento da longa história humana? Como fazemos hoje em relação à “gripe espanhola”? Foi um marco!? Uma guinada?! Será? O que veio antes? Como foi o durante e o após?... Infectologistas, sociólogos, pesquisadores e estudiosos...todos terão pontos de vista sobre a COVID-19, que passou por 20, 21, 22...
As abismais e injustas diferenças na sociedade humana, com ênfase à brasileira, se escancararam durante a pandemia. Brutal concentração de renda...Falta de saneamento básico, coisas tão elementares, fizeram grande diferença...Mortes, sofrimento que não cabe na lógica ... Auxílio (?) emergencial pouco ajudou...
E o Brasil protagonizou uma das páginas mais deprimentes e repulsivas da história. Nada vem “do nada”... vivemos a consequência de muita ignorância (em todos os sentidos e conotações da palavra... “aquele que desconhece a verdade é simplesmente ignorante. Mas, aquele que a conhece e a afirma como mentira, é um criminoso” – B. Brecht), da falta de escrúpulos, do desprezo aos mais elementares valores humanos, da completa ausência de empatia e respeito por parte do governo para com a população.
A CIÊNCIA, que tantos benefícios aportou à boa qualidade de vida da pessoa e do meio ambiente ao longo dos muitos anos, os leitores do futuro, consternados, verão que foi aqui negligenciada. Foi tripudiada “terraplanisticamente”, bombardeada por fake news com patrocínio oficial, assolada por ventos medievais que, impiedosamente, sopraram do Planalto, reforçados por atitudes mórbidas de uma família, seus inescrupulosos asseclas e milicianos. Só com muita luta e galhardia heroica, cientistas, médicos e profissionais da saúde conseguiram sucesso, lento e perseverante, para, com perdas de vidas em seus quadros, vencer a COVID.
As entidades públicas, com ênfase ao SUS, Universidades e Centros de Pesquisa, mostraram-se fortes e obstinadas, e mesmo com os parcos recursos existentes e com cortes sucessivos em seus orçamentos, atuaram como esteios, fortalezas e protagonistas de campanhas e projetos de sucesso. Foram as grandes responsáveis pelo sucesso no combate à COVID.
A humanidade, comparativamente a pandemias anteriores, lerá sobre a COVID de forma diferente. A comunicação em tempo real fez e faz a diferença. O que acontece nos pontos mais longínquos do planeta foram e são conhecidos instantaneamente. Muitos povos tiveram sofridas perdas, mas seus governos foram altivos, sérios e solidários. Que pena que aqui não vivemos isto e, ao contrário, tivemos que lutar contra ações do Governo Federal! Vacinação virou assunto do cotidiano e cada pessoa vacinada era parabenizada. No Brasil, Butantan e Fiocruz, ENTIDADES PÚBLICAS, mostraram-se competentes e eficazes, mesmo com absurdas e obscurantistas campanhas antivacinas.
Mas, diante de tudo isto, sempre aprendemos. Vimos que muitas atividades são possíveis ser realizadas de forma remota, outras mostraram que a presença é fundamental. Abraços tornaram-se atos essenciais... e como a história sempre é contada pelo vencedor, as futuras gerações, com certeza, lerão nossa versão.
Rodrigo Braga Moruzzi
Maurício Humberto Vancine
Eduardo Kokubun
Adilson Roberto Gonçalves
Grupo de Monitoramento da Covid-19 da UNESP-Rio Claro
O inverno está chegando e com ele uma significativa mudança nas condições para o aumento das doenças respiratórias: tendemos a fechar o ambiente em que nos encontramos para evitar correntes frias, a umidade do ar diminui que ressecam as mucosas das vias aéreas, além de outras causas que favorecem as crises respiratórias. Esses fatores podem agravar o pior momento, da pior pandemia e talvez do pior vírus respiratório da história contemporânea do ser humano. Não é cedo começar a pensar agora nas implicações do período do inverno sobre a pandemia e o sistema de saúde de nosso município.
Nós do Grupo de Monitoramento da Covid-19 da UNESP-Rio Claro reunimos informações para entender o comportamento das curvas de internações do ano passado, com o intuito de auxiliar na melhor estratégia para tentar conter o avanço do vírus da Covid-19 nesse período e tentar evitar o colapso dos nossos hospitais. Compilamos diversas informações sobre o número de novos casos, casos ativos, número de reprodução (Rt – quantas pessoas transmitem o vírus a outras pessoas), número de internações por Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SARGs) e por Covid-19, número de internações em UTIs e por faixa etárias e informações de óbitos, além de modelos matemáticos epidemiológicos.
Acompanhando a tendência no Brasil, Rio Claro teve duas ondas: a primeira que durou até a o final de setembro e uma segunda que se seguiu. O gráfico abaixo apresenta o número de casos ativos, que são aqueles infectadas com potencial de contagiar outros. Os epidemiologistas procuram prever o curso de uma pandemia considerando a probabilidade de uma pessoa suscetível (S) encontrar uma pessoa infectada (I) e contrair a doença. Uma vez infectada ela pode ser removida (R) ou porque se curou ou foi a óbito. As curvas laranja e vermelha mostram a previsão desse modelo conhecido como SIR para as duas ondas (veja matéria no BAC sobre o modelo SIR). A curva vermelha da segunda onda mais alargada pode ter sido causada ou porque aumentou a infecciosidade, ou o tempo para recuperação, ou ambos em proporções semelhantes.
Tivemos a preocupação em analisar o impacto de duas medidas recentes de distanciamento social: a primeira, a Fase Emergencial do Plano São Paulo, que vigorou no Estado de São Paulo entre os dias 15/03 e 11/04; e segundo, a paralisação de grande parte dos serviços em Rio Claro em dois momentos, entre os dias 26/03 e 29/03, e depois entre os dias 31/03 e 05/04.
O número de casos novos apresentava tendência de aumento em dezembro de 2020, que se seguiu estável duranto todo o janeiro de 2021, sofrendo uma queda no início de fevereiro. Porém, durante o mês de março, houve um aumento substancial, chegando ao pico de casos, com mais de 100 em um único dia (por volta do dia 20/03). A implatação da Fase Emergencial do Plano São Paulo, somado às restrições em Rio Claro, fizeram com que os casos diminuíssem aos patamares do início de março. Entretanto, esse patamar é o mesmo da pior fase de 2020. Notamos também que durante os meses de invernos de 2020 (junho e julho) coincidiram com os picos da primeira onda da pandemia.
O número de casos ativos, que representa o número de pessoas ainda doentes com potencial de infectar outras pessoas, apresenta comportamento semelhante ao de novos casos. A redução no número, que começou a ocorrer após as fases restritivas, ainda não foram suficientes para afastar a ameaça de novo recrudescimentos.
O número de reprodução (Rt) representa o número de pessoas para o qual um infectado pode transmitir a doença. Após a implantação das fases restritivas, o Rt começou a diminuir e permaneceu abaixo de 1. Nesse momento, o número de novos casos começa a reduzir. Porém, a partir da 2ª semana de abril, o Rt voltou a aumentar, aproximando-se de 1. O desejável é que esse valor permaneça menor do que 1 durante o tempo suficiente para reduzir significativamente o número de casos novos e casos ativos.
A ocorrência de óbitos está altíssima, principalmente quando comparamos com o pico da primeira onda em junho e julho de 2020. Como podemos notar no gráfico de óbitos, a média móvel para os sete dias durante todo ano de 2020 não passou de duas pessoas por dia. No início de março desse ano, a média disparou, chegando ao pico de mais de quatro novas mortes em média por dia em meados do dia 20/03. Apesar desse valor estar oscilando agora no em torno de 3 a 3,5, é um valor muito alto, principalmente se comparado com o mesmo período, ou seja, abril do ano passado.
O número de pessoas internadas está muito mais elevado do que todo ano de 2020, tanto nos hospitais públicos como particulares. Nos hospitais públicos, as internações em enfemarias vêm diminuindo após a vigência das fases restritivas. Entretanto, nas UTIs seguem em torno da capacidade máxima.
Nos hospitais particulares as internações em enfemarias e nas UTIs atingiram números muito superiores aos do ano passado. Com a vigência das fases mais restritivas, esses números começaram a reduzir.
Em resumo, a gravidade da pandemia é maior nesta segunda onda do que na primeira. As medidas adotadas na Fase Emergencial do Plano São Paulo e das restrições impostas no município de Rio Claro melhoraram a situação dos leitos em ambos os hospitais públicos e privados. Contudo, essas medidas ainda não conseguiram reduzir suficientemente a força da pandemia. É como se alguém estivesse com 41 graus de febre e temos conseguido reduzi-la para 39 graus. Sem dúvida, é uma melhora, porém não de pode dizer que houve cura.
Assim é a situação atual da pandemia em Rio Claro e outros municípios do Estado de São Paulo e país: diminuiu, porém não acabou.
A chegada do inverno poderá voltar a acelerar a pandemia. É melhor entrarmos na estação mais fria sem febre ou, pelo menos, muito mais baixa do que agora.
Bernadete Benetti
Bibiana Monson de Souza
UNESP
A Unesp, como Universidade Pública, sempre realiza uma Ação Social, com pesquisas, formação de pessoas (em nível de graduação, pós-graduação e extensão universitária) e com ajuda e apoio aos estudantes.
A pandemia da Covid-19 trouxe novas urgências à essa Ação Social.
O grupo de trabalho de Ação Social, parte integrante da Comissão Executiva Anti Covid-19 da UNESP em Rio Claro, iniciou uma de suas ações - a Campanha Solidária - arrecadando alimentos, produtos de limpeza e higiene e agasalhos, já em abril de 2020.
O BAC abrigou essa campanha.
O BAC nos permite divulgar os resultados de nossos trabalhos numa página permanente (clique aqui para acessar o Painel do GT Ação Social), em que exibe a solidariedade de pessoas anônimas e da própria Unesp, que resultou na arrecadação, até o momento, de 5 toneladas de alimentos e mais de 10 Kombis lotadas com roupas diversas.
Sem dúvida, muito foi feito.
Mas ainda há muito a fazer.
A fome e o desamparo aumentam com as falhas no enfrentamento à pandemia, levando mais pessoas a situações de insegurança social.
Somos gratos às pessoas que confiaram e se uniram a nossa causa. Por elas estamos felizes e reconfortados.
Mas o sentimento de felicidade também acompanha nossa sensação de angustia e tristeza pelas vidas perdidas.
Brincamos com a ideia da contaminação do bem, pedindo às pessoas que se contaminem com a solidariedade.
Nossa causa pela solidariedade continua.
#UnespRCpelaVida
Igor Salomão Monteiro
UNESP
Mantenha acesa a sua luz
Ainda que seja um fiapo de chama
Resista de candeeiro aceso
O corpo é templo, não é indefeso
Mantenha acesa a sua luz
Que esperança nos conduz?
Ela está dentro, nos chama
Ninguém a rouba, é Chama
Ainda que haja lutas e aflições
Perdas, lutos e negações
Há vida além do agora, lá fora
Além deste lugar, vem, vambora
Ainda que haja esgotamentos
O governo sendo social espelhamento
Esgotos sujos no parlamento
A leveza do ser é doce rebento
O útero é escuro, mas é passagem
Embora haja contrações voluntárias
De posições obscuras e autoritárias
A vacina e a vida pedem passagem
O útero é escuro, mas é passagem
O reacionarismo e o retrocesso
Não impedem o parto, nem o progresso
A esperança é real, não é miragem
Luiza de Souza Barbieri
Sou criança
Cheia de esperança
Que essa pandemia termine
Que eu, que você se anime
Mas é necessário que todos façam a sua parte
Usar máscara, agora faz parte.
Assim protegido você está
Assim mais difícil será para se contaminar
Eu sinto saudades dos meus amigos
Sinto saudades desse mundo lindo
Nesse mundo era só positividade
Agora calada e fechada esta essa cidade
Minha família é tudo o que quero de volta
Depois vamos viver lá fora, com bondade
Ajudaremos a humanidade
Que tal fazer a sua parte?
Agora é preciso viver em estado de arte
Pense pelo lado positivo
Você não está sozinho
Esta on-line com seus amigos
E o melhor, com a saudade o amor cresce mais e mais
Das pessoas mais perto estará
Por trás das câmeras se acostumará
Vamos viver e nos divertir
No final da pandemia vamos todos nos...
...REUNIR
Diálogos Unesp RC entrevistou em 12/1/2021 o Prof. Osmar Malaspina sobre a importância da vacinação contra a Covid-19. O vídeo está disponível no canal dos Diálogos no Youtube.
segundo estatísticas oficiais.
Prof. José Alexandre de Jesus Perinotto
(atualizado pela Comissão Editorial em 06/04/2021)
Prof. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
A UNESP – Universidade Estadual Paulista é um patrimônio do povo de Rio Claro e de São Paulo. Sua presença, há mais de 60 anos no município, tem impacto altamente positivo em vários aspectos da vida da cidade. A Universidade Pública, ao promover Educação de Qualidade, Pesquisas Científicas Fundamentais e Extensão Universitária para a Comunidade (e dinamizar a economia local), é uma estrutura estadual séria e comprometida com as boas práticas, que visa, sobretudo, a construção da verdadeira cidadania de que tanto o país necessita.
Por isso a UNESP conta com seu apoio e o da comunidade de Rio Claro em suas iniciativas.
Na fase atual, todas as medidas para evitar a transmissão devem ser tomadas.
Ficar em casa se estiver doente
Usar máscaras em locais públicos ou quando estiver perto de pessoas que não moram com você, especialmente se as medidas de distanciamento social são difíceis de cumprir
Manter o distanciamento social de pelo menos 1,5 m
Antes de sair, informar-se sobre medidas de prevenção extra que estão sendo tomadas no local de destino
Lavar as mãos com água e sabão por pelo menos 20 segundos quando chegar no destino e em casa
Higienizar produtos de compras, sapatos, roupas e quaisquer objetos ANTES de entrar em sua casa
Evitar aglomerações e locais com alta taxa de ocupação
Evitar locais com baixa ventilação ou ambientes fechados
Evitar contato prolongado (maior do que 15 minutos) com outras pessoas principalmente de fora do círculo usual de relacionamento
Evitar locais onde as pessoas falam em voz alta, gritam ou cantam
A campanha para apoio a vulneráveis com arrecadação de alimentos não perecíveis, itens de higiene pessoal, limpeza e agasalhos continua em andamento.
Os pontos onde os produtos podem ser doados são:
* Portaria da UNESP - Av 24-A, 1515
- Bairro Bela Vista.
* Pantoja Supermercados - Lojas 1 e 2
* Rotisserie DISK FRANGO Rio Claro - Av. 1, 503. Centro
Grupo Apoio Social
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#UnespRCpelaVIDA
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BOLETIM ANTI COVID-19, Rio Claro: Unesp, n. 100, abril 2021. Disponível em: https://sites.google.com/unesp.br/boletim-anti-covid-19/ed_anteriores/bac-100-20042021. Acesso em [dia / mês (abreviado) / ano]
Diretor do Instituto de Biociências da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. José Euzébio de Oliveira Souza Aragão
Diretor do Instituto de Geociências e Ciências Exatas da Unesp-Rio Claro:
Prof. Dr. Edson Denis Leonel
Presidente do CEAC-19:
Prof. Dr. José Roberto Gnecco
Editores:
Eduardo Kokubun
Eugenio Maria de França Ramos
Márcia Correa Bueno Degasperi
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Colaboradores:
Bibiana Monson de Souza
Bernadete Benetti
Roberto Goitein
Artes e diagramação:
Arianne Dechen Silva
Mateus Fernando Silva Sales
Lucas Massensini de Azevedo
Angela Ferraz
Vídeos (Lives e Mini-Lives)
Lucas Massensini de Azevedo
Adilson Roberto Gonçalves
Felipe Renger Ré
Lucas Henrique Silvestrin
Osmar Malaspina