apóstolo Paulo de Tarso

Caridade, a maior das virtudes

       apóstolo Paulo de Tarso (c. 5-67 d.C.)

Extraído de:

Primeira carta aos coríntios, capítulo 13.

HINO À CARIDADE

Aspirem aos dons mais altos. Aliás, vou indicar a vocês um caminho que ultrapassa a todos.

Ainda que eu falasse línguas, as dos homens e as dos anjos, se eu não tivesse a caridade, seria como um bronze que soa ou como um sino que retine.

Ainda que eu tivesse o dom da profecia, o conhecimento de todos os mistérios e de toda a ciência; ainda que tivesse toda a fé, a ponto de transportar montanhas, se não tivesse a caridade, eu nada seria.

Ainda que eu distribuísse todos os meus bens aos famintos; ainda que entregasse o meu corpo às chamas, se não tivesse a caridade, isso nada me adiantaria.

A caridade é paciente, a caridade é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho.

Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor.

Não se alegra com a injustiça, mas se alegra com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta.

A caridade jamais passará. Quanto às profecias, desaparecerão. Quanto às línguas, cessarão. Quanto à ciência, também desaparecerá.

Pois o nosso conhecimento é limitado, e limitada é a nossa profecia. Mas, quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá.

Quando eu era criança, falava como criança, pensava como criança, raciocinava como criança. Depois que me tornei homem, fiz desaparecer o que era próprio da criança.

Agora, vemos em espelho e de maneira confusa, mas, depois, veremos face a face. Agora, o meu conhecimento é limitado, mas, depois, conhecerei como sou conhecido.

Agora, portanto, permanecem fé, esperança, caridade, estas três coisas. A maior delas, porém, é a caridade.

—  Paulo

Primeira carta aos coríntios, cap. 13.

Bíblia, Novo Testamento.