Maciez móvel
Problemas:
Febre 3 meses
Emagrecimento 3 meses
moradora de rua
Relação sexual sem preservativo
Etilista crônica
Parceiro com mesmas lesões
Constipação
Dor abdominal inferior com irradiação para flanco, hipocôndrio esquerdo e lombar
Buscopan-> constipação (?)
Hipóteses:
ISTs -hiv, hepatite- com infecção secundária;
Hepatite;
Ca -> fígado e intestino;
Cirrose;
Abcesso intestinal.
Hipótese diagnóstica:
Ascite à esclarecer causa
Lesão de pele -impetigo-, provável escabiose.
Causas de ascite:
Comprometimento hepático;
máculas de 2 a 3 mm hipercromicas;
ulcerada com halo avermelhado de 1cm e com crosta em flanco direito.
Discussão de caso:
Exame Físico - ASCITE GUIADO:
Semi-circulo de SKODA: Inicio CIMA-BAIXO -> achar a altura do semi-circulo e entender o quão lateralizado/horizontal esta o liquido
Piparotti: Sentir a onda da água para entender se realmente é algo liquido
"Macicez Móvel": Ver a movimentação do líquido - macicez móvel
Febre referida há 3 meses- temperatura no leito: 37,8°C
Causas de Ascites:
História - Moradora de rua , constipação , etilista , tabagista , pode ter IST e lesões de pele (noite piora muito com prurido e lesões - parceiro também têm) - ESCABIOSE
(OBS: para dermatografia na escabiose)
Exame físico abdominal:
Inspeção: Abdome globoso, hiperestendido com lesões maculopapulares hiperemiadas
Ausculta: RHA+
Percussão:
Palpação:
superficial: globoso e tenso
profunda: dor a palpação profunda nos quadrantes esquerdos
Problemas:
Febre há 3 meses
Emagrecimento
Moradora de rua
Refere relação sexual desprotegida
Etilista crônica
Parceiro com as mesmas lesões
Constipação
Dor no abdômen inferior que irradiava para flanco lombar e hipocôndrio esquerdo
Fez uso de buscopan (constipação?) escopolamina
Hepatomegalia
Hipóteses diagnósticas:
Ascite a esclarecer, com possíveis diagnósticos diferenciais:
Hepatite (outras causas)
IST (+ Infecção secundária ) 1,2,8
HIV (+ Infecção secundária)
Neoplasia (fígado ou intestino) 1,7,8
Abscesso intestinal 1,7,8
Cirrose 5,10
Exames pedidos:
AST, ALT
Hemograma completo
Urina tipo I
PCR
Cultura do líquido ascítico
Testes rápidos para ISTs
Ultrassom abdominal
3,4 albumina no sangue; 2,4 de albumina no líquido ascítico
Questões:
Pesquisar sobre melena.
Quais as principais causas de ascite?
Procedimento de paracentese, deve ser guiada por ultrassom? (lado correto)
Qual a relação entre albumina no sangue e no líquido ascítico?
Quais exames e como saber a relação disso com as hipóteses diferenciais?
Fontes usadas:
https://www.scielo.br/j/ramb/a/bhH9F9xSpJfDD9NXdTRg59L/?lang=pt# -> Revista da Associação Médica Brasileira
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/admin,+ART.265.BJHR.pdf -> Brazilian Journal of Health Review
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/5899-Texto%20do%20Artigo-16364-1-10-20120326.pdf -> Revista de Ciências Médicas e Biológicas
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/5008621/mod_resource/content/1/Ascite.pdf
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2018/03/881488/ascite-diagnostico-diferencial-e-manejo.pdf
file:///C:/Users/Usuario/Downloads/57800-Texto%20do%20artigo%20completo-73708-1-10-20130625.pdf -> Revista de Medicina, Hemorragias de causas digestiva
https://amb.org.br/files/_BibliotecaAntiga/hemorragias-digestivas.pdf -> Associação Médica Brasileira e Conselho Federal de Medicina
1.Pesquisar sobre melena.
Melena são fezes escuras, quase pretas e pastosas, lembrando borra de café ou piche; elas se explicam pela presença de sangue no aparelho digestivo, pois era tais casos a origem da hemorragia se situa geralmente nos segmentos mais altos do trato digestivo.
São principais causas de melena as mesmas afecções indicadas como causadoras da hematêmese do esôfago e do estômago e duodeno, sendo que as do intestino delgado produzem principalmente melena e, só eventualmente, hematêmeses.
A hemorragia digestiva aguda, evidenciada clinicamente pela exteriorização de hematêmese, melena ou enterorragia, é uma causa frequente de hospitalização de urgência. As hemorragias que decorrem de lesões proximais ao ligamento de Treitz são consideradas hemorragias digestivas altas (HDA) e, distais a ele, hemorragias digestivas baixas (HDB). Habitualmente, a HDA expressa-se por hematêmese e/ou melena, enquanto a enterorragia é a principal manifestação da HDB. No entanto, HDA de grande vulto pode produzir enterorragia, da mesma forma que lesões baixas, do cólon direito ou delgado terminal podem manifestar-se com melena.
A ocorrência de melena é mais provável quando a hemorragia tem origem no esôfago, estômago ou intestino delgado. A cor negra da melena resulta do sangue exposto aos ácidos e às enzimas do estômago por várias horas e das bactérias que se alojam normalmente no intestino grosso. A melena pode continuar por vários dias depois de a hemorragia cessar.
2. Quais as principais causas de ascite?
Na ascite, a origem do líquido que se acumula na cavidade peritoneal pode variar, entretanto a causa de maior prevalência é a doença hepática, representando 80% dos casos, sendo a complicação mais comum na cirrose (50% dos pacientes em 10 anos de doença). Outras causas, assim como a cirrose hepática, são insuficiência cardíaca congestiva, hipoalbuminemia, infecções e neoplasias.
Deve-se incluir a história clínica com antecedentes pessoais, exame físico, ultrassonografia de abdome e prosseguir com exames laboratoriais de função hepática, função renal, eletrólitos, assim como a paracentese para análise do líquido ascítico e diagnóstico de infecções.
Nesse sentido, na história clínica, deve-se questionar episódios prévios de dor abdominal, inchaço, perda de apetite, náuseas, vômitos e dificuldade respiratória levando em consideração o tipo de ascite. Paracentese diagnóstica é indicada para todos os pacientes com ascite de início recente, de grau II e III, sinais ou suspeita de infecção4 , como a peritonite bacteriana espontânea (PBE), e cirróticos admitidos no ambiente hospitalar.
Teorias da formação de ascite no cirrótico:
O desenvolvimento da ascite é a consequência final de uma série de anormalidades anatômicas, fisiopatológicas e bioquímicas que ocorrem em pacientes com cirrose hepática. Três teorias foram elaboradas ao longo do tempo para explicar o surgimento da ascite no cirrótico: o "underfill" (baixo-enchimento), o "overflow" (super-fluxo) e a vasodilatação. A visão moderna preconiza que as três teorias estão presentes no mesmo paciente com cirrose, em maior ou menor grau dependendo da fase e do tempo de doença. A teoria da vasodilatação estaria presente na fase pré-ascítica e seria importante em toda a evolução posterior. A teoria do "overflow" seria a mais importante nos primeiros meses do desenvolvimento da ascite no cirrótico, e a teoria do "underfill" explicaria a maior parte dos achados em pacientes com vários meses de ascite.
A teoria da vasodilatação veio harmonizar as ideias sobre a formação de ascite no cirrótico, englobando as teorias do "overflow" e do "underfill". Nas fases iniciais da cirrose hepática haveria vasodilatação periférica e retenção renal de água e sódio. A seguir haveria "overflow" e escape de fluido para a cavidade peritoneal (vindo principalmente da superfície hepática). Provavelmente depois que a ascite começa a se formar e piora a vasodilatação periférica, o "underfill" passa a assumir papel relevante, com queda do volume efetivo circulante e estimulação permanente dos sistemas vasopressores, levando à retenção contínua de água e sódio pelos rins. A saturação da capacidade de drenagem linfática abdominal, e principalmente a limitação da drenagem linfática hepática, contribuem para o acúmulo final de líquido na cavidade peritoneal. Desta forma, diante de um paciente com ascite, podemos especular qual o mecanismo atuante de forma predominante em um determinado momento. Se a história obtida for de ascite de recente começo (até 1 a 2 meses) provavelmente a vasodilatação estará presente e o "overflow" predominará. Um paciente com ascite de longa duração (4 a 6 meses) terá grau mais acentuado de vasodilatação periférica com predomínio do "underfill".
3. Procedimento de paracentese, deve ser guiada por ultrassom? (lado correto)
É a forma mais eficiente para confirmar a presença de ascite, diagnosticar sua causa e determinar se o líquido está infectado. Trata-se de um procedimento simples, realizado à beira do leito, que consiste na inserção de uma agulha na cavidade peritoneal para remoção do líquido ascítico. A paracentese pode ser diagnóstica (obtenção de material para análise) e terapêutica.
Procedimento:
1. Explicar o procedimento ao paciente e obter o consentimento;
2. Separar todo o material e, se necessário, equipamento de ultrassonografia (utilizada como guia em casos selecionados);
3. Preencher o pedido dos exames necessários e rotular os frascos de coleta com os dados básicos do paciente;
4. O paciente deve ser posicionado em decúbito dorsal, com a cabeceira discretamente elevada;
5. Localizar as referências anatômicas e o sítio de punção (traçar uma linha imaginária da cicatriz umbilical à espinha ilíaca ântero-superior esquerda e dividi-la em três partes; a inserção da agulha deve ocorrer na junção entre o terço médio e o inferior);
6. Após paramentação, deve-se realizar a assepsia do local e a anestesia local. Após infiltração subcutânea com lidocaína, deve-se progredir lentamente –sempre aspirando– até verificar a presença de líquido ascítico na seringa;
7. Inserção da agulha ou cateter em um ângulo de 90 graus, realizando a técnica do trajeto “Z” (conforme ilustração);
8. Coletar o material necessário (50-60ml para diagnóstico);
9. Colocação de um curativo compressivo no local.
4. Qual a relação entre albumina no sangue e no líquido ascítico?
Os exames solicitados, isolados e comparados aos índices plasmáticos, permitem o estabelecimento do Gradiente de albumina Soro-ascite (GASA). Trata-se de um parâmetro de acurácia significativa e forte recomendação que permite avaliar se a ascite em questão é decorrente de hipertensão porta ou de alguma doença do peritônio. O cálculo do gradiente, e sua interpretação, podem ser verificados conforme a seguinte fórmula:
5. Quais exames e como saber a relação disso com as hipóteses diferenciais?
IST:
Na terceira fase ou fase não replicativa nota-se a presença no soro de AgHBs, anti-Hbe, títulos baixos ou indetectáveis de DNA-HBV, aminotransferases normais, mínima lesão histológica hepática, curso assintomático e de bom prognóstico. Muitos portadores inativos do HBV permanecem inativos por toda a vida. Poucos portadores inativos desenvolvem hepatite crônica B anti-HBe positivo (hepatite crônica residual pelo HBV) que se caracteriza por elevação dos níveis das aminotransferases, altos níveis de carga viral e doença hepática ativa (histológica). Invariavelmente, esses pacientes evoluem para cirrose hepática, contudo, o curso clínico e as sequelas da hepatite crônica B variam de indivíduo para indivíduo.