Convulsão: aumento da temperatura rapidamente;
Convulsionando -> endovenoso ou via retal (diazepam puro)
Febre -> linfonodos
Pulmão direito + ar, ápice + ar que as bases. Por isso devemos comparar os lados e as alturas
Roncos: brônquios e traqueias
Estertores grossos: nos brônquios
Estertores finos: bronquíolos
Crepitações: alvéolos -> não muda com tosse, os outros mudam
Inspiração > Expiração
Febre + tosse + Taquipneia
Simulação Realística - João Miguel
ID: João Miguel, 7 anos
QD: Tosse e febre há 2 semanas
HMA: Está inapetente, hipoativo e com fadiga intensa, e tendo piora da febre nos últimos 3 dias.
ISDA: Nega emese, nega odinofagia, nega exantemas, nega viagem recente,
AP: nada digno de nota
AF: nada digno de nota
Estado Geral: REG, descorado +++/4+, acianótico, anictérico, febril, taquipneico, hidratado
EF: FC 90, FR 45, S02 88%, Tax 38ºC, PA 100x60 mmHg
Linfonodos: palpáveis, numerosos, em cadeia cervical anterior e posterior, pequenos (1 cm), móveis e com superfície lisa.
AP: inspeção com abaulamento entre os arcos costais, expansibilidade com tiragem, diminuída em hemitórax direito, frêmito abolido em hemitórax direito, percussão maciça em terço médio e na base do pulmão direito, estertores presentes,
QUESTÕES
Quais os casos que causam as convulsões (focar febre)
Qual a conduta farmacológica e não farmacológica para a crise convulsiva?
Quais os tipos de convulsão?
Como avaliar os sinais vitais dependendo da faixa etário na criança?
Qual a diferença de propedêutica entre: Derrame pleural, Pneumonia e Edema pulmonar? (Porque existem essas diferenças?)
Quais os Diagnósticos diferenciais que podem gerar um derrame pleural?
Critérios de indicação para a toracocentese e manejo clinico para derrame pleural.
Síntese Individual:
Quais os casos que causam as convulsões (focar febre)
Qual a conduta farmacológica e não farmacológica para a crise convulsiva?
Quais os tipos de convulsão?
Convulsão febril (CF) é definida como crise convulsiva acompanhada por febre (temperatura maior ou igual a 38ºC por qualquer método de medida) que ocorre em crianças de 6 meses a 60 meses de idade sem evidência de infecção ou inflamação do sistema nervoso central, alteração metabólica e sem história prévia de crise convulsiva.
As crises convulsivas febris são um dos problemas neurológicos mais comuns da infância e estima-se que 2% a 5% das crianças menores de cinco anos de idade apresentarão pelo menos um episódio de convulsão em vigência de febre na vida.
A etiologia do processo infeccioso não parece ser determinante para a crise febril. Entretanto, a presença de febre é essencial, embora não se conheça seu mecanismo de ação. Os vírus são normalmente mais envolvidos com convulsões febris, por serem os mais prevalentes na comunidade. É comum a associação com o exantema súbito (Roseolainfantum), e menos frequentemente com o sarampo. O tipo de doença desencadeante da febre mais frequente é a doença respiratória. Alguns estudos observaram sazonalidade na incidência das convulsões febris, sendo maior no outono, quando a taxa de doenças respiratórias é maior.
Crises com duração maior que dez minutos, parciais, que se repetem durante o mesmo episódio febril, e acompanhadas por sinais neurológicos transitórios são denominadas atípicas ou complexas. Aproximadamente 80% das crises convulsivas febris são do tipo simples.
Recentemente foi sugerida a duração de 5 minutos do episódio convulsivo como o limite para uma intervenção terapêutica ativa. Esta observação foi feita porque crises que duram mais de 5 min, muitas vezes não param espontaneamente e tem um maior potencial para induzir permanente lesão neuronal e ou resistência a drogas.
O tratamento da crise convulsiva febril na fase aguda deve ser feito como o de qualquer crise epiléptica. A sequência de atendimento de um quadro de urgência (avaliação de vias aéreas, ventilação e circulação), antes da infusão de medicação específica, deve ser respeitada. Para crianças que tenham experimentado uma crise convulsiva febril, os potenciais efeitos adversos que, teoricamente, poderiam ser alterados com terapêutica eficaz seriam:
1- declínio do QI;
2- o aumento do risco de epilepsia;
3- risco de convulsões febris recorrentes; e
4- morte.
Nenhuma dessas consequências foi observada em crianças que tiveram crise febril simples, exceto naquelas crianças que tinham anormalidades neurológicas antes de sua primeira crise.
A classe de drogas de primeira linha consiste nos benzodiazepínicos, como o diazepam (0,2 e 0,3 mg/kg, via endovenosa ou retal podendo ser repetido até dose cumulativa de 5 mg) e o midazolam ( 0,2 a 0,7 mg/kg, via endovenosa, intramuscular ou retal). Em relação ao uso de antitérmicos, por mais precoce e eficaz que seja, não previne a recorrência das crises. Utilização intensa e rotineira de agentes antipiréticos não tem sido mais eficaz na redução da incidência de convulsões febris recorrentes que o uso intermitente dos antipiréticos, quando um episódio febril é percebido.
Coreia: doença geralmente por estreptococos do tipo A
Como avaliar os sinais vitais dependendo da faixa etário na criança?
https://ares.unasus.gov.br/acervo/html/ARES/12069/1/Avaliacao%20dos%20Sinais%20Vitais%20pdf.pdf
Qual a diferença de propedêutica entre: Derrame pleural, Pneumonia e Edema pulmonar? (Porque existem essas diferenças?)
Derrame Pleural:
Ao exame físico, a inspeção pode nos mostrar abaulamentos, desvio contralateral do mediastino e alargamento dos espaços intercostais. À palpação percebe-se uma redução do frêmito torácico-vocal. Há macicez à percussão e o murmúrio vesicular se encontra reduzido à ausculta. Pode haver sopro pleurítico.
Pneumonia
Propedêutica – MV diminuído localmente, estertores crepitantes locais, macicez local e FTV aumentado no local (pecterilóquia)
Edema agudo de pulmão:
Ao exame físico apresenta taquidispneia, ortopneia, cianose em extremidades distais inferiores, tiragem intercostal, uso de musculatura acessória, palidez e sudorese. Ausculta pulmonar com presença de estertores crepitantes em ⅔ inferiores bilateralmente e sibilos. Exame cardiovascular demonstrou desvio de ictus cordis para a esquerda, turgência jugular e presença de terceira bulha no foco mitral. Saturando 87% em ar ambiente. PA= 136 x 98 mmHg.
Quais os Diagnósticos diferenciais que podem gerar um derrame pleural?
Critérios de indicação para a toracocentese e manejo clinico para derrame pleural.
O exame de escolha para retirada do líquido é a Toracocentese de alívio (lembre-se que ela também pode ser diagnóstica). Para que a toracocentese diagnóstica seja segura, deve haver pelo menos 300 ml de líquido na cavidade pleural (lâmina de líquido > 1 cm no RX de tórax em incidência lateral, também conhecida como incidência Laurell). Por outro lado, a retirada de grandes volumes também deve ser cautelosa (somente até 1500mL).