SEPSE
Intimamente ligado a disfunção orgânica
Intimamente ligado a disfunção orgânica
Maria Julia, com 54 anos, é diabética, nega HAS e tabagismo, passou alguns dias com o companheiro em uma praia, de férias, recentemente. Após 2 dias da chegada, começou a sentir polaciúria (vontade frequente de urinar), dando saída, sempre com dor,” (disúria) a pouco volume de urina, algo mais “concentrada”. Neste começo, não tinha febre, calafrios, nem nenhum outro sintoma sistêmico.
Entretanto, após alguns dias, iniciou dor lombar à direita, de forte intensidade, não dependente de movimentos, acompanhada de febre (até 39,5ºC) com calafrios e grande mal-estar. Procurou PS, onde constatou-se punho percussão dolorosa em região lombar direita e sensibilidade à palpação profunda do abdome no quadrante inferior direito. Não havia outras alterações qualitativas de exame clínico, exceto discreta dispneia. Apresentava PA: 100x60mmHg e FC: 128 bpm e Tempo de Enchimento Capilar de 4 segundos (fora de vigência de febre).
Foi imediatamente admitida em leito de retaguarda, onde recebeu expansão com cristalóides após obtenção de acessos venosos periféricos calibrosos. Após coleta de exames urinários e de sangue (de obtenção rápida), foi iniciado Ceftriaxona.
Entre uma e duas horas após a coleta, foram liberados os seguintes resultados de exames complementares: Hb: 11,8g/dL, Leuco: 23.000/mm 3, (65% polimorfonuclereares e 6% bastões). Lactato Arterial = 10.. A glicemia foi de 208mg/dL e a creatinina: 1,4mg/dL, com uréia de 55. A urina tipo 1 mostrou incontáveis piócitos (leucocitúria > 1 milhão), com nitrito positivo. Ainda eram aguardadas a urocultura (obtida durante a sondagem de demora) e a hemocultura.
Após três horas da admissão, a despeito do uso de cristalóides, apresentou delirium, prostração, hipotensão e evoluiu para insuficiência respiratória, com cianose e dessaturação de oxigênio. Foi transferida para a UTI, onde permaneceu sob ventilação mecânica e hidratação/medicação parenteral guiada pela diurese horária e por parâmetros clínicos. Na urocultura foi identificada uma E. coli, sensível a ceftriaxona e ciprofloxacino, mas à alta foi mantida uma cefalosporina compatível, devido ao foco urinário e dano renal.
Felizmente, o antibiótico e o tratamento de suporte foram bem-sucedidos, mas os intensivistas tiveram um árduo trabalho titulando a droga vasoativa logo na entrada da UTI.
SIRS: sindrome da resposta inflamatória sistemica
Taquicardia
Dispneia
Hipotensa
ITU:
E.coli;
Staphylo. saprofitycos;
Enterococos;
Assintomáticos:
Trata apenas gestantes e quando o paciente vai fazer um procedimento
Urina tipo 1: não são exames específicos, são sujestivos de infecção.
Leucócitos;
Hemácias;
Presença de bactérias;
Nitrito.
Tempo de Tratamento de uma pielonefrite:
ATB dirigido por 7 dias, se precisar ampliar para 14 dias;
Resposta pró-inflamatória deveria conseguir fazer seu papel mas muitas vezes não consegue.
Existem agentes mais virulentos, a interação do hospedeiro e do parasita é único.
SIRS: não é exclusivo para infecção-> Queimados, pancreatites, etc podem dar sirs
Infecção e a intersecção de sirs e infecção é SEPSE