Spartacus

Spartacus (1960)

Diretor: Stanley Kubrick
Roteiro: Dalton Trumbo (Adaptação do romance de Howard Fast)
Peter Ustinov (sem créditos)
Calder Willingham (cenas de batalha) (sem créditos)
Produzido por Kirk Douglas, Edward Lewis e Edward Muhl (sem créditos)
Música composta por Alex North
Diretor de fotografia: Russell Metty
Edição: Robert Lawrence e Irving Lerner (sem créditos)

Datas de Produção: 27 de janeiro de 1959 - 12 de julho de 1959
Datas de lançamento: EUA 6 de outubro de 1960 (Nova York, Nova York) (estreia)

Tempo de reprodução:
184 min (estreia)
161 min (relançamento de 1967) (EUA)
197 min (1991, restaurado) (EUA)
184 min (teatral)
197 min (2015, restaurado)

País: Estados Unidos
Língua: Inglês
Cor: Cor (Technicolor)
Proporção da tela: 2,25: 1 (proporção negativa)
Mixagem de Som: 70 mm 6-Track (impressões de 70 mm)  Mono (impressões de 35 mm)  Dolby Stereo (impressões de 35 mm) (restauração de 1991)  DTS (DTS: X)
Locais de filmagem:
Bilheteria:
Despesas: $ 12.000.000 (estimado)
Bruto mundial cumulativo: $ 60.000.000, 01 de janeiro de 1998

Locais de filmagem:

Elenco:
Kirk Douglas como Spartacus
Laurence Olivier como Marcus Crassus
Jean Simmons como Varinia
Charles Laughton como Gracchus
Peter Ustinov como Batiatus
Tony Curtis como Antoninus
John Gavin como Júlio César
John Dall como Marcus Glabrus
Charles McGraw como Marcellus
Herbert Lom como Tigranes Levantus
Nina Foch como Helena Glabrus
John Ireland como Crixus
Woody Strode como Draba
Joanna Barnes como Claudia Marius
Harold J. Stone como David

Sinopse:
No último século antes do nascimento de Cristo, um orgulhoso escravo chamado Spartacus, trabalhando nas minas da Líbia, é vendido para Lentulus Batiatus, um negociante e treinador de gladiadores, que leva Spartacus para sua escola em Capua, Itália.

Durante seu treinamento, Spartacus se apaixona por Varinia, uma bela e educada escrava. Cansado de sofrer, Spartacus se enfurece, mata Marcellus, o treinador de gladiadores, e inicia uma revolta dos escravos.

Após alguns meses, os ex-escravos formaram um poderoso exército e, sob a liderança de Spartacus, desafiam o poderio militar do Império Romano. Enquanto isso, em Roma, a revolta dos escravos se tornou um fator decisivo na luta pelo poder político entre dois senadores: o republicano Gracchus e o militarista Marcus Crassus.

Links:
https://www.imdb.com/title/tt0054331/reference
https://en.wikipedia.org/wiki/Spartacus_(film)

https://www.netmovies.com.br/filmes/spartacus


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Crítica por ChatGPT-3.5:

A estreia de "Spartacus" em 6 de outubro de 1960 no DeMille Theatre de Nova York marcou um momento importante na história do cinema. A revista Time celebrou o filme como um "novo tipo de filme de Hollywood", destacando sua vitalidade espiritual e força moral. No entanto, nem todas as críticas foram igualmente entusiásticas. Bosley Crowther, do New York Times, expressou reservas, rotulando o filme como uma "farsa heróica" e criticando sua fase intermediária como pretensiosa e tediosa devido ao conflito monótono da política.


Além das críticas cinematográficas, "Spartacus" enfrentou uma reação política intensa. A Legião Americana, uma organização de direita, organizou piquetes contra o filme, enviando cartas para veteranos de guerra patrióticos para protestarem contra sua exibição. Hedda Hopper, colunista próxima da Legião, acusou o filme de ter sido baseado em um livro escrito por um comunista e escrito por outro, desencorajando o público de assisti-lo. No entanto, apesar dessas controvérsias, "Spartacus" triunfou, conquistando quatro Oscars no Oscar de 1961.


Um dos aspectos mais notáveis dos créditos finais de "Spartacus" foi a inclusão do nome de Dalton Trumbo, um roteirista que havia sido perseguido durante o período da caça às bruxas do macartismo. Trumbo passou 11 meses na prisão por se recusar a testemunhar perante o Comitê de Atividades Antiamericanas (HUAC) da Câmara das Representações de Joseph McCarthy. Ele era parte do grupo conhecido como Hollywood Ten, que desafiou as investigações sobre suas supostas ligações com o Partido Comunista. Após seu tempo na prisão, Trumbo enfrentou uma década de ostracismo em Hollywood, durante a qual continuou a escrever sob pseudônimos. A inclusão de seu nome nos créditos de "Spartacus" representou um momento de resistência e mudança na indústria cinematográfica americana.


Ao exibir orgulhosamente o nome de Trumbo, "Spartacus" desafiou abertamente o status quo repressivo do período, marcando uma virada na perseguição anticomunista em Hollywood. O filme se tornou um sucesso de bilheteria, demonstrando que o público estava pronto para aceitar uma narrativa que desafiava as normas estabelecidas. No final de 1960, "Spartacus" reinava como o filme de maior bilheteria do ano, sinalizando não apenas o triunfo de uma produção cinematográfica épica, mas também uma vitória para a liberdade de expressão e a resistência contra a opressão.


"Spartacus" emerge como uma obra profundamente enraizada na história conturbada da América durante a era da caça às bruxas de McCarthy. O roteiro de Dalton Trumbo não apenas captura a saga épica do gladiador trácio, mas também ecoa as injustiças e indignidades que o próprio Trumbo enfrentou como vítima da perseguição anticomunista.


A citação do senador romano Crasso, interpretada por Laurence Olivier, sobre os inimigos do Estado e as prisões em massa ressoa com a atmosfera de medo e paranoia que dominava os Estados Unidos durante o macarthismo. Trumbo, ciente de que seu próprio nome poderia ser encontrado em listas de "desleais", incorpora essa angústia em seu trabalho, oferecendo um comentário mordaz sobre as realidades políticas de sua época.


Embora o macarthismo seja frequentemente associado a Hollywood, seu alcance era muito mais amplo, visando erradicar não apenas a dissidência na indústria do entretenimento, mas também qualquer forma de opinião radical e resistência social. A aceitação do macarthismo pela esquerda liberal, exemplificada pela União Americana pelas Liberdades Civis (ACLU), revela a extensão do clima de medo e paranoia que permeava a sociedade americana na época.


"Spartacus" não é apenas um filme épico; é um produto de seu tempo, refletindo as lutas e as esperanças de uma era marcada pela repressão e pela resistência. A icônica cena "Eu sou Spartacus" ressoa não apenas como um momento de bravura individual, mas também como um símbolo de solidariedade e unidade em face da adversidade. Para os socialistas e sindicalistas que enfrentaram anos de traição e perseguição, a cena representou uma chama de esperança, sinalizando um renascimento da organização e da resistência contra a opressão.


Assim, "Spartacus" transcende seu status como um simples filme épico, tornando-se um testemunho poderoso das lutas e triunfos daqueles que desafiaram a injustiça e a tirania durante uma das épocas mais sombrias da história americana.


Espártaco, o lendário líder da revolta de escravos contra a tirania romana, foi resgatado do relativo esquecimento pela obra-prima cinematográfica "Spartacus". Embora sua história tenha sido obscurecida ao longo dos séculos, o romance homônimo escrito na prisão por Howard Fast e posteriormente adaptado para o cinema pelo produtor e protagonista Kirk Douglas trouxe à luz a saga inspiradora desse herói esquecido.


Fast, um autor comunista que enfrentou perseguição política durante a era da caça às bruxas de McCarthy, resgatou a figura de Espártaco do anonimato histórico. Ele observou que, antes do surgimento de seu livro e do filme que o sucedeu, a história do escravo rebelde era praticamente desconhecida, mesmo entre os estudiosos. A falta de registros históricos significativos sobre Espártaco reflete a realidade de que a história foi predominantemente escrita pela elite, que muitas vezes ignorava ou distorcia os feitos dos oprimidos.


No entanto, Espártaco não era desconhecido para os socialistas, que o consideravam um símbolo de resistência e luta. Karl Marx, em uma carta a Friedrich Engels, chamou Espártaco de "o sujeito mais esplêndido de toda a história antiga", destacando sua importância como uma figura revolucionária. Da mesma forma, outros líderes socialistas, como Rosa Luxemburgo e Karl Liebknecht, adotaram o nome de Espártaco para suas próprias organizações políticas, reconhecendo sua importância como um ícone da luta proletária.


Além dos círculos socialistas, Espártaco também foi admirado por liberais iluministas como Voltaire, destacando sua posição como um símbolo universal de resistência à opressão. Assim, quando "Spartacus" foi lançado em 1960, ele ressuscitou não apenas a história do líder rebelde, mas também o simbolismo que ele representava. O filme capturou não apenas a saga épica de Espártaco, mas também o espírito de luta e determinação que ele personificava, tornando-o um ícone imortal não apenas para os socialistas, mas para todos os que resistem à injustiça e à opressão.


O contraste entre o "pequeno Spartacus" e o "grande Spartacus" revela uma dicotomia essencial na abordagem da história do líder rebelde. Enquanto o "pequeno Spartacus" é retratado como um personagem mais individualista, preocupado principalmente com sua própria libertação pessoal, o "grande Spartacus" transcende essa perspectiva, tornando-se um símbolo de luta coletiva e resistência contra a opressão sistêmica.


O "pequeno Spartacus" é caracterizado por uma visão mais pragmática da revolta, enxergando-a principalmente como uma fuga da prisão e uma busca pela liberdade individual. Esta abordagem, mais focada no indivíduo, tende a minimizar a crítica social e política mais ampla, transformando a história em um simples conto de aventura e escapismo. No entanto, à medida que o processo de produção avançava, essa perspectiva começava a prevalecer, influenciando significativamente o desenvolvimento do filme.


Por outro lado, o "grande Spartacus" encapsula uma visão mais idealista e profundamente enraizada no desejo por justiça e liberdade para todos. Este Spartacus não se contenta em apenas buscar sua própria emancipação, mas também levanta a bandeira da luta coletiva contra as injustiças do sistema. Ele personifica as aspirações e os valores do proletariado, lutando não apenas por sua própria liberdade, mas pela emancipação de todos os oprimidos.


A divergência entre estas duas visões foi exacerbada pela impossibilidade de colaboração entre Howard Fast e Dalton Trumbo, os dois principais responsáveis pela adaptação do romance para o cinema. A falta de cooperação entre os dois levou a mudanças significativas no roteiro, com membros do elenco e equipe aproveitando a oportunidade para influenciar a direção do filme.


Apesar das tensões e conflitos durante o processo de produção, "Spartacus" emergiu como uma obra que capturou elementos de ambas as perspectivas. Enquanto o filme pode ser apreciado como uma emocionante saga de aventura e escapismo, também transmite poderosas mensagens sobre resistência, solidariedade e luta por justiça social. Assim, "Spartacus" continua a ressoar com o público como uma obra multifacetada que aborda temas universais de liberdade, opressão e esperança.


A produção de "Spartacus" não foi apenas um processo cinematográfico, mas sim um palco para conflitos ideológicos e visões contrastantes entre os principais intervenientes: Stanley Kubrick, Kirk Douglas e os escritores Howard Fast e Dalton Trumbo.


Stanley Kubrick, conhecido por sua visão niilista da humanidade, foi influenciado pelo romance de Arthur Koestler, "The Gladiators", que oferecia uma perspectiva mais cínica e brutal da história de Espártaco. Kubrick desejava um filme que não poupasse as ilusões de qualquer espectro político e que enfatizasse a violência e brutalidade da revolta dos escravos. Essa visão colocava-o em conflito com Howard Fast e Dalton Trumbo, que buscavam um filme mais alinhado com suas experiências e ideologias políticas, especialmente em relação à caça às bruxas de McCarthy.


Kirk Douglas, por sua vez, desempenhou um papel crucial como produtor e ator principal do filme. Sua jornada de vida como um imigrante judeu da classe trabalhadora influenciou sua perspectiva, marcada pela luta contra o racismo e as dificuldades econômicas. Apesar de ser um liberal, Douglas tinha uma consciência de classe enraizada em suas origens humildes. Ele defendeu Dalton Trumbo contra a caça às bruxas, mas sua produtora, Bryna Productions, pagou ao escritor na lista negra muito abaixo do preço de mercado. Essa dicotomia entre suas convicções políticas e sua realidade material como uma estrela de cinema e produtor rico refletia-se na produção de "Spartacus".


O conflito entre as diferentes visões e agendas dos principais envolvidos na produção de "Spartacus" moldou o resultado final do filme. Enquanto Kubrick buscava explorar as complexidades da natureza humana e da violência, Douglas e os escritores tinham aspirações mais idealistas em relação à narrativa da revolta de Espártaco. O resultado foi um Spartacus que, na tela, incorporava elementos de todas essas visões, mas ao mesmo tempo transcendia qualquer definição única. O filme, assim como o próprio Espártaco, tornou-se um símbolo multifacetado, aberto à interpretação e reflexão sobre as lutas e contradições da condição humana.


A batalha com a Universal Pictures revela os desafios enfrentados pelos criadores de "Spartacus" para preservar sua visão original diante das demandas comerciais e políticas do estúdio. Enquanto os indivíduos por trás do filme tinham aspirações idealistas e políticas claras, o controle exercido pelo estúdio muitas vezes prevalecia sobre suas intenções.


A Universal Pictures, preocupada principalmente com o apelo comercial do filme, impôs uma série de cortes significativos na versão final de "Spartacus". Esses cortes não se limitaram apenas à duração do filme, mas também afetaram seu conteúdo político e social. Referências à homossexualidade, violência e linguagem considerada imprópria foram removidas, enquanto cenas que retratavam as vitórias do exército rebelde de escravos foram eliminadas.


A decisão da Universal de editar politicamente o filme refletiu preocupações sobre sua mensagem política e o temor de críticas anticomunistas. Havia uma apreensão de que qualquer sinal de sucesso na revolta dos escravos poderia ser interpretado como uma mensagem subversiva, destinada a incitar a rebelião na América. Essa preocupação levou à eliminação de qualquer indicação de que Espártaco pudesse liderar uma revolução bem-sucedida.


Essas mudanças transformaram o "grande Spartacus", que lutava pelo princípio fundamental da liberdade individual, em uma versão diluída e menos comprometida, mais alinhada com as demandas comerciais e políticas do estúdio. Kirk Douglas, em particular, lamentou essa transformação, argumentando que a remoção das cenas que mostravam o sucesso da revolta dos escravos comprometia a integridade da história e a mensagem que ela transmitia.


A batalha entre os criadores de "Spartacus" e a Universal Pictures ilustra os desafios enfrentados pelos artistas para manter sua integridade criativa diante das pressões comerciais e políticas da indústria cinematográfica. Apesar das concessões feitas durante o processo de produção, "Spartacus" permanece como uma obra notável que, mesmo em sua versão editada, continua a transmitir mensagens poderosas sobre liberdade, resistência e luta contra a opressão.


A década de 1950 foi marcada não apenas pelo ressurgimento das lutas trabalhistas, mas também pelo crescente ativismo pelos direitos civis, especialmente no contexto da comunidade negra nos Estados Unidos. Movimentos como o boicote aos ônibus de Montgomery e as "viagens pela liberdade" destacaram a determinação dos ativistas em desafiar a segregação e lutar por igualdade racial. Nesse cenário, a representação de uma revolta de escravos em "Spartacus" não passou despercebida pelos militantes negros, que viram na história uma paralelo com suas próprias lutas recentes contra a opressão.


Embora "Spartacus" tenha sido predominantemente um filme com um elenco branco, sua mensagem sobre a luta pela liberdade ressoou entre os ativistas pelos direitos civis. A narração de abertura do filme deixou claro que sua temática ia além da Roma Antiga, abordando o sonho da libertação da escravidão que ainda estava por vir. Assim, o filme não apenas refletiu os movimentos sociais da época, mas também contribuiu para a crescente onda de resistência e integração na luta pelos direitos civis.


Além das questões raciais, "Spartacus" também abordou temas de gênero e sexualidade. Embora houvesse uma falta de desenvolvimento das personagens femininas e a narrativa se concentrasse principalmente em um herói masculino, o filme trouxe à tona questões de opressão sexual. A cena em que Spartacus rejeita a prostituta escrava e reconhece sua humanidade é um exemplo disso, antecipando as lutas feministas que surgiriam nas décadas seguintes.


Quanto à sexualidade, o filme lidou de forma contraditória com a questão da homossexualidade. Embora tenha sido corajoso em abordar o tema, mostrando a bissexualidade do personagem Crasso, essa representação foi em grande parte condenatória, retratando a sexualidade como parte da depravação da sociedade romana. Isso reflete as normas sexuais da época e a relutância em desafiar as convenções sociais dominantes.


Em suma, "Spartacus" não apenas capturou o espírito dos movimentos sociais da década de 1950, mas também abordou questões sociais e políticas relevantes para a época, incluindo raça, gênero e sexualidade. Sua influência e significado vão além do contexto histórico em que foi produzido, continuando a ressoar e provocar reflexões sobre questões de justiça e liberdade até os dias atuais.


O contexto político e cultural da década de 1950, dominado pela Guerra Fria e pela intensa paranoia anticomunista nos Estados Unidos, moldou significativamente a produção cinematográfica de Hollywood. Nesse período, filmes frequentemente serviam como veículos para reforçar o consenso social e político, promovendo valores de conformidade e domesticidade enquanto retratavam os Estados Unidos como defensores da liberdade contra a ameaça comunista.


No entanto, "Spartacus" se destacou como uma ruptura com essa política cultural dominante. Apesar de seguir a forma conservadora do épico histórico, o filme desafiou as ortodoxias existentes ao apresentar uma mensagem subjacente de subversão e desafio às estruturas de poder convencionais. Enquanto muitos filmes da época enfatizavam a virtude da conformidade, "Spartacus" abordou temas de luta de classes e solidariedade coletiva, particularmente evidentes na icônica cena do "Eu sou Spartacus".


Essa cena em particular, embora rejeitada por Stanley Kubrick como "lixo sentimental", é um momento poderoso que sugere uma narrativa coletiva diferente da usualmente vista no cinema. Enquanto a maioria dos filmes destaca heróis e vilões individuais, "Spartacus" oferece uma visão de ação coletiva, onde ex-escravos se levantam em solidariedade uns aos outros. Embora efêmero, esse momento desafia a ideia de que a mudança só pode ser impulsionada por indivíduos, oferecendo uma visão alternativa de transformação social.


No entanto, é importante reconhecer que o cinema, como meio de comunicação de massa, tem suas limitações. Apesar de momentos de narrativa coletiva como o visto em "Spartacus" ou "Land and Freedom" de Ken Loach, a maioria dos filmes continua a enfatizar as ações e decisões de indivíduos sobre o coletivo. Mesmo assim, filmes como "Spartacus" continuam a ressoar com o público atual, refletindo preocupações persistentes sobre desigualdade, opressão e a luta por liberdade e justiça em todo o mundo. Em um momento em que a riqueza e o poder estão cada vez mais concentrados nas mãos de poucos, em detrimento de muitos, a mensagem de solidariedade e luta por liberdade de "Spartacus" permanece relevante e inspiradora.


"Spartacus" é mais do que apenas um filme; é um testemunho do poder da colaboração e do conflito na criação artística, bem como um reflexo do contexto político e cultural em que foi produzido. Embora tenha sido moldado por uma miríade de influências e vozes divergentes, o filme permanece como um monumento à coragem e à ousadia.


Ao examinar o legado de "Spartacus", é essencial reconhecer que toda obra de arte é produto de sua época. O filme surgiu em meio a um clima político tumultuado, marcado pela Guerra Fria e pelo ressurgimento das lutas sindicais e pelos primeiros movimentos contra o racismo. Essas circunstâncias moldaram tanto o conteúdo quanto a recepção do filme, destacando sua importância como um artefato cultural.


No entanto, embora "Spartacus" seja um produto de seu tempo, também é resultado das contribuições individuais de seus escritores, produtores e colaboradores. A persistência e a coragem de figuras como Kirk Douglas foram fundamentais para trazer à vida uma narrativa que desafiava as convenções e oferecia uma visão de solidariedade e luta por liberdade.


Além disso, "Spartacus" nos desafia a repensar nossa relação com a arte e a política. Ao destacar a importância da ação coletiva e da luta por mudança, o filme transcende as limitações do formato cinematográfico tradicional e nos lembra do poder transformador da comunidade.


Embora as interpretações do filme possam variar, seu legado é inegável. "Spartacus" continua a inspirar e provocar debates mesmo após seis décadas de seu lançamento, lembrando-nos da importância de ousar lutar por aquilo em que acreditamos. Mais do que um simples fracasso ou sucesso, "Spartacus" é um lembrete poderoso de que a coragem e a resistência podem ecoar através das eras, inspirando gerações futuras a desafiar as injustiças e a lutar por um mundo mais justo e livre.


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Resenha por ChatGPT-3.5:

Spartacus (1960): Uma obra-prima épica com reflexões atemporais

"Spartacus", dirigido por Stanley Kubrick em 1960, é uma obra-prima épica que permanece como um marco incontestável no cinema. Baseado na história real do lendário gladiador trácio que desafiou o poder de Roma, o filme transcende as barreiras do tempo, oferecendo uma narrativa rica em emoções, reflexões e espetáculo visual.

Desde sua captura e venda como escravo até sua liderança inspiradora em uma revolta épica, a jornada de Spartacus, interpretado de forma magistral por Kirk Douglas, é uma saga de coragem, resistência e humanidade. A interpretação de Douglas encapsula a força e a determinação do líder rebelde, tornando-o um ícone imortal do cinema.

A grandiosidade visual de "Spartacus" é uma das suas características mais marcantes. Com um orçamento milionário para a época, o filme apresenta batalhas espetaculares entre gladiadores e exércitos romanos, levando o espectador a uma viagem cativante à Roma Antiga. A cinematografia de Russell Metty e a trilha sonora emocionante de Alex North elevam ainda mais a experiência, criando uma atmosfera imersiva que prende o público do início ao fim.

Por trás do espetáculo visual e das performances brilhantes, "Spartacus" oferece reflexões atemporais sobre temas universais como liberdade, opressão e liderança. O filme questiona a brutalidade da escravidão e a injustiça de um sistema que privilegia uma elite tirânica. Spartacus emerge como um símbolo de resistência e esperança, inspirando não apenas seus companheiros de luta, mas também gerações de espectadores a lutar por um mundo mais justo e igualitário.

Em suma, "Spartacus" é mais do que um simples filme épico. É um testemunho da força do espírito humano, da luta pela liberdade e da busca pela justiça. Sua relevância perdura ao longo das décadas, garantindo-lhe um lugar eterno no panteão dos clássicos do cinema. Para qualquer amante da sétima arte, "Spartacus" é uma obra-prima que merece ser revisitada e celebrada.


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Stanley Kubrick foi o único diretor de Spartacus? Ou teve outro diretor que dirigiu cenas mas não foi incluído seu nome nos créditos do filme?

 Stanley Kubrick foi o diretor principal do filme "Spartacus", mas ele não foi o único diretor envolvido na produção. Durante a filmagem, o diretor Anthony Mann foi contratado para dirigir algumas cenas, mas ele saiu do projeto antes da conclusão. Como resultado, seu nome não aparece nos créditos do filme. Stanley Kubrick, por sua vez, terminou a produção e dirigiu a maior parte do filme.

 Qual foi o motivo da saída de Anthony Mann?

Existem várias versões sobre o motivo da saída de Anthony Mann de "Spartacus". Algumas fontes afirmam que ele saiu do projeto devido a desentendimentos criativos com o roteirista Dalton Trumbo e o produtor Kirk Douglas, enquanto outras fontes apontam conflitos com Stanley Kubrick. No entanto, não há uma versão oficial e definitiva sobre o motivo da saída de Anthony Mann do projeto.

 Dalton Trumbo foi o único roteirista de Spartacus?

Não, Dalton Trumbo foi um dos roteiristas de "Spartacus", mas não foi o único. O roteiro do filme foi escrito por vários roteiristas, incluindo Dalton Trumbo, um dos membros do grupo conhecido como "Os Dez", que foram presos e perseguidos durante a Era de Caça às Bruxas por suas crenças políticas. No entanto, devido ao seu envolvimento com o grupo, Trumbo foi proibido de escrever sob seu próprio nome por vários anos. O nome de Trumbo foi escondido na lista de créditos do filme e o roteiro foi creditado a um pseudônimo. Posteriormente, o verdadeiro nome de Trumbo foi restaurado e ele recebeu o crédito pelo roteiro de "Spartacus".

 Filme Spartacus demorou quanto tempo para ser gravado?

O filme "Spartacus", dirigido por Stanley Kubrick, começou a ser filmado em outubro de 1959 e levou aproximadamente um ano para ser completado. A produção do filme foi um processo longo e detalhado, que envolveu a construção de grandes cenários e a realização de várias cenas épicas e intensas. O filme foi finalmente lançado em outubro de 1960.

 Quantos extras foram usados nas cenas de batalha durante as filmagens de Spartacus?

Não há informações precisas sobre quantos extras foram usados nas cenas de batalha durante as filmagens de "Spartacus". No entanto, é sabido que a produção do filme envolvia grandes números de extras e figurantes, que foram necessários para criar a sensação de escala e intensidade nas cenas de batalha. Algumas fontes afirmam que mais de 10.000 extras foram contratados para as cenas de guerra no filme. É importante lembrar que essas estimativas podem variar e não há uma cifra precisa disponível.

 Qual importância de Kirk Douglas nas filmagens de Spartacus?

 Kirk Douglas teve uma importância crucial nas filmagens de "Spartacus". Além de ser o ator principal no filme, interpretando o personagem Spartacus, ele também era um dos produtores do filme. Douglas usou sua influência e poder para ajudar a trazer o diretor Stanley Kubrick para o projeto, e também lutou para que o roteirista Dalton Trumbo, que estava na lista negra de Hollywood na época, recebesse o crédito pelo seu trabalho no roteiro.

 Além disso, Douglas foi um defensor ativo dos direitos dos trabalhadores e lutou contra a discriminação e a injustiça, tornando-se um ativista social e político. Sua dedicação e paixão pelo projeto ajudou a garantir o sucesso de "Spartacus", que se tornou um marco do cinema de época e uma das obras-primas de Kubrick. Em resumo, a participação de Kirk Douglas nas filmagens de "Spartacus" foi fundamental para o sucesso do filme e para o avanço dos direitos dos trabalhadores em Hollywood.