Edificando em crenças comuns. Ac Enf. Luana Macedo

Data de postagem: Oct 18, 2014 12:3:5 AM

A Enfermagem, considerada ciência centrada no cuidado dos seres humanos, deve promover o bem-estar das pessoas considerando a liberdade, unicidade e dignidade das mesmas. Dessa maneira, deve atuar na promoção da saúde, prevenção de enfermidades, no transcurso de doenças e agravos à saúde, nas incapacidades e no processo de morrer. A base do seu trabalho se constitui nas relações humanas, tanto com o paciente como com a equipe de saúde.

Utilizando-se da comunicação, os enfermeiros devem buscar identificar as necessidades dos pacientes, informá-los sobre procedimentos ou situações que são de seu interesse, realizar educação em saúde, trocar experiências e promover mudanças de comportamento. É através da comunicação que os enfermeiros decifram o que os pacientes querem dizer, e se fazem compreender, levando a uma inteiração efetiva entre ambos. Assim, fica claro a importância do enfermeiro em se esforçar mais para adquirir competência para melhor se comunicar com o paciente, e para o enfermeiro conseguir lidar com outro ser humano ele precisa conhecer sua história de vida, suas crenças, emoções e desejos, que são informações que podem ser obtidas através da comunicação terapêutica.

As crenças do paciente dizem respeito a tudo aquilo que ele acredita, as crenças podem ser: racionais, que são idéias para as quais há evidências objetivas para comprovar sua veracidade ( o alcoolismo é uma doença); irracionais, idéias que um individuo considera verdadeira apesar da existência de evidências contrárias objetivas. ( Os delírios podem ser uma forma de crença irracional) ; Fé ou “Crenças cegas”, idéias que o individuo considera verdadeiras sem evidências objetivas disso ( A crença num poder superior pode ajudar um alcoólatra a parar de beber), e por ultimo tem se o estereótipo, uma crença socialmente compartilhada que descreve um conceito de maneira excessivamente simplificada ou não diferenciada ( Todos os alcoólatras são vagabundos de rua).

Todas as pessoas possuem crenças, e é de grande importância que essas crenças sejam compartilhadas durante a comunicação terapêutica, para que assim o paciente se interaja mais e siga as instruções dadas pela enfermeira para que seja obtido um tratamento eficaz.

Exemplo: Paciente com transtorno de pânico vai ao Caps e começa a conversa com a enfermeira sobre o seu problema, relata não querer sair de casa e sentir medo de ter novas crises e saber que isso é uma doença grave. A enfermeira, por sua vez investiga o que levou ao paciente desenvolver esse transtorno e afirma para ele que realmente aquilo que ele está passando é uma doença e que existem tratamentos para ela. O paciente diz que ainda bem que tem tratamento, tava achando que tava ficando louco.

No exemplo citado acima percebe-se que a enfermeira compartilhou uma mesma cresça que a do paciente, uma crença racional de que o transtorno de pânico é uma doença.