PERCEPÇÃO DA PARTURIENTE FRENTE AO ACOLHIMENTO PARA O PARTO REALIZADO PELA EQUIPE OBSTÉTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNÁPOLIS, BAHIA, BRASIL.

Data de postagem: Jun 18, 2015 5:12:28 PM

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA

DAIANE FERREIRA DOS SANTOS

PERCEPÇÃO DA PARTURIENTE FRENTE AO ACOLHIMENTO PARA O PARTO REALIZADO PELA EQUIPE OBSTÉTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNÁPOLIS, BAHIA, BRASIL.

EUNÁPOLIS, BA

2014

DAIANE FERREIRA DOS SANTOS

PERCEPÇÃO DA PARTURIENTE FRENTE AO ACOLHIMENTO PARA O PARTO REALIZADO PELA EQUIPE OBSTÉTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNÁPOLIS, BAHIA, BRASIL.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Enfermagem, das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem, sob orientação da Profª Ma Maria Cristina Marques, e Co-orientação da Profª Ma Henika Priscila.

EUNÁPOLIS, BA

2014

DAIANE FERREIRA DOS SANTOS

PERCEPÇÃO DA PARTURIENTE FRENTE AO ACOLHIMENTO PARA O PARTO REALIZADO PELA EQUIPE OBSTÉTRICA DO HOSPITAL REGIONAL DE EUNÁPOLIS, BAHIA, BRASIL.

Trabalho de conclusão de curso apresentado ao curso de Graduação em Enfermagem, das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia, como parte dos requisitos para a obtenção do Título de Bacharel em Enfermagem.

Profª. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Prof°. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Profª. (Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia)

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Enf. Juliana dos Santos Ali

Coordenadora do Curso de Bacharel em Enfermagem

Eunápolis, 01/09/2014.

Aos meus familiares, em especial aos meus avós, Agenor (in memoriam), e Josina, a minha querida mãe, Maria, pessoas mais que importantes em minha vida.

Aos meus queridos irmãos, que sempre acreditaram no meu potencial.

Ao meu esposo Marcio, bênção de Deus em minha vida.

À minha orientadora Maria Cristina, pela sua postura e competência profissional.

Aos meus amigos, colegas de trabalho, professores e colegas acadêmicos que direta ou indiretamente participaram da formação de uma nova profissional.

AGRADECIMENTOS

Primeiramente a Deus que é o meu criador e permitiu que eu trilhasse até o fim desse caminho escolhido por mim.

À minha família, em especial Agenor (in memoriam), e Josina, a minha querida mãe, Maria, que encheram-me de amor, carinho e dedicação, e que foram meu suporte nos momentos difíceis.

Ao meu esposo Marcio, pessoa mais que importante em minha vida, que esteve comigo em todos os momentos até a chegada dessa conquista, sempre disposto a dar o máximo de si para que eu conseguisse superar cada obstáculo que surgiu nessa caminhada.

Aos meus queridos irmãos, que me apoiaram incondicionalmente.

À minha professora e orientadora Maria Cristina, e minha co-orientadora Hénica Priscila, pela sua contribuição na elaboração desse trabalho, bem como por mostrar-me que sou capaz.

Aos professores do curso que ao longo destes anos contribuíram e compartilharam seus conhecimentos e suas experiências para o meu desenvolvimento profissional e também pessoal.

Aos colegas do curso, em especial as minhas amigas e colegas Sonara e Wasty,Catiane, Patricia Maria pelas risadas nas caronas pelo auxílio durante esta caminhada, que juntos enfrentamos todos os desafios da vida acadêmica.

Aos meus colegas de trabalho, pelas trocas de plantão, pela compreensão e pela parceria ao longo desses anos.

Aos caroneiros que ao longo desses anos sempre me ajudaram a chegar ao meu destino.

Enfim, a todos aqueles que, de alguma forma, contribuíram para a conclusão deste trabalho.

Minha sincera gratidão!

Ser Mãe é assumir de Deus o dom da criação, da doação e do amor incondicional. Ser mãe é encarnar a divindade na Terra.”

(Barbosa Filho)

RESUMO

A gestação é um dos acontecimentos mais emocionantes na vida de uma mulher. Nessa fase ocorrem alterações físicas, psíquicas, sociais, culturais. Toda a família se prepara para receber mais um membro para o seu convívio. O serviço de saúde tem uma influência muito grande nesta família, desde a fecundação até a concepção da criança. A mulher fica sob responsabilidade do serviço de saúde, que durante este período gestacional encontra-se mais sensível. O acolhimento é uma peça fundamental do atendimento à gestante para o processo parturitivo, pois é nesta fase que ela cria confiança em toda a equipe de profissionais que irá atendê-la durante o trabalho de parto. Objetivo: é avaliar a percepção da parturiente frente ao acolhimento para o parto realizado pela equipe obstétrica do Hospital Regional de Eunápolis, para com isso envolver a equipe obstétrica no processo de acolhimento individualizado, respeitando cada particularidade da cliente, e proporcionando melhor assistência a mesma. Metodologia: trata-se de uma pesquisa descritiva de abordagem qualitativa, a qual proporciona contato direto com o objeto de estudo, foi realizado pela própria pesquisadora entrevistas semiestruturadas com questões fechadas e abertas, respondida pós esclarecimentos dos objetivos e assinatura do termo de consentimento de livre esclarecimento. As pesquisadas foram pacientes admitidas para o parto. A interpretação do material coletado seguiu os ensinamentos da "análise de conteúdo”. Resultados: todas as entrevistadas demonstraram satisfação com a assistência prestada a elas, e sentiram acolhidas, uma vez que a equipe prestou assistência integral e individual a todas as parturientes que estavam no processo de parir. Conclusão: foi evidenciado que o enfermeiro na instituição pesquisada tem um papel fundamental na qualidade da assistência, pois este profissional é o que permanece mais tempo com a paciente, sendo assim podem realizar uma assistência humana a estas mulheres que se encontra em um momento frágil de sua vida.

Palavras Chave: Acolhimento, assistência de enfermagem, gestante.

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Distribuição percentual de parturientes, como se sentiu ao chegar a unidade de saúde.

Gráfico 2: Distribuição percentual sobre a opinião das parturientes, de como foi a assistência prestada pela equipe obstétrica.

Gráfico 3: Distribuição percentual sobre as orientações recebidas pelas parturientes a respeito dos eventos que irão acontecer.

Gráfico 4: Distribuição percentual dos profissionais da equipe obstétrica que orientaram as parturientes.

Gráfico 5: Distribuição percentual da ética profissional da equipe obstétrica.

SÚMARIO

1 INTRODUÇAO 9

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 11

4.1 HISTÓRICO DO PARTO 11

4.2 ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO 12

4.3 ALTERAÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO NA GESTAÇÃO 13

4.4 ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS 14

4.7 PRÉ-NATAL E PARTO HUMANIZADO 15

4.8 O ACOLHIMENTO À PARTURIENTE 17

4.5 O PROCESSO DO PARTO 18

4.6 TIPOS DE PARTO 19

4.6.1 Parto cesáreo 19

4.6.2 Parto normal 20

4.9 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM 21

5 METODOLOGIA 23

5.1 TIPO DE ESTUDO 23

5.2 CAMPO E CENÁRIO DE ESTUDO 23

5.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO 23

5.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS 24

5.5 PLANOS DE ANÁLISE DOS DADOS 25

5.6 QUESTÕES ÉTICAS 25

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO 26

6.1 APRESENTAÇÃO DAS CLIENTES ENTREVISTADAS 26

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS 32

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA 34

ANEXO I 9

ANEXO II 12

1 INTRODUÇAO

Antigamente quem partejava as gestantes eram as parteiras. Tratavam-se de mulheres que tinham experiência em realizar partos. Por isso, elas eram escolhidas, pois eram carinhosas, ofertavam alimentos, chás, dentre outros, a fim de aliviar a dor da parturiente (VELHO; OLIVEIRA; SANTOS, 2010).

O parto, que antes era realizado no cenário familiar, hoje é realizado em ambiente hospitalar, com o propósito de minimizar e controlar as complicações desse evento. Sendo assim, o serviço de saúde fica responsável por este processo, tem total influência sobre a parturiente e seu concepto (SOUZA; GAIVA; MODES, 2011).

A assistência prestada à parturiente, no processo de trabalho de parto, reduz a participação da cliente em seu cenário, tornando-a inerte no período de trabalho de parto, evitando que a mesma exponha sua liberdade (ROCHA; FONSECA, 2010).

Preconiza-se adequada assistência hospitalar a esta cliente, estimulando-a a ser ativa do trabalho de parto, tornando-a verdadeira protagonista deste processo, onde serão expostos seus sentimentos, dando a ela escolha dos acontecimentos do evento (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).

A admissão na fase ativa do trabalho de parto melhora a assistência nesse período, pois estas parturientes, o quanto antes forem distanciadas dos seus familiares, terão implicações como o estresse, durante o trabalho de parto, e com isso aumentarão as intervenções, nesse período (PORTO; AMORIM; SOUZA, 2010).

O acolhimento à parturiente é um elemento essencial, para que esta cliente se sinta confortável e segura. Nesse primeiro contato, deve ser formado um vínculo entre parturiente e equipe, a fim de evitar insegurança por parte da paciente. Esse fica sendo o dever da equipe, transformar esse momento da vida dessa cliente em um cenário acolhedor (SANTOS; PEREIRA, 2011).

O estudo contribui para uma reflexão a respeito do acolhimento à parturiente, para que equipes obstétricas possam prestar uma assistência integral à cliente, proporcionando bem estar, conforto e segurança. A equipe tem papel fundamental nesse processo, uma vez que a partir do acolhimento esta paciente ficará sob responsabilidade desses profissionais.

O que motivou a construção deste estudo foram experiências pessoais vivenciadas no pré-parto, em um Hospital Geral. O acolhimento é o ponto inicial desse processo, quando forma um vínculo nesta fase inicial. Este período transcorrerá com menos impacto à parturiente.

Na fase inicial quando não forma um vínculo entre equipe e parturiente, esta cliente ficará insegura a respeito da assistência, e isso implicará em desconforto, preocupações prematuras. A cliente é um elemento essencial de todo o processo, então a equipe deve deixá-la confortável e protagonizar as cenas que esse processo irá apresentar.

Portanto, objetivou-se aqui avaliar a percepção da parturiente frente ao acolhimento para o parto realizado pela equipe obstétrica do Hospital Regional de Eunápolis, para com isso envolver a equipe obstétrica no processo de acolhimento individualizado, respeitando cada particularidade da cliente, e proporcionando melhor assistência à mesma.

4 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

4.1 HISTÓRICO DO PARTO

O parto historicamente era realizado por parteiras (aparadeiras), nos lares da gestante, sob, a ótica dos seus familiares, deixando-a no processo de trabalho de parto, mais segura e tranquila. As parteiras tinham total confiança dos seus familiares, exerciam tal função por terem práticas e vivências anteriores, tornando assim seu conhecimento empírico, faziam orientações durante o parto e pós-parto (BRENES, 1991).

No século XX, após a segunda guerra mundial, devido às altas taxas de mortalidade materna e infantil, viu-se a necessidade de institucionalização do parto, deixando de ocorrer em domicílio e passando para responsabilidade hospitalar. E com isso surge a medicalização. O cenário deixa de ter a presença dos seus entes e passa a ter a autoria de profissionais da saúde. Devido à falta de preparo e a estrutura física, as parturientes começam a dividir as enfermarias com outras gestantes, deixando de ter a presença de seus familiares (BRUGGERMANN et al., 2005).

Segundo Knupp, Melo e Oliveira (2008), o parto vaginal é um processo natural fisiológico que não necessita de ajuda da equipe para ocorrer todas as suas fases. Já a cesariana é um procedimento cirúrgico que exige uma intervenção médica sobre um processo que a natureza resolve e regula sem artifícios.

O parto deixou de ser um processo natural fisiológico e passou a ser considerado um processo patológico e medicalizado, alterando sua essência existencial para mãe e filho. Então esta prática começou a ser realizada a nível hospitalar, após terem evidências, com campos da cirurgia, anestesia, hemoterapia, assepsia, antibioticoterapia, e com isso reduziu drasticamente a taxa de morbidade e mortalidade maternas (OLIVEIRA et al.,2002)

4.2 ANATOMIA DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO

Na figura a seguir é possível ver os órgãos externos e internos femininos. Pode-se visualizar a estrutura e localização desses, e no decorrer do trabalho serão abordadas as principais alterações que estes órgãos sofrem.

Fig. 1 órgãos externos e internos

Fonte: Google Imagens.

O períneo é composto por estrutura mole, localiza-se entre a vagina e o ânus. Durante o processo de parto vaginal pode ocorrer a episiotomia, que consiste em um pequeno corte transverso nesta região, subsequente episiorrafia que é propriamente a sutura do corte (TOMITA, 2005).

O útero é composto por tecido muscular, responsável por alojar o concepto durante o período gestacional. Este órgão possui várias camadas, e durante a menstruação ocorre a descamação do endométrio, que consiste na parte interna do útero (ZIEGUEL; CRANLEY, 2008).

4.3 ALTERAÇÕES DO APARELHO REPRODUTOR FEMININO NA GESTAÇÃO

De acordo com Tomita (2005), o período desde a fecundação do óvulo, pelo espermatozoide, até a expulsão do feto, equivale a 280 dias ou nove meses. Este processo denomina-se gravidez. No final do período gestacional ocorre contrações e a dilatação e ruptura da membrana e saída do líquido amniótico.

A figura 2 nos mostra várias alterações nos órgãos reprodutores, ocorrendo algumas mudanças fascinantes. O útero, com o passar das semanas toma uma proporção na cavidade abdominal, empurrando o diafragma e outros órgãos para cima e para os lados, a coluna vertebral é inclinada, daí justifica-se a lombalgia, a cérvice torna-se vascularizada e edemaciada, a vagina aumenta a vascularização, aumentando o muco e secreções, e logo após o fim da gravidez ocorre a involução dessas mudanças (ZIEGEL; CRANLEY, 2008).

Fig.2. Anatomia na gravidez.

Fonte: http://www.clinimater.com.br/anatomia.htm

De acordo Ziegel e Cranley (2008), ocorrem ainda várias mudanças no corpo da gestante, tendo alterações no sistema cardiovascular, respiratório, glândulas endócrinas, as mamas se tornam aumentadas e vascularizadas ficam sensíveis, ocorre aparecimento de estrias gravídicas no abdome, devido ao aumento da musculatura.

4.4 ALTERAÇÕES PSICOLÓGICAS

A maternidade consiste em uma experiência extraordinária física, psicológica e intersubjetiva na vida das mulheres. O parto, como procedimento fisiológico, representa o ápice dos fenômenos bioquímicos, e enquanto evento emocional, psíquico e existencial, é a própria transcendência (NAGAHAMA; SANTIAGO, 2008).

A gestante no decorrer da gravidez, desenvolve ansiedade, medo, por não saber o momento de procurar a unidade hospitalar. A mulher teme a dor, medo de não suportar, perder o controle durante o trabalho de parto. Além disso, há a expectativa negativa a respeito da episiotomia, receio de perder sua feminilidade, devido laceração do períneo, e não reconstituir a estrutura muscular da vagina. A cliente apresenta-se muito angustiada durante este processo, pois se encontra vulnerável (SARMENTO; SETÚBAL, 2003).

Valendo da afirmação, Almeida et al. (2005, p. 53) destaca que:

A ansiedade pode ser conceituada de duas formas distintas: ansiedade-traço e ansiedade-estado. A ansiedade-traço refere-se às diferenças individuais relativamente estáveis, de propensão ou tendência do indivíduo para vivenciar a ansiedade. A ansiedade-estado é uma condição transitória de tensão diante de uma circunstância percebida como ameaçadora, sem identificar-se o objeto de perigo, ou seja, simbólica, inespecífica e antecipada.

A gestação é um momento de transição na vida da gestante e de seus familiares. Ocorrem várias transformações, não só fisiologicamente, mas também no seu bem estar emocional, alterando o psicológico e o seu papel social e familiar. Estudos mostram que no período gravídico e puerpério tem-se maior desenvolvimento de transtornos psíquicos na mulher. Nesse momento é primordial uma maior atenção, tanto de seus familiares quanto da equipe de profissionais de saúde que a acompanha, para prevenção de quaisquer problemas psíquicos que venha desenvolver (FALCONE et al., 2005).

4.7 PRÉ-NATAL E PARTO HUMANIZADO

De acordo com o Ministério da Saúde (2012), o objetivo do pré-natal é assegurar uma assistência integral, sem danos para o bebê e gestante. Deve-se levar em conta aspectos psicossociais, não esquecendo do papel da atenção básica, que são as medidas educativas e preventivas. O início precoce das consultas é essencial para a realização de todas elas durante a gravidez, as quais devem ter um número mínimo de sete.

Ainda de acordo Ministério da Saúde (2012, p. 38) alguns passos para realização do pré-natal de qualidade na Atenção Básica:

Iniciar o pré-natal na Atenção Primária à Saúde até a 12ª semana de gestação (captação precoce); garantir os recursos humanos, físicos, materiais e técnicos necessários à atenção pré-natal; toda gestante deve ter assegurado a solicitação, realização e avaliação em termo oportuno do resultado dos exames preconizados no atendimento pré-natal; promover a escuta ativa da gestante e de seus(suas) acompanhantes, considerando aspectos intelectuais, emocionais, sociais e culturais e não somente um cuidado biológico: "rodas de gestantes"; garantir o transporte público gratuito da gestante para o atendimento pré-natal, quando necessário; é direito do(a) parceiro(a) ser cuidado (realização de consultas, exames e ter acesso a informações) antes, durante e depois da gestação: "pré-natal do(a) parceiro(a)"; garantir o acesso à unidade de referência especializada, caso seja necessário; estimular e informar sobre os benefícios do parto fisiológico, incluindo a elaboração do "Plano de Parto"; toda gestante tem direito de conhecer e visitar previamente o serviço de saúde no qual irá dar à luz (vinculação); as mulheres devem conhecer e exercer os direitos garantidos por lei no período gravídico-puerperal.

O conceito de parto humanizado é amplo, a gestante neste processo deve ser valorizada, é preciso deixa-la expor todos os seus medos e desejos durante este evento, ela deve ser a protagonista de todo o processo gestacional, recebendo orientações, escolhendo qual a melhor maneira de parir. Humanizar significa atender todas as dimensões espirituais, biológicas e psicológicas da gestante (CASTRO; CLAPIS, 2005).

A assistência humanizada envolve uma gama de acontecimentos durante todo o processo, desde a gestação, estendendo ao parto e puerpério. Deve-se deixar que a gestante tenha autonomia durante as escolhas que deverão surgir neste evento, é relevante ter conhecimento para promover o bem estar da gestante e concepto, a fim de prevenir contra a morbimortalidade materna e infantil. Durante toda a assistência deve-se evitar procedimentos invasivos desnecessários, preservando sua privacidade (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2001).

Deve-se respeitar a fisiologia feminina, além disso é necessário, que os profissionais reconheçam os aspectos sociais e culturais do parto, que promovam suporte emocional para a gestante e familiares, garantindo assim direitos à cidadania (MOURA et al., 2007).

O Ministério da Saúde (2002), instituiu o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento através da Portaria/GM nº 569, de 1/6/2000, com o intuito de diminuir as taxas de mortalidade materno infantis, através do acompanhamento do pós parto também. O país hoje comporta muitos programas que visam melhorar as condições de atendimento das gestantes, um deles é o das parteiras, o incentivo aos estudos e subsídios para que isso se espalhe e ganhe dimensões proporcionais às que o governo quer atingir com a saúde.

Segundo Ministério da Saúde (2002) a humanização é fundamental para acompanhamento do parto e pós-parto, bem como acolhimento da gestante e familiares. E tem como foco dois aspectos, o primeiro está ligado ao atendimento das unidades, que devem receber gestante, familiares e bebê com dignidade, isso exige que os profissionais sejam éticos e solidários. O outro aspecto está voltado para a assistência prestada, durante toda a gestação, devendo evitar procedimentos invasivos desnecessários, assim evitar maiores riscos para mãe e filho.

4.8 O ACOLHIMENTO À PARTURIENTE

O acolhimento não se resume na chegada da cliente ao serviço de saúde, está ligado à resolubilidade do problema da paciente. A responsabilidade do serviço de saúde com a gestante é muito mais ampla, é necessário um vínculo entre serviço e usuárias. O serviço de saúde deve ampliar a capacidade dos profissionais, para que possam resolver de forma efetiva e com qualidade as necessidades das mesmas (SOLA, 2005).

Embora seja um elemento essencial do atendimento, observa-se muitos problemas que limitam o acolhimento nos serviços da atenção básica de saúde, como estruturas físicas deficientes. Outros serviços, mesmo dispondo de sala de espera, não eliminam as filas. Além disso as clientes se deparam com profissionais desqualificados para atende-las, não formam vínculos com elas, tornando o atendimento desumano. Sendo assim, o acesso e o acolhimento são peças fundamentais para reorganização dos serviços e qualificação da assistência prestada a estas usuárias (RAMOS; LIMA, 2003).

Acolhimento e vínculo têm significados distintos, mas que precisam estar juntos. O primeiro facilita o atendimento por meio de ações desenvolvidas pelo serviço de saúde, melhorando a satisfação do usuário. Já o segundo, ao ser criado entre paciente/ profissional, favorece a autonomia e a cidadania, fazendo com que essa cliente participe ativamente de todo o processo do seu atendimento (SCHIMITH; LIMA, 2004)

O acolhimento é fundamental para tornar o atendimento a parturiente mais humano, pois o enfermeiro, através deste elemento, pode passar para a cliente interesse em conhece-la e a seus familiares, e com isso cria-se um fortalecimento do relacionamento profissional/paciente, deixando-a mais segura e com menos medo de enfrentar a dor do parto. A ausência do acolhimento no contato inicial com a gestante e seus familiares traz insegurança por parte da mesma e de seus familiares (SANTOS; PEREIRA, 2011).

4.5 O PROCESSO DO PARTO

O processo de parir consiste em um estresse fisiológico, tem como resposta uma complexa adaptação neuroendócrina. A dor está envolvida nesse mecanismo, sendo uma resposta complexa, subjetiva, ocorre variação do limiar de dor das pacientes (OLIVEIRA et al., 2002).

O processo do nascimento exige muita energia, tanto do corpo da parturiente quanto do corpo do recém-nascido. Toda a musculatura da mulher e do bebê sofre alterações, para que a expulsão do recém-nascido ocorra, havendo alterações em nível de estrutura óssea, para um melhor nascimento da criança (ZVEITER; PROGIANTI; VARGENS, 2005).

Segundo Ziegel e Cranley (2008), o trabalho de parto pode ser uma combinação de fatores, dentre os quais destacamos: o controle fetal; alterações nos hormônios esteroides; a produção de prostaglandinas; a estimulação da ocitocina; e as alterações musculares do útero. Todos esses fatores, conjuntamente, desempenham algum papel. O trabalho de parto é uma combinação de alterações fisiológicas inter-relacionadas, particularmente de alterações endócrinas, mas todos esses fatores são essenciais a cada vez.

O processo de parir se divide em três estágios. O primeiro consiste no início da dilatação e termina com abertura total do colo uterino. O segundo estágio tem início quando o primeiro estágio termina, e tem fim com a saída total do feto. O terceiro e último estágio começa com o nascimento do recém-nascido e termina com a dequitação da placenta (ZIEGEL; CRANLEY, 2008).

4.6 TIPOS DE PARTO

4.6.1 Parto cesáreo

O parto cesáreo consiste em uma intervenção cirúrgica, desenvolvida para eliminar condições de riscos para mãe e concepto, risco este desenvolvido durante a gestação ou durante o trabalho de parto. Como qualquer outro procedimento cirúrgico, não está isento de riscos, prova disso é que está correlacionado com maiores taxas de morbidade e mortalidade materna e infantil (RATTNER, 1996)

A partir da década de 70 observou-se um aumento do número de partos cesáreos. Esse motivo tem sido discutido entre especialistas e pessoas preocupadas com aspectos psicológicos, sociais, antropológicos. Vários autores concordam que a cesárea deveria ser rejeitada quando não há indicação médica, pois esse fato pode implicar em complicações à mãe e recém-nascido. Outras já dão preferência à cesárea em qualquer situação, justificando novas técnicas de anestesia, aprimoramento da técnica cirúrgica (FAÚNDES et al., 2004).

No Brasil observou-se um aumento considerável nos partos cesáreos. Isso pode ser devido ao aumento de recursos propedêuticos modernos, melhorando o diagnóstico precoce de possíveis complicações. As indicações mais frequentes de cesarianas são sofrimento fetal intrauterino, desproporção céfalo pélvica, apresentação pélvica, hipertensão arterial induzida pela gravidez, gravidez gemelar ou tripla, e em casos de partos antecedentes por essa via (YAZLLE et al.,2001).

O parto cesáreo traz riscos à mãe, destes estão incluídos laceração acidental, hemorragias, infecções puerperais, embolia pulmonar, íleo paralítico e reações à anestesia, trazendo para o recém-nascido síndrome da angústia respiratória, prematuridade iatrogênica, situação que afasta mãe e filho no pós parto, interferindo na formação de vínculo mãe e filho. Gera maior gasto, devido à permanência maior no hospital (RATTNER, 1996).

4.6.2 Parto normal

Segundo Oliveira et al.(2002), no Brasil a prática do parto em ambiente hospitalar espalhou-se de forma progressiva. Depois da segunda guerra, no momento de difusão de conhecimentos acerca de cirurgias, anestesias, assepsias, hemoterapias e antibioticoterapias, foram aderidos pelos médicos, métodos que reduziram, de forma considerável, a morbidade e também a mortalidade materna nos procedimentos realizados.

Oliveira et al.(2002) ainda diz que, embora tenha se levado o parto para a realização em instituições hospitalares, e os avanços em tecnologias tenham proporcionado melhor controle dos riscos, houve nesse momento a incorporação de um grande número de intervenções consideradas posteriormente desnecessárias. Além do que, o parto hospitalar subtrai a mulher de seu ambiente, colocando-a em local desconhecido e nem um pouco acolhedor, tornando a experiência a que se destina frustrante e desanimadora.

O parto normal consiste em três estágios de desenvolvimento: dilatação do colo uterino quando as contrações se tornam regularmente e alargam a abertura do canal, para que o bebê possa passar; descida gradativa do bebê, do útero pela vagina, até deixar o corpo da mãe; o útero se contrai e expele a placenta (CARLOS ALBERTO; ROBERTO CARLOS, 2007).

De acordo Faúndes et al. (2004) uma das vantagens do parto vaginal consiste em diminuição do risco de complicações para mãe e filho, uma vez que o processo da cesariana é um procedimento cirúrgico invasivo, e com isso eleva os riscos de complicações durante a realização do parto.

Ao se optar pelo parto vaginal, diminui o tempo de recuperação da puérpera, isso significa que a paciente ficará menor tempo na unidade hospitalar, terá mais disposição para cuidar do recém-nascido. Outra vantagem do parto vaginal é a diminuição do risco de infecção e hemorragia (KENUP; MELO; OLIVEIRA, 2008).

De acordo Kenup, Melo e Oliveira (2008), o parto vaginal é a melhor escolha, pois a probabilidade da mortalidade materna e neonatal no parto cesárea é de seis vezes maior, sem contar que a possibilidade do recém-nascido ser transferido para a unidade de terapia intensiva quadriplica, pois ao se optar pela cesariana não se leva em consideração a maturidade do bebê.

4.9 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM

O parto normal é visto em duas concepções. A primeira é intervencionista se encaixa na visão cartesiana, que trabalha no enfoque de risco. Esta concepção é vista na prática de médicos, trabalham com métodos invasivos. A segunda tem uma visão holística da cliente, tratando-a de forma humana, observando suas particularidades. Esta concepção se encaixa no trabalho dos profissionais enfermeiros. Ainda assim alguns serviços encontram-se deficientes, pois o que é observado em unidades de saúde são mulheres afastadas dos seus familiares, se deparando com profissionais estressados e insatisfeitos (DAVIM; BEZERRA, 2002).

A assistência prestada por profissionais da equipe obstétrica à parturiente durante o parto, muitas vezes impede que a gestante participe de forma ativa durante este processo. Sabe-se que entidades e órgãos governamentais preconizam que as parturientes sejam autoras deste processo, isso em caso de parto natural (ROCHA; FONSECA, 2010).

A Organização Mundial de Saúde (OMS) prioriza a assistência com o mínimo de procedimentos invasivos, garantindo o bem estar da mãe e criança. Para realizar algum procedimento invasivo, é necessário que tenha um motivo para interferir no processo fisiológico. Deve-se deixar que a cliente exponha sua autonomia, e valorizar o processo fisiológico do parto. A OMS define que 70 a 80% de todas as gestações são consideradas de baixo risco, no início do trabalho de parto. Diz ainda que a enfermeira obstétrica é a mais indicada para desenvolver este papel (VELHO; OLIVEIRA; SANTOS, 2010).

O Ministério da Saúde, exercendo seu papel, por meio de portarias, implantou um conjunto de ações que garantem melhorias na assistência prestada a parturiente, e regulamenta a realização de parto normal sem distorcia pelo enfermeiro obstetra, melhorando, assim, a assistência no processo parturitivo, pois o enfermeiro é quem permanece mais tempo com a parturiente, podendo identificar precocemente distorcias durante o trabalho de parto e realizar intervenções necessárias (MACHADO; PRAÇA, 2006).

Parturiente conta com dieta livre, tem direito a um acompanhante de sua escolha, movimentar-se durante o trabalho de parto, utilização de técnicas para alivio da dor, banho de aspersão e de imersão para relaxamento; massagens na região lombo sacra; exercícios de respiração e de relaxamento; participação do acompanhante (secção do cordão); estimular as eliminações (micção e evacuação). Ausculta fetal usar o partograma, estimular contato e aleitamento precoce, prevenir complicações pós parto da mãe e filho (MACHADO; PRAÇA, 2006).

Dias e Domingues (2005) nos fala sobre o conceito de humanização da assistência ao parto. Alguns conceitos estão diretamente relacionados à mudança na cultura hospitalar, voltada para as pacientes de uma forma ampla, modificando até as estruturas físicas, proporcionando um ambiente muito mais agradável.

Os estudos de Machado e Praça (2006) consideram que a paciente não deve ser tratada exclusivamente através de técnicas preestabelecidas e normas de instituições previamente descritas, e sim com uma visão holística, levando em conta todas as suas características específicas, como seu caráter; sua personalidade, seus sentimentos, opiniões, suas crenças, seus desejos, seus valores próprios, dignidade e senso de justiça, que fazem dela um ser humano único, e assim deve ser tratada, além da parturiente existe uma família que a acompanha.

É pertinente dizer que os Programas de Humanização do Pré-Natal e Nascimento foram planejados e discutidos como uma forma de política nacional em atenção aos direitos de todas as mulheres, efetivando uma ação em que a prioridade é a redução da morbimortalidade materna e infantil (SERRUYA; LAGO; CECATTI, 2004).

5 METODOLOGIA

5.1 TIPO DE ESTUDO

Trata-se de uma pesquisa descritiva, de abordagem qualitativa. A pesquisa qualitativa proporciona ao pesquisador contato direto com o objeto de estudo, deixando o pesquisado livre para expressar sua opinião.

5.2 CAMPO E CENÁRIO DE ESTUDO

Esta pesquisa foi realizada no município de Eunápolis no Estado da Bahia, localizado às margens da BR 101.Segundoo IBGE (2011), é a décima sexta cidade mais populosa do estado, com mais de cem mil habitantes.

Eunápolis conta com três hospitais particulares que atendem parcialmente a demanda do Sistema Único de Saúde, um hospital de demanda exclusiva particular e um único hospital público que atende toda a demanda da cidade e referências das regiões.

5.3 POPULAÇÃO DO ESTUDO

A unidade hospitalar em questão é composta por um quadro de 240 funcionários. Destes, cinco atuam no pré-parto. Nesta unidade hospitalar, são admitidas por mês cerca de 35 clientes para parto cesáreo e 70 para o parto vaginal. A pesquisa foi realizada no período diurno e as pacientes foram escolhidas de forma aleatória, foram selecionadas seis participantes para responder o questionário, todas as participantes eram alfabetizadas. O critério de exclusão pacientes que não foram admitidas para o parto, clientes menores de idade.

O pré-parto contém duas enfermarias cada uma com três leitos. Na admissão, as clientes ficam todas juntas, não há restrição de parto cesáreo, vaginal ou curetagem. A presença da equipe especializada é necessária devido a intercorrências que esse processo pode gerar, a quantidade de funcionários justifica-se pela quantidade de leitos.

5.4 INSTRUMENTOS E PROCEDIMENTOS DE COLETA DOS DADOS

Os dados foram coletados em um único dia no único hospital público do Município, com autorização previa dos órgãos responsáveis e pela Prefeitura Municipal A fim de proceder com a coleta, foi construído, pela própria pesquisadora, um questionário semiestruturado, composto por oito questões que abordam a percepção da parturiente frente ao acolhimento para o parto, bem como a assistência prestada a ela.

O instrumento III (Anexo III) foi entregue às parturientes escolhidas obedecendo aos seguintes passos: a primeira questão consistiu na informação sobre dados pessoais, a partir da segunda questão buscou-se conhecer a visão sobre acolhimento prestado às mesmas.

As pacientes que participaram da entrevista obedeceram aos seguintes critérios: eram maiores de idade; foram admitidas para o parto. As participantes da pesquisa foram informadas sobre os objetivos do estudo. O questionário visou investigar o conhecimento da gestante sobre o acolhimento prestado pela equipe obstétrica, para o parto. Aplicabilidade do questionário teve início somente após a permissão de todas as participantes. Assim após terem assinado o termo de consentimento, o instrumento foi aplicado pela própria pesquisadora.

5.5 PLANOS DE ANÁLISE DOS DADOS

Os dados coletados foram tabulados e armazenados através do programa Excel versão 2012, a fim de subsidiar a construção dos resultados.

5.6 QUESTÕES ÉTICAS

Este estudo foi desenvolvido respaldando-se na resolução 466/12 do Conselho Nacional de Saúde, regulamentadora das pesquisas com seres humanos, considerando a observância da beneficência, não maleficência, ausência de riscos e prejuízos, com garantia do anonimato aos sujeitos do estudo. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, sob nº 608.819.

6 RESULTADOS E DISCUSSÃO

6.1 APRESENTAÇÃO DAS CLIENTES ENTREVISTADAS

As pacientes entrevistadas estão identificadas com as letras iniciais dos seus nomes e sobrenomes, para preservação da identidade das mesmas. O nome, a idade, a escolaridade e filhos das entrevistadas consiste no item 1 do questionário (anexo III).

    • A: S.G.J. 24 anos, ensino médio incompleto, tem filhos;

    • B: C.S.S. 35 anos, ensino médio incompleto, tem filhos;

    • C: V.R.O. 37 anos, ensino médio completo, tem filhos;

    • D: F.A.S. 20 anos, ensino médio completo, tem filhos;

    • E: S.M.J.S. 28 anos, ensino médio incompleto, tem filhos;

    • F: T.S.L. 18 anos, ensino médio incompleto, tem filhos.

Através da identificação pessoal das entrevistadas, foi possível notar que 67% delas possuem nível médio incompleto, o que pode influenciar no conhecimento a respeito da assistência prestada a elas. Apenas 33% das entrevistadas concluíram o ensino médio.

No que diz respeito à importância da escolarização para que as parturientes conheçam os seus direitos e lutem por eles, Osis et al. (1993) afirmam, após pesquisa realizada no Estado de São Paulo, que as mulheres que possuem um grau de escolaridade mais elevado, conhecem melhor seus direitos que aquelas que não concluíram o ensino médio.

As perguntas e gráficos a seguir estão relacionadas ao anexo III.

Gráfico 1: Distribuição percentual de parturientes, de como se sentiram ao chegar à unidade de saúde.

Fonte: Próprio autor

Através do estudo nota-se no gráfico 1 que 17 % das parturientes sentiram medo ao chegar à unidade de saúde. Outras 83 % das entrevistadas sentiram-se ansiosas ao chegar à unidade. Durante o período gestacional a gestante mostra-se bastante ansiosa pela chegada do bebê, cria-se uma curiosidade por parte da mãe e familiares a respeito do recém-nascido.

A ansiedade desenvolvida durante a gravidez está ligada com o inusitado, com situações que ainda vão vivenciar enquanto genitora, genitor, avó. Os profissionais de saúde devem acolher esta família para que eles possam perpassar, sem danos, este período desconhecido (SOUZA; ROECKER; MARCON, 2011).

Ao serem questionadas sobre a confiança/segurança que a equipe obstétrica lhes proporcionou, todas as participantes responderam positivamente, ou seja, 100% das entrevistadas.

    • A: “Me trataram bem, assistência o tempo todo.”

    • B: “Souberam atender direito.”

    • C: “Falaram que o que eu precisasse pudesse chamar, falou o nome de todos.”

    • D: “Atenciosos, atendimento bom.”

    • E: “Gostei do atendimento, bem responsáveis.”

    • F: “Me trataram bem.”

Gráfico 2: Distribuição percentual sobre a opinião das parturientes, de como foi a assistência prestada pela equipe obstétrica

Fonte: Próprio autor

O resultado obtido com a pesquisa no gráfico 2 evidencia que 50% das entrevistadas disseram que a equipe lhes proporcionou tranquilidade e conforto, 25% afirmaram que permitiram autonomia, 17% relataram que foram orientadas sobre técnicas para alívio da dor, e 8% disseram que foram tratadas de forma individualizada. A unidade hospitalar conta apenas com seis leitos, isso significa que as clientes que passaram pelo procedimento do parto normal, curetagem e parto cesáreo permanecem todas juntas.

A assistência prestada à parturiente deve ser de maneira integral, livre de risco para mãe e filho. O nascimento é um acontecimento fisiológico, não deve ser interrompido quando não houver indicação, deve preservar o direito da gestante, garantindo sua autonomia e individualidade (VELHO; OLIVEIRA; SANTOS, 2010).

Gráfico 3: Distribuição percentual sobre as orientações recebidas pelas parturientes, a respeito dos eventos que irão acontecer.

Fonte: Próprio autor

Diante da avaliação do gráfico 3 nota-se que 40% das entrevistadas foram orientadas sobre as fases de trabalho de parto, outras 40% foram orientadas sobre procedimentos realizados e seu objetivo, e 20% delas foram orientadas a respeito da duração de trabalho de parto.

De acordo pesquisa realizada no Estado de Maringá, estas são as orientações mais frequentes recebidas pelas parturientes durante o trabalho de parto: a progressão do trabalho de parto, procedimentos realizados e sua finalidade (NAGAHAMA; SANTIAGO, 2008).

Gráfico 4: Distribuição percentual dos profissionais da equipe obstétrica que orientaram as parturientes.

Fonte: Próprio autor

Através da análise do gráfico 4 observa-se que 50% das parturientes foram orientadas pela enfermeira obstétrica, isso evidencia a preconização da organização mundial de saúde, quando diz que o profissional mais indicado a acompanhar a parturiente é o enfermeiro obstetra, no que diz respeito às demais pacientes, 33% delas foram orientadas pelo médico, e outras 17% foram orientadas pelo auxiliar/ técnico.

O enfermeiro obstetra é o profissional que permanece mais tempo com as parturientes, e isso lhes proporciona confiança e segurança, fortalecendo o vínculo entre elas. O Ministério da Saúde, por meio de portarias, preconiza que o enfermeiro obstetra pode realizar partos sem distorcia, com o objetivo de melhorar a assistência prestada às parturientes (MACHADO; PRAÇA, 2006).

Gráfico 5: Distribuição percentual da ética profissional da equipe obstétrica.

Fonte: Próprio autor

Fica evidenciado, através da análise do gráfico 5, que 30% das entrevistadas disseram que os profissionais estavam com vestes adequadas, outras 30% afirmaram que a equipe respeitou intimidade e privacidade, 15% das entrevistadas declararam que a equipe identificou-se pelo nome, e 25% disseram que foram chamadas pelo nome.

Quando questionadas sobre orientações acerca da cesariana, se elas receberam desde o pré-natal, (da indicação, como seria a cesariana), 100% responderam positivamente.

Quando questionadas sobre o direito à presença de um acompanhante, durante seu trabalho de parto, 100% das entrevistadas demonstraram que desconhecem esse direito.

O Ministério da Saúde, através da portaria N° 569, de primeiro de junho do ano de 2000, regulamentou que toda parturiente tem o direito a um acompanhante. E as instituições devem possibilitar a entrada destes durante o pré-natal e parto, ressaltando desde que o estabelecimento ofereça estrutura física para receber parturiente e familiar (SOUZA; GAIVA; MODES, 2011).

7 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A elaboração deste estudo possibilitou mostrar que as parturientes, ao chegarem à unidade de saúde, sentiram-se acolhidas pela equipe obstétrica, e o enfermeiro obstetra é o profissional que permanece mais tempo com as mesmas durante o processo parturitivo.

O acolhimento é essencial, uma vez que é através dele que ocorre o contato inicial com a parturiente e família. É necessário formar um vínculo para que gestante e seus familiares sintam confiança na equipe obstétrica, e que o processo do parto transcorra bem. Acolher é não interferir na fisiologia do parto, não realizar procedimentos invasivos desnecessariamente, deixar a parturiente livre para escolher a melhor maneira de parir, permitir que a paciente protagonize todo o processo do trabalho de parto.

De acordo com os estudos apresentados, o acolhimento preconizado pelo Ministério da Saúde é voltado para paciente e familiares, consiste em prestar uma assistência holística e humanizada. A equipe deve orientar a parturiente e familiares durante todo o processo de parto, dando-lhes informações sobre o andamento do trabalho de parto, para tranquiliza-los.

O estudo aponta que as parturientes estão satisfeitas com a assistência e orientações realizadas pela equipe obstétrica, a enfermeira obstétrica é quem permanece mais tempo com elas. E seu conhecimento a respeito do acolhimento foi satisfatório, uma vez que a equipe está sempre pronta para atender de maneira humanizada, oferecendo apoio nos momentos solicitados por elas.

Através do estudo, nota-se que algumas das entrevistadas não concluíram o ensino médio, e isso pode influenciar suas atitudes em relação à busca dos seus direitos como bem acentua pesquisa aqui referenciada, uma vez que é através do estudo, que se adquire conhecimento dos mesmos.

Neste processo de gestação a gestante tem direito a uma assistência holística e integral, mas poucas sabem disso um exemplo é que, todas as entrevistadas não sabem que têm direito a um acompanhante de sua escolha, pela preconização do Ministério da Saúde, o que pode significar que as mesmas não conhecem todos os seus direitos no que diz respeito à assistência prestada a elas.

O presente estudo aponta que a assistência prestada pela equipe obstétrica às parturientes entrevistadas é de qualidade, uma vez que elas não mostraram insatisfação, revelando que contaram com informações e orientações dadas pela equipe. O trabalho demonstrou que o enfermeiro na instituição pesquisada tem um papel primordial na qualidade da assistência, uma vez que a parturiente contou com sua assistência no processo do parto e sentiu-se satisfeita.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA

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ANEXO I

FACULDADES INTEGRADAS DO EXTREMO SUL DA BAHIA -

UNIÃO DE EDUCAÇÃO E CULTURA -

BR 367, KM 14, 14 - ZONA RURAL - CEP:45825000 / EUNÁPOLIS-BA

FONE / FAX: 73 32814342

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

RESOLUÇÃO Nº 466, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2012.

Convidamos a prezada Senhora, a participar da pesquisa a ser desenvolvida por mim Daiane Ferreira Santos juntamente com Henika Priscila Lima Silva, intitulada: “Percepção da parturiente frente ao acolhimento para o parto”. Esta pesquisa tem como principal objetivo identificar suas percepções frente ao acolhimento ao parto nesta unidade hospitalar, bem como a assistência recebida no ambiente hospitalar. Caso a senhora aceite a participar do estudo precisará responder a uma entrevista simples e rápida composta por seis questões, que não cansa e nem leva muito tempo para responder.

A sua participação no estudo será voluntária, anônima e confidencial, suas respostas não produzirão prejuízo pessoal, pois não será identificado o seu nome nos questionários. No estudo pode ocorrer certo desconforto durante a resposta das questões por se tratar de algo particular, por isso nós pesquisadores nos comprometemos a realizar a entrevista da maneira mais individualizada possível e da forma que a senhora fique mais à vontade. De forma alguma o que a senhora responder será exposto para equipe de saúde que lhe atende. A senhora pode interromper ou finalizar a entrevista quando quiser, nós te daremos toda a ajuda necessária para diminuir qualquer desconforto. Deixamos claro que os danos aqui expostos são muito pequenos quando comparados aos resultados que esta pesquisa pode trazer, pois pretendemos contribuir para algo fundamental que é a forma como as gestantes são tratadas no ambiente hospitalar.

A senhora está livre para recusar a participar do estudo ou para desistir a qualquer momento, sem que isto lhe traga qualquer prejuízo pessoal. Não haverá remuneração e, portanto, sua participação é voluntária. A sua decisão em participar ou não, desta pesquisa, não ocasionará em nenhuma discriminação ou mal estar por parte dos pesquisadores. A qualquer momento a senhora poderá pedir esclarecimentos a respeito da pesquisa, no que será prontamente atendida, mesmo que a resposta afete sua vontade de continuar participando do estudo. Caso aceite participar da pesquisa, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido precisará ser assinado em duas vias, sendo que uma das vias ficará com a senhora e a outra será arquivada pelos pesquisadores por cinco anos.

Consentimento para participação: Eu estou de acordo com a participação no estudo descrito acima. Eu fui devidamente esclarecida quanto os objetivos da pesquisa, aos procedimentos aos quais serei submetida e os possíveis riscos envolvidos na minha participação. O pesquisador me garantiu disponibilizar qualquer esclarecimento adicional que eu venha solicitar durante o curso da pesquisa e o direito de desistir da participação em qualquer momento, sem que a minha desistência implique em qualquer prejuízo à minha pessoa ou à minha família, sendo garantido anonimato e o sigilo dos dados referentes a minha identificação, bem como de que a minha participação neste estudo não me trará nenhum benefício econômico.

Eu, ______________________________________________________________, aceito livremente participar do estudo intitulado “Percepção da parturiente frente ao acolhimento para o parto” desenvolvido pela acadêmica Daiane Ferreira Santos, sob a responsabilidade da Professora orientadora Henika Priscila Lima Silva das Faculdades Integradas do Extremo Sul da Bahia.

Nome da Participante_________________________________________

COMPROMISSO DO PESQUISADOR

Eu discuti as questões acima apresentadas com cada participante do estudo. É minha opinião que cada indivíduo entenda os riscos, benefícios e obrigações relacionadas a esta pesquisa.

________________________________________Eunápolis, Data: __/__/__

Assinatura do Pesquisador

Para maiores informações, pode entrar em contato com:

 Henika Priscila Lima Silva. Fone: (73) 81828085 Rua Areia Branca, 31, Cambolo. Porto Seguro-BA. E-mail: hplsfisio@hotmail.com

 Daiane Ferreira Santos:. Fone: (73) 81083304

 Comitê de Ética em Pesquisa da UESB – CEP/UESB

Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB CAP - 1º andar. Av. José Moreira Sobrinho, S/N - Bairro: Jequiezinho. CEP: 45.206-510. Jequié – Bahia e-mail: Telefone: (73) 3528 9727. Endereços eletrônicos: cepuesb.jq@gmail.com ou cepjq@uesb.edu.br

ANEXO II

QUESTIONÁRIO DIRECIONADO À PARTURIENTE

1 IDENTIFICAÇAO PESSOAL

NOME IDADE __________ FILHOS Sim ( ) Não ( ) ESCOLARIDADE: ANALFABETO ( ) ENSINO MEDIO COMPLETO ( ) INCOMPLETO ( ) NIVEL SUPERIOR: COMPLETO ( ) INCOMPLETO ( )

2 COMO VOCÊ SE SENTIU AO CHEGAR À UNIDADE?

( ) Insegura ( ) Ansiosa ( ) Medo ( )Assustada

3 A EQUIPE OBSTETRICA LHE PROPORCIONOU CONFIAÇA/SEGURANÇA?

( ) Sim ( )Não

PORQUE? _________________________________________________________

4 NA SUA OPINIÃO COMO FOI A ASSISTENCIA PRESTADA PELA EQUIPE OBSTETRICA?

( ) Individualizada ( ) Permitiu autonomia ( ) Proporcionou tranquilidade e conforto ( ) Orientou técnicas para alivio da dor (banho, deambular, mudança decúbito

5 VOCÊ FOI ORIENTADA A RESPEITO DOS EVENTOS QUE IRÁ ACONTECER? E POR QUEM?

( ) Fases trabalho de parto ( ) Procedimentos realizados e seu objetivo

( ) Duração do trabalho de parto ( ) ENF ( ) Médico ( ) TEC./Auxiliar

6 A EQUIPE OBSTETRICA FOI ÉTICA?

( ) Identificou-se pelo nome ( ) Vestes adequadas

( ) Respeitou intimidade/privacidade ( ) Chamou-a pelo nome

7 VOCÊ SABIA QUE TEM DIREITO A UM ACOMPANHANTE?

( ) Sim ( ) Não

8 A RESPEITO DA CESARIANA:

( ) Orientada desde pré natal ( ) Orientada sobre indicação ( ) Orientada como será a cesariana